Poemas Lya Luft fim de Semana

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Há que, na medida do possível, prestar favores a todos: quantas vezes não precisamos de quem é menos do que nós.

Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado).

A variação quantitativa de tensão da realidade originária dá origem a todas as coisas.

Sem as ilusões da nossa imaginação, o capital da felicidade humana seria muito diminuto e limitado.

Quem viu jamais um médico aproveitar a receita do colega sem lhe tirar ou acrescentar alguma coisa?

Despendo mais energia numa discussão com a minha mulher, do que em cinco conferências de imprensa.

Na mocidade buscamos as companhias, na velhice evitamo-las: nesta idade conhecemos melhor os homens e as coisas.

Fazemos ordinariamente mais festa às pessoas que tememos do que àquelas a quem amamos.

O deleite imaginado é muito maior que o gozado, embora nos verdadeiros gostos deva ser o contrário.

Os soberbos são ordinariamente ingratos; consideram os benefícios como tributos que se lhes devem.

Os filhos seriam, talvez, mais caros a seus pais e, reciprocamente, os pais aos filhos, sem o título de herdeiros.

O interior das famílias é muitas vezes perturbado por desconfianças, ciúmes e antipatias, e enganam-nos as aparências de satisfação, calma e cordialidade, fazendo-nos supor uma paz que não existe; poucas há que ganham em ser aprofundadas.

A sabedoria é geralmente reputada como pobre, porque não se podem ver os seus tesouros.

Os homens são sempre mais verbosos e fecundos em queixar-se das injúrias do que em agradecer os benefícios.

As pessoas importantes fazem sempre mal em se divertir à custa dos inferiores. A troça é um jogo, e o jogo pressupõe a igualdade.

A imperfeição é a causa necessária da variedade nos indivíduos da mesma espécie. O perfeito é sempre idêntico e não admite diferenças por excesso ou por defeito.

A verdade é tão simples que não deleita: são os erros e ficções que pela sua variedade nos encantam.

Uma boa recordação talvez seja cá na Terra mais autêntica do que a felicidade.

Para não corar diante da sua vítima, o homem, que começou por feri-la, mata-a.

Parece, na verdade, que nós nos servimos das nossas orações como de um jargão e como aqueles que empregam as palavras santas e divinas em feitiçarias e em efeitos de magia.