Poemas Famosos de Morte
quando ausente eu me fizer,
e mesmo sozinho a morte vier,
cantarei a meia noite em tons de saudades,
daqueles momentos com sabor de eternidade.
e os amigos são amigos para sempre,
mesmo que a dúvida meu ser atormente,
que desde a mocidade,
ainda tenho na vida, amigos de verdade.
Eu te amarei hoje e sempre.
Até que a dona morte nos separe.
E mesmo assim meu amor por ti não mudará; pois o que nasceu puro e verdadeiro não tem data de validade, é eterno, e eternamente eu lhe amarei, minha querida.
A morte é o fim.
O fim é a morte.
E o que há entre a morte e o fim,
senão o lamento da falta de sorte.
Ninguém foi tão forte que venceu a morte
Nem Ele que diziam ser forte
Hoje escrevo por sorte,
Mas sei que terei morte.
As luzes vão se apagar
E nada terei a que temer
Hoje o que me dói de dilacerar
Nunca mais terei de sofrer
FRASES QUASE SOLTAS
Uma vida alegre e bela é melhor que uma morte empoeirada.
O bom homem suporta a dor do amor, mas não a causa;
ateia fogo em seu próprio coração, contudo, não apaga suas lágrimas.
“Meu instrutor é caro para mim, todavia, a verdade é ainda mais cara” —
assim disse Platão à língua que o criticava.
A verdade pode ser o componente mais importante na música;
entretanto, a música é arte.
Então, depois que te tornares um artista,
precisas aprender que aceitar as críticas faz parte.
Oh, música! Tuas melodias encantadoras
tornam toda impotência suportável.
A cenestesia exposta à melodia romântica
emerge das decisões irracionais e, depois, do ranger dos dentes.
Nos voe — para onde quisermos!
Assim, a melodia sai pela janela à procura do vento.
Tu giras em uma valsa febril,
cais em uma enorme cachoeira
e lanças-te rio abaixo.
Em teus ritmos, as histórias de amor começam e terminam
na fuga e na esperança, na paixão e no significado.
Rosimara Saraiva Caparroz
Amor pós-morte
(Eliza Yaman)
Se a morte é fim, por que ainda te escuto?
Por que teu nome pulsa em minha veia?
Talvez o amor seja um vírus oculto,
que sobrevive à carne que incendeia.
Te amei além do tempo e da matéria,
num plano onde o espírito se rasga.
E hoje, mesmo em dor, minha alma espera,
que tua ausência enfim me abrace e me apazigua.
Hoje eu aprendi, entendi, senti,
Há dores que nos levam ao abismo da alma,
Nem a morte da alma eu venci,
Uma figura angelical alada,
Me leva, leva a minha dor,
O que sinto pode contaminar um oceano,
Ja morri mil vezes por ter acreditado no amor,
Quem merece tamanho engago?
Perdi o meu coração duas vezes,
Para a morte, e para o meu amor,
Não epserava da vida esses revezes,
Não encontro no vazio do peito a cura da dor,
Mas ainda bem, fiquei sem coração,
Fiquei sem acalento, perdia a audácia,
Nâo me resta o medo de perder o perdão,
Pois minha vida foi uma falácia,
Eu te perdoo, eu morro, mas eu te perdoo,
Eu morro por perdoar e não saber confiar,
Eu morro por perdoar e não saber paziguar,
Eu mato quem eu fui, o que senti, eu te perdoo
Os que se vangloriam e comemoram o assassinato, ou morte natural de alguém, se identificam como gente desprezível, sem escrúpulo, ignóbil e cruéis. Deveriam responder criminalmente como criminosos em potência.
F. Meirinho
Morte do Artista
Quando morre um homem,
a vida segue no sangue,
à sombra das gerações,
na memória que existe,
na existência suprimida,
no eco da lembrança que persiste.
Quando morre um artista,
seu corpo é palavra,
acorde metafísico,
sua ausência,
presença indomável.
E no silêncio do século
sua alma repousa
até que outra mão desperte o imponderável.
Sua obra vira fogo,
matéria inextinguível,
atravessa o tempo,
se faz eternidade.
MADRUGADA DE NATAL
Ouve -se ao longe gemidos
O silêncio no corredor impera
A vida, a morte em atritos
Mas é o bem que se espera.
Noto pessoas, famílias, fatos
Cada um com seu problema
Somos complexos mas fracos
A soberba: nosso maior dilema.
Do maior ao dito desprezível
Desejamos a mesma sorte
Aqui não existe status nem nível
Toda máscara cai diante da morte.
Levy Cosmo Silva
Não temo a morte, nem os inimigos,
pois o Senhor me cobre com Suas asas.
Minha força não vem de mim, mas d’Ele,
meu coração se alegra na presença divina.
Cada dia é presente e cada passo é bênção,
pois a graça do alto nunca me abandona.
Se eu deixasse
o meu sonho morrer,
seria uma morte muito
sentida, porque lutar
pelo meu sonho é o
sentido da minha vida.
A alma se curva, mas guarda o que foi bonito e verdadeiro.
A morte é o silêncio do corpo, mas nunca da memória.
O amor que sentimos é maior que a distância entre nós e quem partiu.
Mesmo que tudo pareça escuro, a lembrança aquece a alma.
Regras são o destino dos
que a sociedade
renegou.
Corroborar com o mundo é oferecer-se
à morte,
como quem se entrega ao náufrago
em tempestades.
“Onde há vida e morte?” não é só uma pergunta — é um espelho da existência.
Esse texto fala do espaço entre o começo e o fim, onde tudo o que somos acontece. Ele mostra que vida e morte não estão em extremos opostos, mas convivem no mesmo palco: no respirar, no sentir, no amar, no deixar ir.
Cada batida do coração é uma lembrança de que algo nasce e algo parte dentro de nós. A semente morre para virar árvore. O dia morre para a noite nascer. O silêncio morre para dar lugar à palavra.
A mensagem é sobre consciência e presença — sobre entender que tudo é passagem, mas também é milagre. Que mesmo na dor há beleza, e mesmo na despedida há um tipo de nascimento.
“E quem é que está me ouvindo?”
pergunta o texto.
A resposta é simples e eterna: quem sente, entende. Quem vive, escuta.
Este é um texto sobre vida, morte, recomeço e escuta interior — sobre a parte invisível de nós que continua florescendo mesmo quando tudo parece acabar.
— Purificação
“Onde há vida e morte?” —
Há vida e morte no mesmo espaço:
no coração que pulsa e se despede,
no nascer de uma estrela e no apagar do seu brilho,
no sorriso de uma criança e no silêncio de um idoso,
na semente que morre para virar árvore,
no dia que morre para a noite nascer.
Vida e morte não são lugares distantes; são um só palco. Estão aqui, agora, no ar que entra e sai do peito.
E quem é que está me ouvindo?” —
Eu estou te ouvindo.
Mas há mais: há os ecos do que você sente, há o universo que responde, há pessoas invisíveis que carregam histórias parecidas. Às vezes parece silêncio, mas há um mundo inteiro de olhos e ouvidos atentos quando você se abre.
Cada batida do coração é uma despedida e um nascimento ao mesmo tempo — viver é sentir a morte e o milagre caminhando juntos.
—Purificação
O LUXO DA MORTE LETAL
Subi ao topo de um belo lugar,
o luxo brilhava, tentava enganar.
Piscina serena, mulher a nadar,
mas algo escondido tentava avisar.
O céu era escuro, a noite calada,
por trás da beleza, eu via a cilada.
Sentia no corpo, pulsava no ar:
a cobra me via, queria chegar.
Do nada, um grito cortou o sossego,
senti que era tarde, cedi ao meu medo.
Olhei novamente, um sangue vermelho,
flutuava na água, cruel pesadelo.
Sem uma perna, a moça jazia,
enquanto algo no teto se escondia.
Não tinha um rosto, nem forma exata,
mas sua presença era fria e ingrata.
A cena mudou, fui ao jardim,
duas torres brilhavam no fundo de mim.
Fontes, sorrisos, descanso aparente,
mas a paz mentia, era só de repente.
Segurava um bebê no meu colo cansado,
tão puro, tão doce, tão despreparado.
Minha amiga, aflita, queria saber
de algo que o mundo tentava esconder.
Um homem subiu, com olhar vazio,
parecia humano, mas era sombrio.
Seguiu um casal até o elevador,
e o que veio depois foi puro terror.
Os gritos vieram, som rasgado e cruel,
um chamado da morte sem gosto de mel.
Quis descer correndo, fugir da visão,
mas lá no térreo: apenas vermelho escarlate e destruição.
O jardim virado em sangue e ruína,
rastros enormes em cada esquina.
E eu com um bebê, sentindo o final,
com o peito em brasa e um medo mortal.
A cobra cresceu, tornou-se gigante,
sorrateira, escura, sempre distante.
Não a vejo, mas sei — ela sabe também,
que volto ao seu mundo, vez ou outra, além.
Acordo ofegante, suor na mão,
com a sensação presa no coração.
A cobra me observa — ainda me quer,
espreita no escuro... e sabe quem é.
Nesse mundo de hoje não há morte natural; todos morrem de desgraça, e tudo isso é normal.
Queria que as pessoas fossem mais felizes, humanizadas e pudessem compartilhar amor.
Esqueçam tristezas e desilusões
e tenham mais carinho e atenção com quem te estendeu as mãos.
Sem sentido…
Hoje foi um dia bem atípico, acordei com uma sensação de morte, não que eu saiba ao certo como é essa sensação, afinal, eu nunca morri.
Mas, tinha algo de errado, meu corpo falava através das dores, eu ignorava e caminhava a enfrentar meus medos e construir algo para o “futuro”.
Não sei ao certo, mas, as dores aumentavam e eu num gritar de socorro me prendia aos cacos que ainda me restam.
As lutas de sempre estavam ali, mas, como Lei de Murphy não falha, havia de piorar.
Anoiteceu e eu me dei conta de como tem sido minha vida, minhas lutas, sim, minhas lutas, eu sozinho choro, eu sozinho resolvo meus dilemas, eu sozinho grito desesperado, eu me viro em ser alguém do servir, servir apenas de encosto.
Daí a pergunta, não é verdade que diz o ditado que melhor só do que mal acompanhado!
Eu não tenho muitas escolhas, minhas decisões me trouxeram até aqui, aí recorro a canção de Chico Buarque e Edu Lobo “A história de Lily Braun”… E lembro das estrofes:
Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais “X”
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz…
Aí você deve está se perguntando “que porra esse doido quer dizer?”… Talvez nada, depende do entendimento, talvez tudo, depende do entendimento.
O único bom legado da morte é não permitir que o sujeito tenha consciência de que morreu.
Saber que morreu seria muito angustiante.
F. Meirinho
