Poemas Nao quero dizer Adeus
E quando eu me apaixonei
Não passou de ilusão, o seu nome rasguei
Fiz um samba canção das mentiras de amor
Que aprendi com você
1º de julho
Eu vejo que aprendi o quanto te ensinei
E nos teus braços que ele vai saber
Não há por que voltar
Não penso em te seguir
Não quero mais a tua insensatez
O que fazes sem pensar aprendeste do olhar
E das palavras que guardei pra ti
Não penso em me vingar
Não sou assim
A tua insegurança era por mim
Não basta o compromisso
Vale mais o coração
Já que não me entendes, não me julgue, não me tente
O que sabes fazer agora
Veio tudo de nossas horas
Eu não minto, eu não sou assim
Ninguém sabia e ninguém viu
Que eu estava a teu lado então
Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Sou minha mãe e minha filha, minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser
Sou Deus, tua Deusa, meu amor
Alguma coisa aconteceu
Do ventre nasce um novo coração
Baby, baby, baby, baby
O que fazes por sonhar
É o mundo que virá pra ti e para mim
Vamos descobrir o mundo juntos baby
Quero aprender com o teu pequeno grande coração
Meu amor, meu amor
Pensar em Deus é desobedecer a Deus,
Porque Deus quis que o não conhecêssemos,
Por isso se nos não mostrou...
Sejamos simples e calmos,
Como os regatos e as árvores,
E Deus amar-nos-á fazendo de nós
Belos como as árvores e os regatos,
E dar-nos-á verdor na sua primavera,
E um rio aonde ir ter quando acabemos!...
Quanto Mais Vela Mais Acesa
Um dia quando eu não menstruar mais
vou ter saudade desse bicho sangrador mensal
que inda sou
que mata os homens de mistério
Vou ter saudade desse lindo aparente impropério
desse império de gerações absorvidas
Desse desperdício de vidas
que me escorre agora mês de maio.
Ensaio:
Nesse dia vou querer a vida
com pressa
menos intervalo entre uma frase e outra
menos respiração entre um fato e outro
menos intervalos entre um impulso e outro
menos lacunas entre a ação e sua causa
e se Deus não entender, rezarei:
Menos pausa, meu Deus
menos pausa.
Não acredito em Deus porque nunca o vi
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta adentro
Dizendo-me, Aqui estou!
Serenidade da Alma
Não examinar o que se passa na alma dos outros dificilmente fará o infortúnio de alguém; mas os que não seguem com atenção os movimentos das suas próprias almas são fatalmente desditosos.
(...) Ser semelhante ao promontório contra o qual vêm quebrar as vagas e que permanece firme enquanto, à sua volta, espumeja o furor das ondas.
- Que desgraça ter-me acontecido isto!
Não, não é assim que se deve falar, mas desta maneira:
- Que felicidade, apesar do que me aconteceu, eu não me mortificar, não me deixar abater pelo presente nem me assustar pelo futuro!
Na verdade, coisa idêntica poderia suceder a toda a gente, mas bem poucos a suportariam sem se mortificarem. Por que razão considerar este acontecimento infortunado e aquele outro feliz?
Em resumo, chamas de infortúnio para o ser humano aquilo que não é um obstáculo à sua natureza? E consideras um obstáculo à natureza do ser humano aquilo que não vai contra a vontade da sua natureza? Que queres, então? Conheces bem essa vontade; aquilo que te sucede impede-te, por acaso, de ser justo, magnânimo, sóbrio, reflectido, prudente, sincero, modesto, livre, e de possuir as outras virtudes cuja posse assegura à natureza do ser humano a felicidade que lhe é própria? Não te esqueças, doravante, contra tudo aquilo que te possa trazer aflição, de recorrer a este princípio: «Acontecer-me isso não é uma desgraça; suportá-lo corajosamente é uma felicidade.»
A Páscoa é amor, é fraternidade, é união...
Páscoa não é um dia para comermos chocolates, e sim para comemorarmos a vida e ressurreição daquele que morreu para nos salvar!
A Páscoa vem trazendo uma mensagem de paz, esperança e amor.
Feliz Páscoa!
Seu homem foi-se embora
Prometendo voltar já
Mas as ondas não tem hora, morena
De partir ou de voltar
Pousa um momento,
Um só momento em mim,
Não só o olhar, também o pensamento.
Que a vida tenha fim
Nesse momento!
No olhar a alma também
Olhando-me, e eu a ver
Tudo quanto de ti teu olhar tem.
A ver até esquecer
Que tu és tu também.
Só tua alma sem tu
Só o teu pensamento
E eu onde, alma sem eu. Tudo o que sou
Ficou com o momento
E o momento parou.
Está envenenada a terra que nos enterra ou desterra.
Já não há ar, só desar.
Já não há chuva, só chuva ácida.
Vista do crepúsculo no final do século
Já não há parques, só parkings.
Já não há sociedades, só sociedades anónimas.
Empresas em lugar de nações.
Consumidores em lugar de cidadãos.
Aglomerações em lugar de cidades.
Não há pessoas. Só públicos.
Não há visões. Só televisões.
Para elogiar uma flor, diz-se: "parece de plástico".
Desejo a máquina do tempo
para que não haja o havido
e eu recomece misericordiosamente.
Do livro "Os Componentes da banda"
Abismo
Talvez o abismo nos engula
Talvez cheguemos a Atlântida
Talvez não tenhamos mais a força
de mover montanhas.
Mas somos o que somos.
Sem você, confesso, eu não vivo
Sem você minha vida é um castigo
Sem você prefiro a solidão
A sete palmos do chão.
Eu não olharei em teus olhos
se eu não desejar você,
por isso, garota, esteja atenta
porque eu estou olhando você.
Salvando o mundo
Você não pode acolher todas as pessoas em teus braços. Não pode desejar salvar o mundo sozinho. E também não pode ater-se em tentar salvar uma pessoa todas às vezes que ela quiser colocar a mão no fogo.
Algumas pessoas só aprendem quando se queimam, e neste momento aprendem a desviarem-se do fogo sozinhas, sem ser necessário que te preocupes com elas.
Claro, que é muito bom ajudar as pessoas, mas nos incêndios que assolam nosso mundo, nossas vidas, deixar que cada um faça a sua parte implica em deixar que cada um cuide de si, também.
Alguém precisa ser capaz de levantar para permitir que você possa estender a mão a outro, e à medida que as pessoas vão levantando, você deixa de ter uma preocupação para ganhar um aliado.
Porque é que um sono agita
Em vez de repousar
O que em minha alma habita
E a faz não descansar?
Que externa sonolência,
Que absurda confusão,
Me oprime sem violência
Me faz ver sem visão?
Entre o que vivo e a vida,
Entre quem estou e sou,
Durmo numa descida,
Descida em que não vou.
E, num infiel regresso
Ao que já era bruma,
Sonolento me apresso
Para coisa nenhuma.
Há metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
(in O Guardador de Rebanhos)
Ainda é Cedo
Estamos todos aqui e não temos lugar para ir
Tenha cuidado porque o mundo é perigoso
E quem não tem meninas não tem lugar para ir
Estamos todos aqui
Um por todos e todos por um
Mas parece que é cada um por si
E Deus contra todos
Tem gente que gosta de machucar os outros
Um dia os mortos vão se levantar
E vão pegar você e vão levar você
Eles estão vindo te pegar
E não tem nada que você possa fazer a respeito disso
Mas se a amizade é o mais importante
E mesmo que tudo pareça perdido
Tenho certeza que existe alguém
Que vai querer te ajudar
Tenho certeza que vai melhorar
Certeza que o dia vai chegar
Está tudo muito mal demais
Tudo isso tem que se acabar
Guerra... tem que acabar
Nunca viram ninguém triste?
Por que não me deixam em paz?
As guerras são tão tristes,
E não tem nada demais!
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