Poemas Famosos de Amor Distancia

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"Te odeio"

Te odeio profundamente
E sabes bem o porquê!
Quero pular de um avião
Do que falar com você.

Ao invês de apertar tua mão,
Prefiro apertar um espinho,
Se um dia me ver na rua,
Por favor, mude o caminho.

Só em ouvir tua voz,
Faz ferver meu coração.
Você não merece nem
Um pouco de minha atenção.

Se te vejo de longe,
De raiva a alma transpira!
Não quero nem respirar
O mesmo ar que respira.

Te odeio intensamente
E muito mais te maldigo,
Prefiro ir à sepultura,
Do que falar um dia contigo.


Pentecoste/CE

Inserida por MatheusAlmeida1

O menino corre, pula,
O menino, ele tem a pele escura,
Ele corre e pula, mas sozinho,
Pois ninguém quer brincar com o escurinho.

O menino vai pra casa, chora,
Chora e se pergunta, porque comigo?
Porque ninguém quer ser meu amigo?
Mas que vida injusta!

A vida é injusta? Eis a pergunta,
Porque ninguém quer ser amigo do escurinho?
Só por ter a pele escura, isso lá é motivo de tal tortura?
Ele também é gente, ele também sente.

Solidão, triste solidão,
Ela cria um enorme buraco no peito,
O qual só se preenche, no leito
No leito de morte, mas veja que sorte,
Você não passa por essa tortura, então pense duas vezes antes de desprezar quem tem a pele escura.

Inserida por unknownuser1

Preciosos segundos de paz...

sonhava que estava a sonhar,
onde todos seus desejos poderia realizar,
chegava ao fim de todas suas dores
que alimentavam uma dor profunda,
ao menos uma única vez,
encontrar o dia de não olhar pra trás,
cronologia das marcas de amarras e âncoras,
dos medos que sempre o impediram de ir
a todos lugares com gentes de todos os cantos do mundo,
em que as lágrimas de sofrimentos se transformariam
em rios d'água cristalina a desembocar no mar,
aonde tudo se transmuta, numa espécie de magia,
os vestígios permaneceriam, não mais para lembrar e sofrer,
mas para lá buscar a energia sem fim,
sutil, delicada, a do amor que cresce seguro,
fechando feridas que não param de sangrar,
aquietando mente e coração ansiosos,
apropriando-se de preciosos segundos de paz...

Inserida por pauloafonsobarros57

Tempo...

...tive uma conversa amistosa com o Tempo e acordamos,
aceito a deleteriedade do corpo,
os cabelos brancos, não importa quantos,
as limitações no andar,
todas as rugas no rosto,
a audição, visão, tato, olfato e paladar precários,
mas, preserva-me a lucidez,
um mínimo de independência e autonomia,
a imprescindível sensibilidade para não ferir ninguém,
que possa perdoar e pedir perdão,
sentir alegrias, tristezas e amor,
derramando assim, espontaneamente,
as lágrimas que aliviam,
o completo desapego de tudo que não me fará falta
na vida que se seguirá,
aceitar e sofrer a indiferença sem o ser,
reconhecer os velhos amigos e,
por fim,
que tenha a humildade,
que me permita uma serena desconstrução e reconstrução a cada novo
saber, até o último suspiro, ainda com todo o amor...

Inserida por pauloafonsobarros57

Silêncio...

O silêncio suscita,
uma mera expressão de desprezo,
se passa indiferença, com certeza doída, deixa ferida,
não duvides, quiçá um grito de socorro,
talvez um medo que paralisa,
muitas interrogações,
acusações, cumplicidade
ou um carinho,
uma das mais puras expressões de amor,
quem sabe um apelo,
mas, por certo,
acredite,
não será jamais
apenas silêncio...

Inserida por pauloafonsobarros57

Um dia qualquer à sombra do cajueiro..

Vivia o mesmo sonho misturado a despertares onde a tristeza, angústia e solidão se faziam companheiras, afastando-o mais e mais de um dia distante onde conhecia o seu lugar e sua gente.

Onde estavam seu canto, suas coisas, seu quarto, sua cama, a cômoda onde ficavam alguns porta-retratos?

Essa vaga lembrança o deixava confuso.

Porque seu olhar se fixava no chão quando, vez ou outra, alguém passava?

Quanto tempo mais daquela rotina, como se vivesse horas e horas, dias e dias, numa insossa repetição de nadas, sem sentido, aturdido em seu permanente estado de confusão e melancolia?

Alguns instantâneos faziam-no acordar inquieto e perdido, num outro lugar, ambiente simples, de conversas, da varanda, da sombra do cajueiro onde pessoas animadas conversavam e riam tanto, quanto tempo?

- O senhor não comeu nada hoje, vai ficar doente, pode ser que hoje alguém venha vê-lo...

- Precisa parecer melhor, vamos fazer a barba, cortar esses cabelos, trocar esse pijama, tomar um banho, cheirar melhor, o que vão pensar...

- O senhor não está me ouvindo...

- Não tenho mais tempo...

A água fria, por instantes, o desperta desse torpor, sente às costas a parede úmida onde se escora.

- Quem é você?

- Maria, já me esqueceu de novo...

- Onde estou?

- Na sua casa nova...

- Carla?

- Tá vendo, sua filha não pode vir, mas telefona sempre para saber do senhor...

- Chama a Nê...

- Sua esposa foi fazer uma viagem pra bem longe, vai demorar...

- Tome seu remédio, mais tarde volto com seu chá....

- Que dia é hoje?

- Tá mais esquecido, é sábado, dia de visita, por isso tem que ficar bonito...

- Carla..., Nê..., que dia é hoje...

Apenas um dia qualquer na vida de alguém esquecido que se lembra de uma vida distante e que ainda quer seu canto, sua gente, sua memória, seus amores...

Inserida por pauloafonsobarros57

Algo ainda a fazer...

sinto ainda o cansaço e o desânimo,
forças invisíveis ameaçam alguns poucos sonhos,
sussurram insistentemente,
chega, não dá mais,
o tempo de hoje e de amanhã,
totalmente incerto,
se ainda está em aberto,
é porque há algo ainda a fazer nessa vida,
está comigo desde sempre,
a percebo viva,
em muitas das vezes, de tão perto,
inspira o quê, quando, aonde e o porquê,
outros sons trazidos pelo silêncio,
estão a dizer,
continue a olhar, sentir e
escutar...

Inserida por pauloafonsobarros57

Reflexões para velhos de amanhã...

Quem serei velho?
Quem estarei velho?
Quando serei velho?
Quando estarei velho?
Como serei velho?
Como estarei velho?
Onde serei velho?
Onde estarei velho?
Quem serei nesse lugar?
Quem estarei nesse lugar?
Quando serei nesse lugar?
Quando estarei nesse lugar?
Onde serei nesse lugar?
Onde estarei nesse lugar?
Terei lugar nesse lugar?
Terei nome nesse lugar?
Nenhum tipo de onde, como, quando, quem e ter deveria preocupar ninguém,
Nem o recém-nascido,
Nem a criança,
Nem o adolescente,
Nem o jovem adulto,
Nem para o adulto velho?
Será sofrido para os velhos enquanto os escondermos e deles nos esquecermos...

Inserida por pauloafonsobarros57

Apenas humano...

Sem que ela percebesse, eu chegaria de mansinho, delicadamente e com todo o carinho me achegaria no mais fundo do seu coração, dele retirando tudo o que a machucou, curando todas e quaisquer feridas que ainda existam, a começar pelas mais antigas, por mínimas que sejam.

À memória ruim eu daria um jeito de apagar, deixando apenas o seu ensinamento, ainda aprendemos mais com a dor.

Pediria que ela sorrisse sem receio abrindo espaço para um novo registro de paz, carinho e amor.

Longe do preceito de que todos somos obrigados a ser "felizes", como se fosse um produto disponível nas vitrines dos megashoppings, eu lhe diria para ser feliz naturalmente, sabendo que por certo surgirão momentos acompanhados de sofrer.

Quando se pensa que hoje não há mais segredos, talvez possamos entender que a maior utopia é sermos apenas humanos, com muitas contradições, melhor que assim seja e sem culpa.

Inserida por pauloafonsobarros57

Segredos que não nos pertencem...

O outro é um universo a ser explorado, conhecido, para tanto há que se ter paciência, carinho, acolhimento, e só será possível se ele assim o permitir.
Nenhuma pessoa tem o direito de devassar o interior da outra, ainda que se pense que será para ajudá-la.
Mal sabemos de nós mesmos porque, em geral, ficamos na superfície do que e do porque somos e o que fizemos.
As muitas construções que nos moldaram ao longo do tempo, em uma jornada de incertezas, descobertas e medos, nos pertencem.
O que há em nossas entranhas só descobriremos se o quisermos, daí a partilhar, só se for com alguém especial, que nos queira bem e nos inspire absoluta confiança, com uma dose dupla de amor e sinceridade.
Se formos escolhidos por alguém que queira e precise dividir seus segredos que tenhamos muito cuidado com o que soubermos pois, ainda assim, não nos pertence.

Inserida por pauloafonsobarros57

Sem machucar


falar de sentimentos, dos mais simples,

ou os mais íntimos, parecem incomodar,

vigiar a própria sensibilidade e

ceder a esse mundo impessoal

e performático é aceitar amarras ao que é puro,

um olhar mais atento à natureza escancara

a delicadeza e beleza num minúsculo ponto da

terra, da água, do céu e de quem está ao lado,

podemos sim admirar, tocar e amar,

sem machucar....

Inserida por pauloafonsobarros57

Suicidas...

De alguma forma fizemos, fazemos e seremos parte da vida de todos onde quer que estejam nesse globo de Deus.

Estamos envolvidos em uma teia delicada, o simples roçar nesses fios provoca vibrações densas ou sutis que em milésimos de segundos chegam do outro lado da Terra e, nesse caminho, perpassam pela vida de milhões de pessoas e ambientes.

Ao se entregar amor ou ódio esse sentimento vai, instantâneo, sem barreiras, chegar aos corações de quem está receptivo, em especial para os que estão em sofrimento intenso.

Imaginemos um cordão iluminado de pura energia e luz, aportando em alguém que, não importa as razões, esteja a ponto de interromper sua vida, como se o suicídio fosse a solução para sua momentânea incapacidade de enxergar um caminho, que se encontra com sua autoestima em baixa, deprimido, desalentado, e, assim, sem perceber, pode num centésimo de segundo intuir que há algo diferente ao seu redor, sutil mudança que o faz mudar de ideia e continuar vivendo, ele nunca mais será o mesmo, um dia perceberá que renasceu.

Vale a pena, diariamente, não importa a hora ou o lugar, ao agradecer a Deus por mais um dia, lembremo-nos de entregar com carinho o amor mais puro que, contido em um segundo, será uma explosão de vida em algum lugar e para um alguém em especial que será tocado.

O caminho do ódio é o mesmo, vigiar o pensamento é um exercício para sempre.

Inserida por pauloafonsobarros57

Onde andará...

Desde ontem eu sei,
Não posso reclamar, escolhi sem brincar,
Deixei o coração assumir, tomar conta,
Saudade teima em voltar,
Onde estão o suor frio e as pernas a bambear,
O trêmulo sussurro juntinho ao rubor da face acanhada,
Aquela rua,
A sessão de cinema e o sorvete depois,
As promessas ante o primeiro olhar de ciúme,
O primeiro beijo e nossos olhares encabulados,
A despedida de quem queria ficar...
Onde andará? O que será?

Inserida por pauloafonsobarros57

Cura...

É difícil se isolar do passado sem com ele se reconciliar, seguir adiante carregando densas lembranças, muitas das vezes registradas de formas equivocadas em função da idade, da inexperiência ou do medo, beira à impossibilidade, ainda que inconscientemente.
Algumas pessoas (nós mesmos) e suas ações, permanecem em nosso íntimo e teimam em reclamar quando pensamos tê-las esquecido.
Ainda que difícil, quase insuportável, remexer em feridas ainda abertas é uma forma de cura, isso só é possível quando nos dispusermos a admitir que é preciso parar, voltar para poder seguir adiante, mais confiantes e seguros, sem medo de errar.

Inserida por pauloafonsobarros57

Sem exigências...

sem exigências,
apenas o possível,
sem ilusões,
mesmo que no todo irrealizável,
melhor assim,
ter alguém ao lado,
essência plena,
aquietando,
há que esperar,
a pressa não faz o coração mais leve...

Inserida por pauloafonsobarros57

Noite lá fora...

noite lá fora,

ser ou ter que parecer forte é difícil,

um pouco de cansaço parece culpa,

ouça, só por ora,

apenas por hoje,

me dá um tempo,

culpa? não,

apenas limite,

por favor, me entenda,

eu preciso parar agora,

só por um instante

deixa-me respirar,

cair no sono,

renovar-me,

quando eu desejar um colo,

ou somente um momento,

sem culpa,

nos falamos ou

apenas,

silêncio...

Inserida por pauloafonsobarros57

Encantos, magias e dor...

encantos e magias,

expectativas e reflexões,

lágrimas que se misturam,

cumplicidades e partilhas,

harmonia e paz,

para sempre,

especialmente quando da dor...

Inserida por pauloafonsobarros57

Desde sempre...

Há pessoas, com quem convivemos de há muito, que estão em nossas vidas de passagem, outras, após breve encontro e pouco falar, nos dão a certeza de que estiveram em nosso caminho, presentes desde sempre...

Não sabemos o rumo que tomaremos nessa vida e por quanto tempo ainda estaremos juntos, aprender a conviver com a incerteza do minuto a seguir é uma tarefa árdua quando ainda temos tanto a dizer, descobrir e compartilhar...

Inserida por pauloafonsobarros57

Esperança na terra seca...

Refazem o batido caminho pela velha e conhecida terra seca, o mesmo sol que lhes dá vida também lhes judia marcando-os, nos rostos, os poucos, mas já aparentes muitos mais anos de vida...

Intenso, escaldante, é secura demais...

Se a chuva vier o chão não lhes negará a vida adormecida...

Já faz muito, mas ainda se lembram do último ano onde o inverno foi bom, nessa memória tem cheiro da terra sendo encharcada...

Exaustos chegam ao açude ainda com um pouco de lama, olham para o céu com poucas nuvens...

Cai de joelhos e puxa os filhos, com os olhos rabisca no barro todos seus desejos e sonhos como se fossem sementes e suplica:

Meu divino São José,
Aqui estou a vossos pés.
Dá-nos a chuva com abundância,
Meu divino São José.
“O sertão é uma espera enorme”,
Dá-nos chuva com abundância,
Meu divino São José.

Talvez nenhum de seus desejos se realize e nenhuma das sementes veja brotar...

Sabe que não há certezas na vida, mas precisa acreditar que haverá ainda uma próxima vez, pelo menos para os meninos...

Inserida por pauloafonsobarros57

Oportunidades de uma jornada...

Somos companheiros dividindo trechos de uma jornada, alguns entes queridos, amigos e desafetos já desceram num determinado ponto, uns serenamente, outros em sofrimento.

Nenhum deles ficou para trás, de alguma forma nos acompanham e a nós estão ligados pelos fios das lembranças boas ou não muito agradáveis por conta das questões mal resolvidas, aquelas mágoas insufladas pela vaidade ou orgulho e que, simplesmente, não foram tratadas.

Não importa o tempo que já passou, neste momento, podemos fazer uma higienização completa, como se estivéssemos entrando num quarto onde acumulamos o que não nos faz bem, está tudo num baú, cheio de poeira, cheiros ruins, ainda sentimos aversão.

A decisão é nossa, abrir ou não esse baú e fazer uma necessária e saudável faxina.

Começamos pelas pessoas da família ou convívio social que machucamos ao longo da jornada, não importa agora a razão, peçamos perdão e numa bacia ao lado com água e sal vamos mergulhar o pano encharcado com essas impurezas, logo que toca a água nós o torcemos e essa negatividade é transmutada, limpa.

Feito isso agora imaginamos aquelas pessoas que nos fizeram infelizes e chorar, do fundo do nosso melhor começamos a desatar os nós e também os perdoamos, usando o mesmo pano e a mesma bacia e, finda a limpeza, nos sentimos bem e em paz.

A jornada continua agora mais leve, não esqueçamos, em algum momento chegará o nosso ponto de descida.

Pode ser a qualquer hora, qualquer dia, que não adiemos esses acertos necessários, não sabemos a nossa hora e a de ninguém.

Paz e serenidade!

Inserida por pauloafonsobarros57

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