Poemas Lya Luft fim de Semana
Na educação básica, não é o ensino da ciência que deve nortear o aprendizado, mas sim o estudo, o melhoramento e o agir da ciência do ensino. Não é subindo o nível das provas que o nível dos estudantes subirá; mas é preocupando-se primeiramente com o nível dos estudantes, que o nível das provas subirá naturalmente. E para subir o nível dos estudantes, é preciso trabalhar duro, aula após aula, construindo, pensando, repensando, fazendo planos A, B e C, dedicando-se a cumpri-los e realizando auto-crítica sempre. Se não for assim, não é educação, é instrução. E instrução, só pega quem já tem o jeito, quem já tem educação.
Às vezes, nos perguntamos o que é ser bom. Vejo que muitos dos intelectuais consideram "bom" quem se assemelha à máquina de 'O guia do Mochileiro das Galáxias': trabalha sem parar para responder à pergunta mais fundamental de sua "vida" e, depois de milhares de horas, dá uma resposta insignificante para o mundo. O discurso é 'sejas multi e serás bom', mas o que se julga é 'Sejas exatamente o que eu quero que serás bom, para mim'. Mas eu fiz uma escolha, há algum tempo. E tenho a vantagem de saber que minha escolha me dá vida, de fato.
Mais importante do que passar pelos momentos da vida, é fazer uma leitura honesta e realista deles. Assim, a utopia continuará existindo em nossos corações.
Já consigo ver as raízes dos problemas dos oprimidos e entender seus atos. Falta-me amar os opressores e agir como eles não esperam.
Há uma maneira melhor de ser crítico(a), do que falar das mazelas do Brasil, ou da educação do brasileiro: pense nos problemas, mas só fale das soluções.
Todo mundo diz: no meu tempo, os jovens não eram assim.
Ninguém diz: eu não consegui educar os jovens, como me educaram. Ninguém se sente responsável, por isso que não muda.
A vida é muito mais do que acordar morrendo de sono, tomar banho, ir trabalhar e voltar morrendo de sono para somente dormir. Porém, essa passagem que estamos vivenciando, nesse momento, deveria ser melhor. Pena que nós mesmos a desfiguramos e transformamo-nos em ferozes inimigos de mercado.
Nunca negue-se a amar, mesmo que isso pareça a maior das loucuras. Amar não pode gerar final infeliz.
O que mais me impressiona no Cristianismo é o momento que deixamos de pensar em nós mesmos e passamos a nos preocupar com a construção do Reino de Deus.
Quando comecei a notar os rostos sofridos que estão pelas ruas, pelas periferias, pelos campos e pelas cidades; entendi que a proposta de amor também é proposta de luta, que a proposta de paz também é proposta de justiça. E se coloquei-me na roda, tenho a responsabilidade sobre essa gente, que tem nome, histórias e sonhos.
Sem oportunidade não se faz mérito. A ordem é essa. E não o mérito que constrói tudo, como os poderosos querem que pensemos.
Não se engane com os Jornais. Todas as vezes que passa um problema do SUS, da escola pública, da segurança pública, do lazer, moradia, etc. e esses jornais criticam o governo, porque não presta os serviços com a qualidade necessária para atender a todos, eles não estão defendendo que o Governo melhore os serviços.
O que Marinho's, ACM's, Abravanel's, Saad's, Macedo's, etc. defendem é o fim desses serviços e que todos os brasileiros paguem por tudo que utilizar. Porque assim, eles, que têm dinheiro, poderão usar os serviços sem demora, quando quiserem, sem que haja um pobre na frente, porque chegou antes.
Já pensou o quão bem estaríamos, se desde a década de 50, a TV falasse todos os dias em como acabar com a seca?
E há quem diga que sente-se excluído(a) porque é branco(a). Temos a obrigação de garantir os direitos historicamente negados. E pouco importa se isso implica em diminuir os nossos direitos. Não sou negro. Apesar de morar na periferia, fora dela não sofro preconceito. Já fui bem tratado, quando o alarme apitou quando passei pelo sensor. E assim é, quando qualquer não negro passa por isso. Enquanto houver a desconfiança impregnada em nossa cultura, temos o dever moral de lutar contra ela.
Não tenho interesse em fazer politicagem, em favor de grupo e/ou instituição algum(a). Prefiro, sempre, a verdade.
Quando você sente que finalmente está no passo certo, de um projeto que você ama com todas as forças, a vida se torna muito mais significativa.
Não é o fato de alguém já ter cometido um ato infracional, que justifica outro ato. É o fato de não termos nenhum compromisso com a recuperação e reinserção das pessoas na sociedade. A lei prevê recuperação, mas o sistema não a cumpre. Além disso, aparecem abutres na TV, para dizerem que é melhor matar do que reeducar e também não temos consciência de que todos podemos precisar de uma segunda chance.
