Poemas Lya Luft fim de Semana

Cerca de 105132 frases e pensamentos: Poemas Lya Luft fim de Semana

DESPEDIDA
Era despedida
Queria ter feito mais
Abraçado mais
Mais forte...
De um jeito que fosse junto
Uma parte de mim.
Queria ter beijado mais
Mais vezes...
Absorvendo cada segundo
Como se não tivesse fim.
Queria poder lembrar mais
Assim, tentei gravar tudo
Marcando na memória
Cada cor,
Cada cheiro,
Cada som,
Cada pedaço daquela hora
Que me fizesse voltar no tempo
Só meio da história
Sempre que a saudade apertar
Me transportando de volta
Aquele momento
Sem começo nem fim,
Só àquele momento
No meio do tempo
Pra história nunca acabar.

Publicado em Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol 158

Inserida por prilaal

Sim,
sou eu,
bem aqui:
passo e pessoa,
degrau por degrau,
leve como quem voa.

Inserida por linda_soglia

Hei de cortar claras manhãs
com a sola dos meus passos,
com a tinta do meu traço,
com o sonho do meu verso.

Inserida por MazeAnunciacao

Meu pai,
beijo suas mãos,
não como um homem
pretende beijar as de Deus,
mas como uma árvore
beija suas raízes.

Inserida por jeovah_ananias

Sou teu irmão.
O que semeou
em teu ventre
as sementes
que esperaram milênios
para serem salmos.

Inserida por jeovah_ananias

E no céu da minha nação
não há juventude nem sabedoria
se não houver tua companhia.

O outro que és é o longe
que se alonga ao meu encontro.

Inserida por MazeAnunciacao

Vai, meu passarim, segue teu rumo.
Vai e frequenta as esferas que te esperam.
Uma noite teu sonho atravessou minha seara
e foi uma revoada de alegria.
Agora chegou o momento de tua energia
buscar outras vibrações, outros horizontes.
Estende tuas asas pelos azuis que te aguardam.

Inserida por MazeAnunciacao

O poeta entrou no templo,
abriu as portas,
acendeu a fogueira
e dançou nos tempos.

Inserida por MazeAnunciacao

Eu preciso de um espelho:
olhar no fundo dos olhos
e ver bem dentro de mim:
quero beijar minha sombra

Inserida por martha_gonzaga

Encravo o meu punhal na tua pequenina porta,
encravo-o com todo gás, com toda força,
e ao realizar essa completa invasão
descubro que a tua pequenina porta
guardava e resguardava um imenso salão.

Inserida por martha_gonzaga

O que impera em ti
são esses milagres
que são tuas tetas,
dois punhais
que a cada instante
furam minha paz
e que me ensinaram
a amargar
a verdadeira sede.

Inserida por martha_gonzaga

Assim é a criação,
uma revolta por dentro,
um espetáculo trágico,
um grande acontecimento,

que só encontra sossego
quando se espalha no vento
e alcança todas as plagas
até ser esquecimento.

Inserida por linda_soglia

Sou a criação de Deus:
barro que sonha odisséias.
Em minha íris o Cosmo:
os mitos vestem meu nome.

Inserida por linda_soglia

Vejam, é Linda Soglia.
Seu labirinto - do antes,
durante e agora -

não é feito de teias,
intrigas e horas.
São células de silêncio.

Inserida por linda_soglia

Somos estilhaços de astros.
Estamos fadados a dançar
no salão que atravessa
os espaços.

Inserida por martha_gonzaga

Compreenda

O tempo não volta
Não da pra mudar
Temos que seguir em frente
SÓ pra começar
Vou ficar até o vento mudar
Quero Seguir um caminho novo
O antigo não me cabe mais
não cabe meus sonhos e planos
Sempre compreendo e que diferença faz?

Hora de seguir em frente
Deixar o que ficou pra trás
Quando doer, sorrio
Quando cair, levanto
Quando quebrar, conserto
Se o caminho acabar
Abro uma trilha
Parar e voltar cansa de mais
Chega de olhar pra trás!

Publicado em Antologia de Poetas Brasileiros - vol 161

Inserida por prilaal

Somos Soldados de Nós mesmos,
Exércitos de um homem só
Poetas de Mentira
Astronautas de pó
Vivemos, Sonhamos e morremos
Amargurados pela vida
Não vivida de um tempo vivenciado de mentiras.

Inserida por PoetOfTheBlues

Amor... e Morte...

O amor
é como a morte
ato banal de todo dia...

Emoção forte
de tristeza ou de alegria,
ele sempre nos surpreende, e a ele nunca nos acostumamos
talvez...

O amor é como a morte:
quando amamos
é sempre a primeira vez.

Soneto à tua volta

Voltaste, meu amor... enfim voltaste!
Como fez frio aqui sem teu carinho....
A flor de outrora refloresce na haste
que pendia sem vida em meu caminho.

Obrigado... Eu vivia tão sozinho...
Que infinita alegria, e que contraste!
-Volta a antiga embriaguez porque voltaste
e é doce o amor, porque é mais velho o vinho!

Voltaste... E dou-te logo este poema
simples e humilde repetindo um tema
da alma humana esgotada e envelhecida...

Mil poetas outras voltas celebraram,
mas, que importa? – se tantas já voltaram
só tu voltaste para a minha vida...

(Do livro "Eterno Motivo" " - Prêmio Raul de Leoni, da Academia Carioca de Letras - 1943)

A BICICLETA

Me lembro, me lembro
foi depois do jantar, meu avô me chamou,
tinha um riso na cara, um riso de festa:

- Guilherme, vou tapar seus olhos,
venha cá.

Os tios, os primos, os irmãos, na grande mesa redonda
ficaram rindo baixinho, estou ouvindo, estou ouvindo:

- Abre os olhos, Guilherme!

Estava na sala de jantar, junto da porta do corredor,
como uma santa irradiando, num altar,
como uma coroa na cabeça de um rei,
a bicicleta novinha, com lanterna, campainha, lustroso selim de couro,
tudo.

Me lembrei hoje da minha bicicleta
quando chegou a minha geladeira.

Mas faltou qualquer coisa à minha alegria,
talvez a mesa redonda, os tios, os primos rindo baixinho,

– abre os olhos, Guilherme!

Oh! Faltou qualquer coisa à minha alegria!

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