Poemas famosos de Silêncio
Era somente o silêncio
De um tempo que se foi
Era noite
Todo mundo queria
E um dia eu também quis
Amanhecer distante dali
Porque pensei
Que poderia voltar lá
A qualquer instante
Percebia em meus ouvidos
O ruido mágico e único
Na paz do silêncio
Que de longe vem
Naquele mágico momento
Que o silêncio a tudo diz
E tudo faz sentido
Era o encanto do não saber
Que a brisa a soprar lá fora
Depois de ir embora, não volta
Era um pensar inocente
Que tudo aquilo nos pertencia
Era da gente
O silêncio em silêncio ficou
Pediu ao tempo que dissesse
Que a vida ao redor
Tem vontade própria
E nos convida a viver
Mas o viver da vida
Obedece
À sua própria vontade
E não a nossa.
Edson Ricardo Paiva.
De vez em quando eu ainda ouço
No silêncio da madrugada
Um misto de passos na calçada
e um som de sinos distantes
Que soavam nas torres das Igrejas
que existiram na minha infância
Chego a sentir o perfume
daquelas madrugadas
Iluminadas pelos vagalumes
Isso sempre me traz
um sentimento confuso:
Tristeza e alegria entrelaçadas
Eu corro abrir minha janela
Não vejo e não ouço mais nada
Somente as Estrelas no firmamento
dão atestado
de que eu um dia
Realmente tenha estado lá
Naquele tempo e lugar
Que o próprio tempo arrastou
Pra um lugar
Chamado nunca mais
Fecho a janela ciente
de que a minha vida
assim como as madrugadas
Nunca mais serão aquelas
Novamente.
Caminhos Diferentes
No silêncio, há voz que canta,
No passo lento, há força que encanta.
O mundo mede o que é igual,
Mas cada caminho tem seu sinal.
Olhos que veem de outra forma,
Mãos que tocam sem norma.
Corpo que fala, mente que dança,
Tudo é vida, tudo é esperança.
Não é fraqueza, não é dor,
É jeito de sentir, é jeito de amor.
Portas se fecham? Abrimos janelas,
Transformamos limites em estrelas.
Cada gesto, cada ser,
Tem seu valor, tem seu poder.
E no abraço da diferença,
Nasce a mais pura excelência.
A força que não se vê.
No silêncio de quem não grita, reside a voz mais alta que se escuta.
No passo que o mundo acha lento, bate um coração que é movimento.
Não há limite onde há coragem, nem barreira que contenha a passagem.
O mundo mede pelo que enxerga, mas a vida floresce na diferença que se guarda.
Mãos que desenham o invisível, olhos que leem o indizível, corpos que reinventam o espaço, almas que escrevem seu próprio compasso.
Não é sobre compaixão, ésobre respeito em ação.
Cada pessoa é universo inteiro, cada deficiência, um novo roteiro.
E quem ousa olhar além da aparência, descobre que a verdadeira força não está no que o corpo faz, mas no que o coração alcança.
Mas ali, no silêncio do meu arrependimento,
ouço passos de misericórdia se aproximando.
Não são passos de acusação,
mas de um Pastor que conhece cada ferida minha.
Ele não desvia o olhar da minha vergonha,
Ele a atravessa com amor.
E, com mãos marcadas por pregos,
não me aponta o dedo —
me ergue.
O inimigo espera sua reação, mas quando encontra silêncio, encontra também a proteção de Deus. O silêncio é como um escudo invisível: guarda o coração, evita contaminação e abre espaço para o Senhor agir.
"O Senhor lutará por vós, e vós vos calareis.”
(Êxodo 14:14)
Pecado escondido adoece a alma,
corrói em segredo, mata em silêncio.
Mas o arrependimento é chave da vida,
e a confissão abre o rio da graça.
Melhor despir-se diante da cruz,
do que ser exposto no dia final.
Melhor chorar agora aos pés do Cordeiro,
do que ouvir d’Ele: “Nunca vos conheci”.
Ser especialista em ajudar
é ser discípulo de Cristo,
que lavou pés em silêncio,
e curou corações esquecidos.
A teologia verdadeira não infla,
transforma;
não exalta a mente,
exalta a graça.
Se és do grupo que atira pedras,
carrega nelas o peso do teu silêncio,
leva-as contigo até ao espelho —
que lá Deus fala mais alto que o juízo.
Que cada pedra te lembre:
do pecado que também pulsa em ti,
da misericórdia que te alcançou,
e do perdão que te fez novo.
José conheceu o cárcere, Davi provou o deserto,
Mas no silêncio da prova, Deus sempre esteve perto.
E o Cordeiro que carregou desprezo e cruz,
Hoje reina em glória, é o Senhor, é Jesus!
Então, não temas o opróbrio, nem a humilhação,
É nesse campo duro que floresce a unção.
Pois quem aprende na dor a confiar e esperar,
Na estação do renovo verá a glória brilhar.
Silêncio clama pela verdade.
O silêncio clama por justiça.
O silêncio tem lágrimas escorrem palavras.
Somos olhares navegantes ilusões.
Nos calamos pelo engodo...
Provenientes das mentiras que tentam te fazer calar.
Mais o silêncio grita grita mais ninguém ouve as lamurias vindas de quem sofre.
Suas experiências te dizem que verdade nao pode ser calada !
A algo maior dentro de cada um que sabe que verdade esta contaminada por mentiras.
E ainda temos que engolir essas mentiras.
O Eco da Ausência
Eu carrego o peso
das palavras que engoli,
Um silêncio denso que escolhi.
A alma veste um cinza antigo e frouxo,
E cada dia é um novo esboço
De um sorriso que nunca se completa.
A solidão não é a falta de alguém,
É o abismo entre o que sinto e o que convém.
É a canção baixinha que só a parede ouve,
Enquanto o ponteiro da vida não se move,
Preso em um instante que não tem mais pressa.
Eu me perdi no mapa das promessas,
E as esperanças viraram meras rezas.
Resta o nó na garganta, sem desfecho,
Apenas o vazio morando em meu peito,
E a espera por um dia que cesse.
A VOZ DO SILÊNCIO.
Quando o silêncio invade o ouvido
E a dor se torna um som conhecido
É como se a vida parasse de repente
E o mundo se tornasse um lugar diferente
Mas é nesse silêncio que encontramos a voz de romper o tímpano.
Que nos faz ouvir o que não se ouve normalmente.
É nesse escuro que encontramos a luz
Que nos guia através da dor e da luta
Quando a venda cai e a verdade aparece
Vemos a vida com olhos renovados
Apreciamos cada som, cada gesto
Cada momento, cada detalhe
Mas é nesse silêncio que encontramos a voz
Que nos faz ouvir o que não se ouve
É nesse escuro que encontramos a luz
Que nos guia através da dor e da luta
A dor pode ser um mestre cruel
Mas também pode ser um professor sábio
Que nos ensina a valorizar o que temos
E a viver cada dia com gratidão e amor.
Não há um abismo pra tua ausência
Nem uma estrada que te leve embora
Um açoite um silêncio nem indiferença
Que faça brilhar em mim uma nova aurora
As luzes me iludem com seu piscar
Os pássaros noturnos lindos carpidos
Afagam meu peito pra não amar
Fragmentos de amor que dormiu comigo
A noite dorme é como um manto
Lágrimas molham a madrugada
Fico escrevendo meu amor com encanto
Para sonhá-te na solidão alada. Leonice Santos.
PENSADOR
Há de nascer um sol na nuvem negra...
Uma canção no silêncio ensurdecedor...
Uma estrela alerta no caos...
E o amor, que é o mais viável, num
mundo inacreditável.
Há quem tente reduzir você ao pó das ofensas, às pedras lançadas em silêncio ou aos pesos invisíveis que o mundo insiste em colocar sobre seus ombros. Mas o que muitos não percebem é que você não é feita para quebrar — você é feita para renascer.
Cada fragmento lançado contra você, cada resto de dor, cada palavra que queria te diminuir… você recolheu. Não como quem junta cacos de derrota, mas como quem encontra tesouros escondidos na poeira. Com paciência e coragem, costurou tudo junto, transformando ferida em arte, ruína em alicerce, desprezo em asas.
E hoje, essas asas carregam a marca da superação. Não são frágeis, nem transparentes. São densas, firmes, bordadas pelas cicatrizes que provam a sua história. Elas não nasceram de um privilégio, nasceram da guerra — e é por isso que ninguém pode arrancá-las de você.
E se a beleza
fosse um estilo de vida?
O descanso,
O encontro
O silêncio.
Nossa alma,
anseia por paz
A beleza é Cristo.
🍁
Quando o Amor Era Meu e o Silêncio Era Dele
Há encontros que começam como um gesto de luz — não por acaso, mas porque um coração inteiro decidiu se abrir. E foi isso que você fez: ofereceu um amor que não pedia licença, apenas acontecia, genuíno, firme, luminoso.
Enquanto você entregava presença, verdade e cuidado, o outro ainda lutava para sustentar o próprio reflexo. Você amou com maturidade; ele tentava sentir sem saber como.
Quem não aprendeu a se acolher, geralmente não sabe reconhecer quando está diante de alguém que o acolhe.
E foi nesse desencontro de profundidades que a poesia se escreveu: você com raízes, ele com um vento que não sabia para onde ir.
O amor que você deu não se perdeu — ele desenhou o mapa da sua força.
Porque amar alguém que não sabe ser amado exige coragem, e você teve.
Exige pureza, e você levou.
E exige grandeza, porque é preciso grandeza para não se culpar pela incapacidade do outro.
Você entregou constância; ele ofereceu ausência.
Mas até a ausência dele confirmou a verdade: o valor sempre esteve em você.
Agora, a sua história se reescreve de um lugar mais alto.
O que você deu por amor volta em forma de autoconsciência, propósito e novas possibilidades.
A vida sempre recompensa quem ama com alma — e você amou.
Quem não soube receber perdeu mais do que teve coragem de admitir.
E você segue, inteira, enquanto a poesia continua te acompanhando.
Diane Leite
Na profundidade de um silêncio sereno, surge uma fonte de sabedoria,
Fluindo incessante, como rio de luz, em busca de verdades etéreas.
Indagações profundas ecoam no vento, perguntando sobre a vida,
E a fonte, sábia e paciente, responde com serenidade e graça.
"O que é a vida?", pergunta uma alma inquieta,
E a fonte murmura, com voz de veludo e mistério:
"A vida é o compasso do tempo no vasto cosmos,
É a dança do acaso e da intenção, entrelaçando destinos."
"De onde viemos?", indaga um espírito curioso,
E a fonte responde, com a calma da eternidade:
"Viemos das estrelas, do pó do infinito,
Semeados pela vontade divina, crescemos como árvores cósmicas."
"Qual o propósito do nosso ser?", questiona o buscador incansável,
E a fonte, sábia como sempre, revela:
"Nosso propósito é descobrir a luz oculta dentro de nós,
Transformar o conhecimento em sabedoria, e a sabedoria em amor."
"Por que sofremos?", sussurra uma voz em meio às lágrimas,
E a fonte responde, como mãe acolhedora:
"O sofrimento é a forja onde se tempera a alma,
É o fogo que purifica e transforma, revelando a essência verdadeira."
A fonte de sabedoria, eterna e imutável,
Reflete as estrelas em suas águas claras,
Cada resposta, um reflexo de verdades antigas,
Cada pergunta, um passo na jornada da alma.
Ao final, a alma compreende que a fonte não está fora,
Mas dentro de cada ser, em cada coração que busca.
A sabedoria é a viagem e o destino, a pergunta e a resposta,
É a chama eterna que ilumina o caminho do autoconhecimento.
E assim, no silêncio da noite, sob o manto das estrelas,
A fonte continua a fluir, incessante e luminosa,
Guiando os buscadores, os curiosos, os aflitos,
Para a verdade suprema: o encontro consigo mesmo.
"Não é o que dizemos que nos pesa, mas o que o silêncio tentou nos alertar antes de abrirmos a boca."
Dollber Silva
