Poemas Ladrao de Homem
Contextos
Talvez não só uma extrapolação do pensamento de Baruch Espinoza. O homem livre, no que pensa menos é na morte, e a sua sabedoria é uma meditação, não da morte, mas da vida. Mais que conhecido antigamente, que venha suavizado através de uma relativização que permite uma maleabilidade de certo e errado, não só a suavização, mais quem sabe uma convenção do pecado em mandamentos contemporâneos. O ódio é a tristeza acompanhada da ideia de uma causa exterior. Não rir, nem lamentar-se, nem odiar, mas compreender. Não há esperança sem medo, nem medo sem esperança.
As revoluções, são as locomotivas da história.
O socialismo se parece com o homem, assim como o fascismo é a negação do homem. O socialismo é "o caminho" não isento de erros para o comunismo, é um caminho de justiça cheio de obstáculos, marcado por desafios, retrocessos e avanços. Se o Comunismo acabar, quem é que vai levar a culpa? O comunismo e as mulheres dizem que todos os homens são iguais e, o comunismo existe hoje porquê o cristianismo não está sendo suficientemente cristão. "Na construção socialista, planejamos a dor de cabeça que não a torna escassa, mas pelo contrário. O caminho do inferno está pavimentado de boas intenções e assim, quanto menos comes, bebes, compras livros e vais ao teatro, pensas, amas, teorizas, cantas, sofres e praticas esporte, mais economizas e mais cresce o teu capital. És menos, mas tens mais. Assim todas as paixões e atividades são tragadas pela cobiça. O comunismo será, entre outras coisas, uma aspirina do tamanho do Sol".
O capitalismo procura semear a falta de fé no ser humano, exalta o cinismo, o ego reverenciado, como Ayn Rand definiu o homem ideal do capitalismo: "Enquanto o criador é egoísta e inteligente, o altruísta é um imbecil que não pensa, não sente, não julga, não age".
O problema com o comunismo é que um dia o dinheiro dos outros acaba.
Martelo Comunista
O Homem se fez e se faz no trabalho, desde quando um aleijão virou o dedão de lado, pois resultou na pegada da pinça entre dois dedos. Pôde segurar mais bem a comida, pegar as frutas, arrancar as raízes, catar as sementes, os seixos, com o auxílio de uma alavanca em ponto de apoio deslocar as pedras e o mundo, e com o martelo quebrar. Com o cinzel e um pincel, com pigmentos orgânicos e minerais, pintar, e com as mãos levantar as casas.
Dominou o mundo e produziu, perdeu o controle da produção e se alienou, pois quem constrói a casa, faz o pão e a plantação, em geral, não tem teto e até passa fome se vendendo e se acabando no trabalho físico sem ficar com a mais-valia que se multiplica no capital com trabalho alheio.
É a vida, mais menos que bem vivida, mas em si o trabalho deveria dignificar o Homem, quando constrói até a cerca que delimita a propriedade privada que completa o domínio do capitalismo.
É isso que se faz no trabalho, ganham pouco, se exauri e aumenta o capital e garantia da propriedade privada que a delimita e impede o invasor.
O dinheiro e cerca são os símbolos do capitalismo. Assim como o martelo cruzado com a foice o símbolo do trabalho e da sua libertação.
Cabeça à Prêmio e Ereções
O peixe morre pela boca. O Homem é o que come. A História não se repete!
A Democracia é o menos mal dos governos. O Fascismo é o espectro que ronda o mundo.
A votação até o meio dia transcorria normal, malgrado a pistoleira, o segurança que mata em Paraisópolis e o arsenal e tiroteio do abençoado do padre de quadrilha.
Todo tiranete não acredita na própria sombra, pois sabe da sua fraqueza, daí tira um a um dos que o levaram a ocupar o poder que conseguiu às custas de uma facada e quer retomar na bala perdida dos último dias.
A política só se entende com um partido forte e a militância consciente sem alienados e fanáticos.
Por isso, no Helloween, em vez de cassar as bruxas, elas estão soltas por aí.
Sete vezes, qual praga, havia mudado de partido e mudou para ganhar, pela insatisfação vigente e de novo mudou ao novo, para se juntar com quem atrapalhou todos os governos da Nova República, o Centrão.
Antes, não teve dinheiro nem debates. Agora, sobra dinheiro pelos ralos, FakeNews e debates vazios.
Na cabeça dura não cabe nem capacete, por isso infringe a Lei fazendo motociata com a cabeça à prêmio.
Vai continuar falando ao vento, que mudou e sopra liberdade em mar calmo, com fartura de peixe.
30\10\2022 Eleições Brasileira\Segundo turno
Pierre-Joseph Proudhon
O Homem se fez e se faz no trabalho como disse Marx, não o Luther King Jr.
O Homem se fez e se faz no trabalho e, quando ele não detém o fruto do seu trabalho, este é furtado ou transferido ao outro e aí o gerador da riqueza se aliena. Igual padeiro que não tem pão em casa, o pedreiro que é sem teto, o boia-fria que é um sem terra, que não é de deus nem do diabo que não existem, mas do Homem, porém planta, colhe e passa fome.
Na sequência do raciocínio lógico, o dinheiro não dá em árvore, sempre alguém tomou de alguém e quem tem uma casa sobrando e vive da renda dela por aluguel, na realidade está roubando a renda do outro.
Foi Pierre-Joseph Proudhon que consagrou o chiste: "a propriedade privada é um roubo". E, foi que Karl Marx quem melhorou: "proletários do Mundo, uni-vos! Vós não tem nada a perder exceto os seus grilhões".
O Homem se fez e se faz no trabalho, desde quando um aleijão mudou para o lado o artelho, e conseguiu a pegada na pedra, alavanca, martelo, machado, faca e o pincel para fazer a casa, plantio ou colheita, e a pintura e escultura na arte, e tirar o som das notas músicas nos instrumentos de percussão, sopro e corda.
O Homem de Gelo
Incansável
Explorador
Do
Conhecimento
Do bem
Absoluto
Das verdades
Eternas
Experimentos
De
Pensamentos
Submissão
A musas
Grande
Êxtase
No virtual
Seu real
Metáforas
Compartilhadas
Hidropônicos
Emocionais...
Turbulência
Existencial
O avesso das águas
Guardam o segredo da vida
Segundo
Darwin
O homem
Descende
Do macaco
Pelo visto
Humanos
São macacos
Que deram
Errado
Em João 11, relata que Jesus ressuscitou um homem que já estava morto há 4 dias. E, nesse relato, percebe-se que as pessoas que faziam parte do contexto não acreditavam que Jesus poderia ressuscitar.
Porém, acreditavam que ele poderia curar, se tivesse chegado antes. Entretanto, na história, assim como na vida, Jesus vai chegar na hora certa para fazer as coisas acontecerem, Ele vem para surpreender e mostrar que seu poder vai além das possibilidades.
As irmãs de Lázaro acreditavam que Ele era o Senhor da cura, todavia, não o Senhor que levantava os mortos. Assim como Ele fez com Lázaro, fará na sua vida em tudo aquilo que você acha que é o fim.
Talvez você possa não entender o que acontece e o desânimo, muitas vezes, tenta te parar, mas creia!
Na hora que você achar que é o fim, será a hora que Jesus virá e ressuscitará aquilo que você acha impossível de acontecer.
Porque a fé é a certeza das coisas que não se vê e a convicção do poder de Deus em fazer além das perspectivas!
Existe uma parábola japonesa na qual um homem entre a casa e o trabalho deparou-se com um largo buraco negro. Aproximou-se e, como não enxergava o fundo usou uma pedra para medir a profundidade. Não houve ruído algum. Intrigado, gritou: "Há alguém aí embaixo?" A única resposta que obteve foi o eco de sua própria voz. Em pouco tempo o buraco passou a receber sacos e mais sacos de lixo.
Meses depois o homem contemplava mencionado buraco quando desabou sobre sua cabeça um gigantesco saco de lixo. Ele olhou à sua volta, não viu ninguém e uma voz distante gritou: - "Há alguém aí embaixo?"
A natureza que está nos retornando toda agressividade que contra ela foi cometida.
Penso que a parábola também tem uma relação muito significativa com o lixo mental e deveríamos estar atentos quanto à qualidade de nossos pensamentos, sentimentos e atitudes.
É necessário que um homem passe por dias ruins, se decepcione e até mesmo caminhe pelo inferno, para saber quem realmente está ao seu lado, e aprender que nem sempre as coisas acontecem do jeito que queremos.
Alguns sucumbem e se entregam ao primeiro sinal de fracasso, outros se adaptam, se reinventam, insistem e resistem até o final.
A diferença entre esses homens é a maneira como reagem as dificuldades. O mesmo fogo que derrete um homem fraco é o mesmo que forja um homem forte.
“Delictum”
No princípio era o homem nu, descansado
O mundo em consoante soberana sinfonia
Sem rudeza, tristura ou quesito desafinado
O céu em perfeita e tão melodiosa poesia
Então veio a presença de amor enamorado
Tudo era luz, e assim, todo o prazer sentia
E no fulgor do sol se tinha o agrado ao lado
E o clarão do luar deu asas à doce fantasia
Deus tudo criou em seis dias, e repousou
Santificou este dia e seguiu no tom maior
O espinho, a flor, a terra, fogo, ar... gerou
E o homem em tentação, coiso, indeciso
Pecou... transgredindo o Verbo Criador...
Perdendo no delito o destinado Paraíso!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08 abril, 2023, 20’12” – Araguari, MG
SONETO DE NATAL
Se fez homem, é noite de reflexão
Fé cristã, Menino Deus, Nazareno
Enfeitam o memorial de pequeno:
Família reunida, cantiga e afeição
É berço de amor, doce e ameno
Exaltado em versos do coração
Nesta noite cristã, de intenção
Aniversaria, Jesus, o Nazareno
É vida na vida em comemoração
Gesto de afago, de carinho pleno
Noite feliz, noite de total gratidão
É Natal, é sal do indulto terreno
Confraternização, e compaixão
Do pobrezinho que manou no feno...
Luciano Spagnol
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
CONTRAMÃO
Como a maldade egoista, sombria
Que do homem o bem lhe é tirado
Qual apenas, o ruim, é seu brado
De falseta, e cuja a ação é tirania
Não aguenta nunca a luz do dia
O qual, de amor, não é adornado
O teu peito pra glória é fechado
No cruel interesse: a idolatria!
E hoje, entre tantos, muitos são
De um coração ermo, ressecado
Horrendo, traindo na contramão
Pulsam cobiça, e seus espinhos
Repugnam a honra de outrora
Empedrando de ira os caminhos
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
A terra respira apesar dos pesares
Do homem de lata sem saber amar
Trazes vida a solicitude da natureza
Se, o mundo amasse como ela (mãe), não jazeríamos em meio a tantas incertezas.
Um homem criou um ícone de barro e obrigou todos da sua aldeia a adorá-lo.
Quem não o reverenciava, era desprezado, humilhado e agredido.
Quem quis quebrar o ícone, foi considerado inimigo mortal a ser exterminado.
Quando, finalmente, conseguiram quebrá-lo, ele criou outro.
Fui criado por um homem simples
Me ensinou a amar e a lutar
Me ensinou o que é errado
Me ensinou o que é certo
Um homem é confrontado quatro vezes na vida:
Quando tem pouco dinheiro.
Quando tem pouco conhecimento.
Quando tem muito dinheiro.
Quando tem muito conhecimento.
De onde vem esse homem
Que me ganha
Que me toca sem palavras
Que decifra meus desejos
Que entende a minha língua,
De onde vem esse homem
De olhar cansado,
Que planta flores
Que toca música
Que fala de amores,
Que sorri sem dizer nada
Que encanta com o sorriso
Que escreve em guardanapo
Bilhetes, cartas...
E me manda.
Quem será esse homem
Que de menino não tem nada
Que arrepia sem toque,
Que me rouba a madrugada
Quem será esse homem
De encantos, que canto
Que me entrego...
Que divido segredos
Carrega meus medos
Me faz mulher,
Quem será esse homem
Que me transforma,
Me modifica...
Que nos meus sonhos habita
Que vive na minha rede,
Que não deita na minha cama,
Quem será esse homem mistério,
Indecifrável, subtendido...
De olhar carente, boca quente
Que seduz simplesmente,
Sem querer, querendo.
Quem será esse homem que enlouquece
Que de tolo não tem nada,
De garoto inocente.
Quem sera´esse homem
Que canta em minha porta
Que me pede beijos,
Que em troca nada quer
Que o que quer não toca.
Quem será esse homem
Feito peixe, navega
No meu rio,
Desaguá no meu mar
Que não pede licença
Não respeita meus desejos,
Não faz minhas vontades
Não ousa me amar.
Quem será esse homem
Que me apaixona,
Depois me deixa
Sem um olhar,
Quem será ?
Esse homem é pecado,
É flor na primavera,
Inverno, verão.
É noite de estrelas
Luar no sertão,
Toca flauta e piano
Fala em rimas e versos
Corre rios e mares,
Sem cair na sedução,
Quem será esse homem
Que desejo nas minhas mãos.
Não me faça cara de inocente
Não mente,
por trás desse homem frio
esconde explosões,
vulcões...
fogo de amor !