Poemas Famosos de Amor Distancia
"...
Tantos destruíram essa menina,
Tanta trapaça nessa sina,
Por vezes, apagaram sua lamparina,
Mesmo assim, ela sempre ilumina."
Poema 'Mesmo assim'
"Euforia"
Há tantos meios de dor
Tantas promessas
Quebradas nua e crua
Tantas palavras mau ditas
Mau entendidas ,
Perspicaz perdição
Diluindo o medo
Amargo quanto aquele último beijo
Quando a porta fechou
Eu respirei fundo
Só havia meu travesseiro
E um pedido de desculpas
Rasgados em um papel
Para você, mulher especial,
Que encanta com seu olhar sensacional,
Que inspira com sua força e coragem,
E transmite uma beleza sem igual.
Seus passos firmes e decididos,
Revelam a força que carrega consigo,
E mesmo diante das adversidades,
Não perde a doçura e o sorriso.
Seus gestos são suaves e delicados,
E seu toque tem o poder de curar,
Você é a personificação da graça,
E a sua presença é um presente a se admirar.
Que a vida lhe traga muitas alegrias,
E que você sempre encontre um caminho,
Para seguir com paixão e ousadia,
E conquistar tudo o que lhe destina.
Mulher especial, você é um tesouro,
Um ser divino e admirável,
Que merece todo o amor e respeito,
E que sempre será insubstituível.
CRUZ DE JESUS
Tanta gente.
Tanta fé, ó Cristo,
Na tua cruz
No teu sinal
Que seduz,
Se beija
E se benze,
Para afastar maleitas,
Maus-olhados,
Que afinal,
São coisas imperfeitas
De males mal limpados.
Tanta gente.
Que gasta o madeiro
Da tua cruz infinita,
De tanto o dedo raspar
Para afastar o medo
Da sua desdita.
Tanta gente.
Irmão, Senhor, Jesus,
Que só quer a tua cruz
Por gostar,
Sem amar,
Sem te ajudar
A suportar
O peso desse fadário,
A caminho do teu calvário.
Por nós,
Que não te damos voz.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 30-03-2023)
Eu que tiro onda?
Venho para um lugar onde, ofendem as minhas origens (meus cabelos, minha cor), ofendem a minha cidade com comentário xenofóbico, me ofendem com comentários misóginos, ofendem a minha criança, caluniam, dão em cima do meu marido descaradamente e eu que tiro onda?
Eu não tiro onda com ninguém, muito menos de quem eu não conheço! Não vou parar pra dar bom dia a gente criminosa e preconceituosa que usa da sua popularidade pra difamar alguém.
Conquistei minhas coisas com suor do meu trabalho, e não dependo de ninguém pra tirar onda não!
Se isso for tirar onda, eu digo que é ter dignidade! Eu sei que eu tenho, ao contrário de quem fala!
Minha alma é escura e estranha, minha voz é calma, mas repleta de dor, minhas palavras são como um fio de navalha cortando a realidade que cerca ao meu redor.
Onde estou? Não sei dizer.
Sou uma alma em constante sofrer. Caminho sem saber para onde, em busca de mim mesmo, em um mundo que parece feito para a confusão.
Sou prisioneiro do meu próprio ser, enclausurado em uma cela invisível, mas minha mente inquieta não para de correr, como um cavalo selvagem, indomável e imprevisível. Em um mundo que parece sempre me negar o prazer.
A escrita? Minha única companhia, minha vingança, minha forma de expressar a dor que sinto a cada novo dia. O desabafo da esperança de encontrar um dia a paz que tanto anseio, a redenção da minha mente.
Sinto a minha alma a clamar por liberdade,
Por algo que me faça sentir especial.
E no silêncio da noite, solitário e perdido,
Encontro um pouco de paz e de solidão.
No meu íntimo há um mundo infinito de sonhos e desejos a me embalar, sinto-me um ser pequeno e limitado diante de tanta imensidão a me cercar.
Sou um fragmento de tudo o que existe, um grão de areia perdido na imensidão, mas ainda assim carrego em mim a chama da paixão que me move em direção a algo que a mim não parece são.
Então, deixe-me mergulhar no abismo, e encontrar a paz no nada, pois não há nada mais libertador do que a aniquilação de si mesmo.
A vida é um eterno aprender, tento dizer, as palavras fogem do meu ser, mas, dentro de mim há tanto a dizer.
Vejo o mundo além da janela, mas prefiro a solidão da cela.
Há algo em meu coração que me impulsiona a seguir, um desejo de descobrir o que há além deste existir, todavia sou um misto de alegria e tristeza. Escrevo o que sinto, o que não posso falar, e guardo comigo, para nunca mais revelar.
Os segredos mais íntimos do meu ser, são meus e de mais ninguém podem saber.
Mas, às vezes, eu sinto a solidão, e queria compartilhar essa emoção.
Com alguém que pudesse entender o que sinto, o que quero dizer.
Mas, no fim, sou eu e minhas palavras, que me acompanham até nas noites pouco calmas.
Mas talvez, em algum lugar distante eu possa encontrar a paz e o amor tanto a almejar.
Acordo tarde, esperando a ressaca do vinho barato, sem vontade de sair da cama. Abro a janela e vejo a cidade cinzenta, cheia de gente apressada e sem rumo.
Mas eu sou diferente, não quero seguir a multidão, prefiro me perder nas ruas sujas e escuras, nas várzeas, encontrando aqueles que a sociedade entende por páreas.
Eu não me importo com as convenções sociais, não me importo com o que os outros pensam de mim.
Entre os bares e becos, eu me encontro, com meus vícios, virtudes e defeitos. Eu confronto a vida e a morte, o amor e o desamor. Eu sou um sobrevivente, um lutador incansável. Eu sou o anti-herói dos desajustados, o rebelde sem causa. Somos todos experimentos, um dia tudo isso acabará, e eu partirei deste mundo sem arrependimentos.
Confesso que já senti o peso da dor, que já chorei ao me olhar no espelho, que já perdi a fé em mim e no amor, eque já pensei em jogar tudo pelo caminho.
Confesso que já bebi até cair e dormir, que já gritei palavras sem pensar, eque já magoei pessoas que amei.
Confesso que já senti a solidão, que já me senti um estranho no mundo, que já quis desaparecer sem deixar rastro, e que já senti que a vida era um fardo.
Mas hoje, confesso que vejo além, que aprendi com as quedas e levantei, que encontrei amor no meu coração, e que sou grato por tudo que aprendi com o que passei.
Confesso que hoje sou mais forte, que sou mais capaz de enfrentar a vida, que encontrei paz na minha própria sorte, eque a felicidade é uma escolha minha.
Dentro de minha alma residem mil vidas, cada uma com uma voz que deseja ser ouvida. Eu sou mil eus diferentes, cada um com seus desejos e sonhos, todos entrelaçados, que sussurram segredos a cada palavra proferida.
Meu coração, uma tela, pintada com seus matizes, cada pincelada uma lembrança do que já foi. Uma colcha de retalhos de emoções e pontos de vista, um retrato de uma vida vivida interiormente.
Eu sou o poeta, o pensador, o ignorante, o palhaço, o amante, o romântico, o desiludido, o andarilho, o sábio. Eu sou o silêncio, o rugido, o som, a luz, a escuridão, o palco.
Sou uma contradição, um mistério, um enigma que não pode ser resolvido, um quebra-cabeça sem história, uma história que ainda não foi contada.
No entanto, em meio a todo esse caos, encontro, um silêncio que ecoa lá no fundo. Uma quietude que acalma minha mente inquieta, uma paz que habita em minha alma. É o meu Daemon, que me diz o que eu preciso ouvir. Diz-me que não estou só, que todos os meus eus são um no final, que eu sou uma semente que foi semeada, e que vou crescer e transcender.
E assim, vagueio por essas tantas vidas, abraçando cada uma como se fosse a minha. Pois nesta jornada, eu descubro o que sobrevive, a beleza de uma alma que cresceu demasiadamente, mas que habita uma vida que não viveu inteiramente, e um corpo puramente ausente.
"Ladrilhar"
Um coração quebrado
Disse pra um coração curado
Um dia talvez serás cacos
Um dia talvez eu seja novamente
Porque já fui um dia
As cicatrizes nunca sumiram
Perduraram na alma
Assim como as lembranças
Como perfume trago pelo vento
Como frio das madrugadas de inverno
Como beijo e abraço de despedida
Soaram assim ,
Como ladrilho do mensageiro
Na varanda
Também avisei da minha partida
Como a tempestade que é contida
Pela calmaria , isento de mim.
O MENINO E A BOLA
Ele ia atrás da bola.
Que belo, ele a correr
O menino de sua mãe,
Que Deus a conserve e tem
No enlace com seu pai,
Em risonho amor de viver.
Chuta, vá meu pequenino,
Afaga os teus pezitos na bola,
Com o esquerdo ou o direito
O teu chutar é perfeito,
Rumo ao verdadeiro destino
Traçado na camisola.
E no passar do sol pela lua,
Pelo fogo, pelo ar, pela água
Sem mágoa
E pela terra,
Um dia, nunca te esqueças
Peço-te, não esmoreças,
Pois a vida será sempre tua
Nua e crua,
Pela verdade que encerra.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 01-04-2023)
Pessoas falam por gestos, por sorrisos, olhares e ações
Pessoas se expressam por toque, atitudes e reações
Pessoas se importam com cuidado, com palavras e expressões... despejam de se, em todas as mais diversas formas e emoções
ÁRVORE SECA
Ao vê-la, estarreci.
Ainda ontem
Do antes de ontem
De há três dias,
Eu vi-a;
Parecia-me salva
À luz da alva,
Daquele passado dia.
Hoje, mesmo agora,
Olhei lá fora:
Estava já mirrada,
Seca, num esturricado
Como torresmo queimado.
Quis regá-la,
Refrescá-la,
No pé do tronco a morrer.
Só então me lembrei
E pelo que sei,
Não adianta em desnorte,
Querer vencer
Sem poder,
Aquilo que já é morte!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 02-04-2023)
O GRITO
Ouvia-se o grito.
Na noite do vendaval,
Duma garganta, saía aflito
O ronco de algum mortal.
Terrífico
Horrífico,
Que entrava pela janela
Fechada pelo medo
De entrar nela,
Mau credo ou até bruxedo.
O vendaval amainou.
O grito parou.
Aberta a janela,
Ao perto, à luz da vela:
Era uma voz de fome,
Um homem sem nome,
Sem idade de vida ou ser,
Que só pedia a esmola do comer.
(Carlos De Castro, In Há Um Livro Por Escrever, em 03-04-2023)
Ditavida
Amorina dita os sentimentos,
O humor e a maneira de se viver.
Algo esperado de uma soberana.
Naber, anda pelos lugares Influenciado por Amorina,
Bem confuso (trocas de fuso).
Há algo que explique seu (E)estado?
Declinando como esse verso,
Naber esquece das coisas,
Quando apenas lembra que não é livre,
Pois Amorina, dita sua vida.
Amorina sendo amor,
Naber sendo a mente,
Você leria de forma diferente?
Escrevia, Miguel Torga, Poeta Maior, em Coimbra, a 4 de Abril de 1981:
- "Tentei explicar o mecanismo psicológico. O poeta é, de facto, um ser
incómodo. Mais cedo ou mais tarde, obriga os detratores a um embaraçoso
mea culpa. E como eles, no íntimo, o sabem perfeitamente, olham-no sempre
de través, a adiar quanto podem essa hora de rendição. Até que ela chega
irrevogavelmente pela mão da morte. E, então, é uma avalanche de adjetivos a
ver se o soterram e, alçados no cômoro lutuoso, se glorificam na glória que
proclamam." (Diário XIII - Miguel Torga)
MINHA HOMENAGEM:
QUADRA PARA TORGA
Se o poeta é desconforto,
Digam-no já em vida,
Não falsem depois de morto,
Que foi um santo de ermida.
© 𝕮𝖆𝖗𝖑𝖔𝖘 𝕯𝖊 𝕮𝖆𝖘𝖙𝖗𝖔.
NOSTALGIA
Cai em mim uma nostalgia,
Sem eu a ter pedido no tempo.
É assim como uma melancolia,
Uma tristeza vaga,
Que não se apaga
No momento.
Que vida.
Que tempo.
Que amargura dura
E tão escura
Havia de me assaltar.
Agora, que eu só queria
Tão pouco,
Para não entrar em louco,
Descansar,
Repousar,
Para aprender a sonhar...
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 04-04-2023)
"As vezes coisas tristes acontecem com pessoas boas .
As v zes coisas boas acontecem com pessoas tristes.
Nesse paralelo, não há favoritos .
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