Poemas Lya Luft fim de Semana
“” Como balsamo perfumado
Nas mãos do oleiro
Sinto o cheiro
Aflorado do amor
Não há orgulho
Em aceitar a mão
Que levanta o fardo
E alivia o coração
Curtir as lutas e vitórias
Sempre em comunhão
Eternamente, juntos
Com gratidão...””
Poesia é coisa séria
Não é matéria
Pra se consumir
Mas é encanto
Perfeito no coração
Que insiste em florir...
“” Uma casa que não é feita de amor,
não vale nada.
Pode ter todo conforto,
mas não será um lugar legal para se viver...””
“” Era tanta certeza
De seu amor
Que jamais pensei
Que fosses me deixar.
Era tanta paixão
Aqui no peito
Só queria um jeito
De te encontrar
Era um encanto
Que, no entanto
Transformou-se em dor
Deixando apenas cinzas
Do que um dia foi amor
Mas não acabou
É preciso seguir
Até o dia, finalmente
Que eu tiver que partir...””
O homem que desfaz de uma mulher
Por causas de uns quilos a mais
Ou por que a vizinha é mais bonita
É um canalha
Merece ficar sozinho.
Meu!! Beleza e na novela e olha lá
Se você observar a rua, verá as pessoas normais
Uma ou outra aproveita a fase da beleza para sobressair
Mas o tempo chegará pra ela também
No geral o normal não é essa beleza vendida na televisão
Isso não quer dizer que você deva relaxar
Um batom novo, uma camisola descolada.
Uma passadinha no salão ajuda.
Afinal ninguém é de ferro
E seus encantos estão ai.
E só se valorizar e caprichar
E quer saber... Nenhum homem vai deixar de olhar a moça bonita
Assim como a mulher também não vai deixar de olhar .. É a natureza...
Mas ele pode e vai ser fiel a você, desde que você saiba ser esperta para deixá-lo sempre querendo mais.
Afinal a maioria dos homens não sabe viver sem uma mulher.
E os que sabem, não interessam a você.
“E quando me dei conta,
Estava ali parado, inquieto, calmo e turbulento...
Era só de um abraço apertado que eu precisava, ou só queria.
Era só algumas palavras que eu queria, ou precisava ouvir.
Eram tantas coisas que eu só fiquei ali, parado, calmo e turbulento!”
Se conectem com sua essência,
siga seus instintos,
seja livre e se liberte!
A sua consciência está te chamando,
se permita e ouça.
Já não é tempo mais de julgar,
Já não é tempo mais de culpar o outro.
E já não é tempo mais de se perder,
As vezes a descida é tremenda
O processo é longo,
As vezes você acha até que já perdeu,
Se autosabota, se mantém na mesma,
dirá a pior...
sofre, foge, e surta,
E então começa tudo de novo,
O processo é longo...
Tem tralhas trazidas pra fora, do mar de dentro,
E dentre todos os caminhos,
você enxerga...
Quase se perde,
as vezes perde,
Mas, e então, entende
Ouve, e sente.
Vibra e cria
E então você é luz,
Acordou!
A missão continua
Apenas ser!
EU SOU.
@eusergiomoraes
O meu o teu e o todo.
O atual mundo em que vivemos,
Mundo qual estamos dentro
Dentro de todo a imensidão
Com todo ouro do mundo
Trancado atrás de tudo
Pra que se ter o espaço de terra sendo que quem chora é a mãe terra.
Dentre todo o espaço do universo
A abundância pra mim e pra você é igual a que tem que ser,
Somos todos o todo
O que dói em mim dói em ti
E dentro dessa visão,
Temos toda essa imensidão
De abundância e espaço
Sem ninguém querendo roubar o meu pedaço
O que é meu eu dou pra tu,
O que é seu eu não quero não,
Dentre todo esse vazio, eu sigo e sigo sempre sozinho.
Sozinho é o que sei ser, não quero suas coisas pra vender
Num mundo de abundância e gratidão
Tem espaço pra mim pra você e pra toda essa multidão.
Sergio Vinicius de moraes.
Há quantas quadras já andei?
Entre todas ruas e calçadas
Todos os rostos, perdidos e tentando se encontrar
Os encontrados tentando se perder
Há quantas esquinas já esbarrei?
Dentre aquelas mais distintas, há de ter a mais bela história.
Há quanto tempo estou andando?
O tempo veio chegando, parece até que ja se foi.
Há mais tempo a passar ou tem passado muito tempo?
Há quanto tempo estou pensando?
Dentro desse tempo sempre há os tempos que passamos
E a quem damos, o bendito do tempo
E se é pra falar em se doar,
Eu me doou aqui e acolá sem saber há quanto tempo estou me dando
Há tempo me doando sem saber de onde vem
Essa vontade de ser alguém
Há quanto tempo estou procurando?
Eu não sei...
Há quantas quadras eu já andei?
Sergio Vinicius de Moraes.
ALELUIA DA MANHÃ
Nasceu, chama-se dia,
Que alegria!
Ou será o meu sonho de rebeldia
Gerado nos travesseiros
Sem que ninguém descobrisse?
Talvez a noite o parisse,
Enquanto contava carneiros...
Horas rápidas, sol com cio
Como gatos ao desafio
Nas telhas da noite fria.
Canário amarelo que não canta
Nem encanta:
Só pia!
Sino que toca em nostalgia,
Gente que desabrocha
Como a luz de uma tocha
Num milagre de alegria.
Que belo é viver
O prazer,
De um novo dia!
Se as bocas comessem tanto como comem os olhos, este mundo afundar-se-ia com o peso dos obesos.
(Carlos De Castro)
O PRESÉPIO
Este presépio, saibam todos, é meu!
Ergui-o dos alicerces ao telhado,
Talhado em casca de sobreiro enrugado
Tal como este rosto que Deus me deu…
Já mo quiseram comprar, confesso eu:
Mas não cedo nem que castrado!
Ia lá vender um tesouro amado
Que é um bocado do corpo meu!?...
Que diria S. José, ali mesmo ao pé
Virado para Nossa Senhora, até !?...
E os animais e a estrela que reluz!?..
Meu presépio, obra minha, filho meu!
Não vendo o lar onde alguém nasceu
Com o nome de Menino Jesus!
Filhos...
Serão sarilhos
Cadilhos!?…
Eu sei que não!
São apenas estribilhos
Dos coros afinadinhos
Inspirados, rebeldinhos
Da nossa mais bela canção.
Sempre que estou só, parece que tenho toda a gente do mundo ao meu redor.
Outras vezes, basta-me a companhia de duas pessoas, para me sentir o homem mais infeliz e solitário que alguma vez existiu.
Uns, adoram ser a fotografia.
Outros, contentam-se em ser apenas a moldura.
Por vezes, é difícil escolher.
Um dia, perguntei à solidão:
- Quem te acompanha mais?
E, ela logo me respondeu:
- Tu!
(tu... que sou eu, este, o cujo dito.)
Afirmam que a idade verdadeira da gente mede-se pelo cérebro de cada um.
Peço perdão às doutas opiniões:
Eu, pela medida do meu cerebelo já velho como árvore de vida, nesse raciocínio, ultrapassei os cento e trinta, há longos anos.
As guerras, sobretudo as maiores das outras demais guerras, nascem inexoravelmente da miópica cegueira dos soturnos cérebros desmiolados, os tais que se consideram ser iluminados pelos deuses com pés de barro.
Que nojo, que náuseas e dó me metem todos aqueles que nesta sociedade em declínio vertiginoso, ainda não arranjaram uma unha de vergonha em irem à missa de tais sumidades tirânicas.
