Poemas Lya Luft fim de Semana
A mediocridade sempre esteve presente em nossa sociedade.
A diferença é que com o surgimento das redes sociais, ela foi potencializada de forma exponencial.
Acredito que os excessos do politicamente correto, da patrulha ideológica e dos militantes oportunistas têm prejudicado muito a luta contra o racismo, machismo, homofobia...
Ainda mais em um país extremamente carente de educação e senso crítico.
Onde a maioria das pessoas tem uma enorme dificuldade em separar o "joio do trigo", em ouvir as partes envolvidas, em evitar pré-julgamentos, em fazer um filtro nas informações para assim ter uma melhor interpretação dos fatos.
Orientar a fala dentro daquilo que é considerado politicamente correto, sem, no entanto, pré-julgar e condenar pessoas.
Às vezes, estão repetindo de forma automática expressões de cunho racista com as quais conviveram anos e anos de suas vidas, sem que haja, de fato, uma intenção por trás, aquilo que denominamos racismo inconsciente.
Acredito que a luta intraclasse seja pior que a luta de classes.
Não há sentido em ter pobres contra pobres, nordestinos contra nordestinos, empregados contra empregados, aposentados contra aposentados, escravos contra escravos e oprimidos contra oprimidos.
Acredito que a luta intraclasse seja pior que a luta de classes. Não há sentido em ter pobres contra pobres, nordestinos contra nordestinos, empregados contra empregados, aposentados contra aposentados, escravos contra escravos e oprimidos contra oprimidos."
Governantes são semelhantes aos executivos das multinacionais; trabalham para o grande capital.
Só nos resta escolher, dentre eles, o mais complacente com o povo.
A "classe média" incomodada com a chegada dos emergentes nos condomínios fechados culpa o estado.
Agora, "tem pobre" morando ao seu lado.
É praticamente impossível passarmos uma vida inteira sem sermos traídos.
Conseguir o troféu de menor quantidade de traições sofridas já seria uma excelente conquista.
Como jamais saberemos quem vai conquistar essa meta, o melhor a fazer é viver sem entrar nessa paranoia de querer saber o tempo todo se alguém está nos traindo.
Dinheiro e amor são grandezas diretamente proporcionais.
À medida que o primeiro aumenta, o segundo aumenta na mesma intensidade.
A Idade das Trevas e o submundo nunca deixaram de existir em nossa sociedade; talvez estejam menos visíveis no dia a dia.
No entanto, estão por aí, esperando momentos oportunos para emergir.
Uma coisa é apontar as diferenças biológicas entre seres humanos.
Outra coisa é querer hierarquizar seres humanos com base nessas diferenças.
Reconheço a utilidade do ato.
Porém, não vejo validade moral em fazer caridade apenas para garantir vaga no paraíso celestial.
A esperança para muitos jovens da Pós-modernidade é a herança de seus pais.
Por isso, vivem intensamente o "hoje" sem preocupação com o futuro.
Nada contra as manifestações e aplausos em apoio aos profissionais de saúde que atuam no combate ao coronavírus.
Só não gosto de criar expectativas, pois muitas vezes as mesmas pessoas que aplaudem hoje são as mesmas que criticarão amanhã, caso ocorram problemas de atendimento nos hospitais.
As leis que protegem as minorias são essenciais devido aos processos de estigmatização, discriminação, desigualdade e exclusão social que esses grupos vêm sofrendo na sociedade brasileira ao longo dos anos.
No entanto, essas leis, como todas as outras, foram feitas para regular, não para julgar.
Não cabe a nós condenar pessoas com base em prejulgamentos ou normas gerais. Afinal, toda regra tem exceção, e cada caso é único.
Compete ao Poder Judiciário interpretar os fatos e conflitos, identificar e julgar quem são as "vítimas" ou "algozes" nas relações pessoais e interpessoais presentes em nossa sociedade, aplicando a lei.
A vaidade, o imediatismo, a eterna incompletude e insatisfação humana, bem como a busca incessante pela felicidade, são ingredientes fundamentais para que a publicidade e o mercado consumista vendam seus produtos.
É necessário cultivar serenidade para escapar dessa lógica capitalista.
No passado, a elite brasileira utilizou a teoria de raças diferentes para afirmar a supremacia branca e, consequentemente, justificar a escravidão africana.
Agora, buscam empregar a teoria da única raça humana (homo sapiens) para negar a reparação social por meio de políticas afirmativas, como cotas raciais e sociais.
Acredito que biologicamente só existe uma raça humana: o Homo sapiens.
Entretanto, ao longo da história, social e culturalmente, surgiu o conceito de "raças humanas" com o objetivo de hierarquizar e justificar a dominação entre os grupos humanos, como visto na escravidão dos povos africanos durante a época colonial e nas práticas racistas ainda presentes em nossa sociedade.
É muito comum ver pessoas reforçando as trajetórias e o esforço de personalidades negras que venceram na vida como parâmetro de defesa da meritocracia.
"Se eles conseguiram, todos podem conseguir."
Afirmar isso é uma verdadeira falácia!
Esses casos são exceções à regra e, na realidade, só evidenciam a grande desigualdade social e racial brasileira, decorrente principalmente dos processos históricos ligados à escravidão.
Engraçado, estamos no espaço público das redes sociais e achamos que apenas os outros são exibicionistas, narcisistas que vivem fazendo marketing pessoal de suas vidas.
Nós não!
Estamos realizando apenas divulgações, publicações e compartilhamentos.
Todos somos narcisistas em algum grau, uns mais, outros menos.
Assim, somos nós!
Quem tem razão?
João, que gasta seu tostão comendo feijão e tomando um cervejão, sem preocupação com o futuro da nação.
Ou
José, que gasta seu tostão tomando café, comendo em pé, remando contra a maré e tentando mudar o futuro da nação.
Eis a questão.
🔍 Está em busca de se entender melhor?
Todos os dias, compartilhamos ideias, perguntas e reflexões que ajudam a olhar para dentro — com mais clareza e menos julgamento.
Receba no WhatsApp