Poemas Doi tanto
À minha mulher.
Apaixono-me dia após dia
pelo odor da sua ruminância,
pelo sabor do líquido que expelia,
pelo tato da sua carne em putrefância.
Expeli em mim, mostra-me
todo o seu resto de humanidade,
tudo o que tens de semelhante
com os animais, decomponha-me.
Se a podridão da morte vive
em teu fim, é onde sentir,
sentirei, serei quem convive
com o afago do enxofre
que ao meu cerébro a de subir,
fazendo meu último dia, hoje.
A insegurança de um touro.
O que me ilude é toda a incerteza,
é toda a possibilidade inscrita no riso,
o que foi visto valera
tudo que não foi dito.
O que matou a capacidade de raciocinar,
o que plantou o não saber,
tudo aquilo que faz esperar
faz a alma e o corpo tremer.
A insegurança de um touro,
a vontade que o cadáver exala,
se o segredo é vindouro
não fui eu quem contara.
A literatura é a fuga da alma,
o inferno é o recanto do espírito,
se no templo é onde queimará
o incerto corrobora o mito.
Doces Promessas
Doces promessas
Para uma doce criança
Doce união
Uma grande aliança
Um ponto uma meta
Uma longínqua andança
A direção é uma seta
Onde não permite mudança
Através de uma destas
Que a perna se trança
Porque aquela criança é uma peça
Que me convida a uma dança
Vermelho.
Cada dia que passo sem sua presença,
é um tiro no peito do ecossistema,
é vazio paralelo com a cheia,
de estar cansado de contar as teias
dessa armadilha presa em minha cabeça.
És o que não admito nem a mim,
ouço as paredes reclamar
do que eu não lembro.
Eu ouço o som do lamento,
lágrimas sendo levadas pelo vento,
eu tento, incremento, isento você da culpa.
Renuncio-lhe de mim!
Volte quando o nunca mais existir,
quando o nunca for usado corretamente,
quando o vocábulo estiver de acordo
com os sentimentos do remetente.
E os poetas choram, falam em versos.
ludibriam pobre alma,
nunca será estrofe inteira,
fora partida de maneira
que desces a ladeira,
caco em caco, aos pedaços.
Parecendo vosso amor.
Ficou incompleto.
Faltou você.
Precisando de Ti Ao Meu Lado
Sabes tão bem
Que sem ti não sou ninguém
Que entre nós existiu um, porém
Por que a vida nos deu desdém
Sabes que eu ainda sou apaixonado
Eu jamais teria te deixado
Ainda sou teu ser amado
E precisando de ti ao meu lado
Jardins de Narcisos
Ó plantas nascidas.
Desses jardins.
Que em alta voz anunciam.
As verdades de arlequins.
Não duvidam nem um pouco.
De um coração quase oco.
Do vazio. Dessa imensidão.
Não sabem que ainda é pouco.
Depois que tantos pés quase loucos.
Um dia. Já pisaram o mesmo chão.
E na tela, a verdade dizem saber.
Não sabem. Que não sabem.
De; que:
Para cada geração o que resta.
É o que cada um. Se dispõe a aprender.
O demais. É vir o tempo a passar.
Ensinar, o que deve ensinar.
Mesmo sem certeza.
Porque assim quisera a natureza.
O tudo. Não revelar.
Quem antes garantia. Que , de tudo sabia.
Como fogo de palha sumiu.
Porque a verdade que sentia.
Era tristeza e não sabia.
E para fé transferiu.
Agora tinha esperança.
De algum dia encontrar.
Num outro lugar haveria.
A possibilidade. de Finalmente.
Sua verdade provar.
marcos fereS
"O Simples”
O simples é misterioso, é belo, é completo. Por isso alguém diz: "Coisas simples me encantam", pois de fato, encantar é seu dom.
Mas o que é o simples?
O simples é o verdadeiro, é o sem máscaras,é maior que sua aparência, é o que quanto mais olhado mais se revela.
O simples não se esconde, ele se permite. Se alguém se for, permite ir. Mas se quiser ficar, na simplicidade sempre haverá um lugar.
Eu pertenço a algum lugar,
E algum lugar me pertence,
E eu vou encontrar este lugar,
E lá ficarei para todo sempre...
Mirassol
Perfeita companheira,
Linda , explendorosa.
De exuberância, amorosa.
Musa adorável de meu jardim.
Educada, meiga , charmosa
Espetacular pessoa querida.
Inteligencia, estonteante, vivida.
Jóia rara, de nobreza generosa.
Educada, meiga , carinhosa.
Estonteante sereia,sincera, sol de minha vida.
Se ainda dúvidas? Perdoou-a.
São tantos indefinitivos a escolher?
Mas carrego nos adjetivos.
E , deixo as dúvidas com você.
E com o passar. O tempo há provar.
Os sentimentos são meus.
E esses: O tempo. Não vai apagar.
marcos fereS
É uma garota comportada, mas que vive suas rebeldias.
Anda despreocupadamente, mas vive suas neuras.
Vive suas convicções e certezas e com elas vai até
O fim, mesmo que esse barco afunde interiormente.
É vento que desfaz quaisquer primeiras impressões
Acerca de si. Brisa leve que encanta com seu brilho
No olhar. Orgulhosa? Sim, por que não? Vaidosa?
Na medida certa! O suficiente para causar por onde passa.
Não é mais que sua aparência. No íntimo é ainda mais
Linda e bela. Menina de poucas palavras, mas sincera
E verdadeira. Não! Ela não se acha! Só os que
Vivem sua história, o seu mundo, sabem bem
Toda a humildade que cultiva naquele jardim interior.
Vive seus sonhos, mas volta e meia cai em desilusão.
Dentro dela há um coração bruto a ser lapidado.
Alma de menina mulher madura, mas que vive
Seus deslizes. Banca a durona, ma se desmancha
Ao mínimo elogio. Quem não gosta de um elogio?
Adora cinema! Vive seus dramas e suspenses.
Uma comédia em pessoa e romântica na sua essência!
Música? Ama dançar, cantar e viver suas letras. Tudo
Que soe liberdade aos seus ouvidos.É uma ótima
Atriz! Vive encenando, chamando a atenção para si!
É apenas uma menina mulher querendo colo e proteção.
Sonhos? Vive construindo seus castelos entre muros.
Vive suas fragilidades, seus momentos de solidão.
Mas, que em meio a tempestades vira fortaleza.
Faz suas festas, mas no fundo, no recôndito vive
Seus vazios. Vive errando na ânsia de acertar.
Por vezes se machuca por acreditar em contos.
É só uma menina mulher aprendendo a viver!
Porque me chamas Senhor?
"Se um dia achares merecedor.
mais que; qualquer outro semelhante?
Achar-se melhor. Por ostentação material.
Por sentar-se em um monte de pedrinhas juntadas.
Achar que o sol, brilha só para
para alguns privilegiados.
E que sombras são para quem merecem?
Saibas. Os sentidos estão empobrecidos e o entendimento,
ficou em alguma esquina do passado.
Os sortilégio temporais aprisionaram a alma.
E Transformaram a criatura em vitrine viva, da miséria.
Que é exposta a cada dia . Sob o sol. No picadeiro do circo.
Onde imbecis batem palmas. Para loucos dançarem."
marcos fereS
Não poderás sonhar.
Entretanto quem quer correrá,
se o futuro não está nos ajudando,
eu te juro que encontrará,
um jeito simples de continuar sonhando.
Pena que o futuro já não existe
e o fim que nos foi cedido está nas placas,
não achava que lhe deixaria tão triste,
desculpe pelas vossas emoções estampadas.
Juro que não tentei ser sádico,
mas meu coração é fálido.
Eu não pude me mudar.
Eu achei até que eu seria,
uma forma, um ser que amaria,
perdoe-me, disse que há como sonhar.
Não há...
Porcos imundos bailam no salão.
Eu gostava de cartas rasgadas
e vejo o futuro que sangrará.
Entre ruas alagadas,
não é em dinheiro que nadará.
Somos maior que estes,
imundos, até a morte veio parcelada,
com o fim batendo à porta
as suas mãos já devem estar lavadas.
Entre corpos caídos no chão,
entre quem paga a vida a cartão,
não haverá mais mortes em vão,
quem cairá, é quem já devia estar no chão.
São eles! Os que estão acima de nós.
São eles! Os que dizem ser a nossa voz.
São eles! Quem fala bonito e não faz.
São eles! Quem não deveria ter paz.
Atirem em suas caras. Matem!
Quem fez nada por muito.
Matem! Quem está em cima do muro.
Matem! Ou acham que vai ter perdão?
Matem! Quem nos entoca no escuro.
Matem! Não deve haver salvação.
Ludibrioso Deus.
Se o pecado é o preço a pagar
por simples prazeres mundanos.
Se no inferno eu ei de morar
por simples orgasmos humanos.
Então que seja feita a Tua vontade,
ó Deus vaidoso, qual teu medo?
Injusto, profano e sagaz.
Deixe-me falar, não os mantenha em segredo.
Sabemos nós dois,
teus pecados são maiores que os meus.
Apenas mente pra nós,
dizendo: orem! Quem sabe eu sinto zelo.
Profano és tu, mentiroso Deus,
que faz doenças, mortes e massacres,
pecador eterno, mata por vaidade.
Por Teu nome e Tuas mãos morreram milhares.
Em vão, oram bilhões, achando que,
um dia vão, ter salvação.
Conte-vos, Deus! Diga que estão sós.
Fale de si, mostre-se!
Alguns já sabem.
Somos superiores a Ti.
Nós somos o milagre.
Nada.
Entre o vazio do nada
e quem está cheio de tudo,
encontra-se uma ambiguidade.
Em um nada de nada, tem algo,
em um cheio de tudo, há também o nada.
E se o nada anula o tudo, o cheio de tudo é farsa.
Quando algo está no nada, não há o nada.
E quem é o nada que nada fala?
Quem nada fala, não é esperto.
E quem tudo fala, fala nada.
Ao falar tudo, encontra-se o nada,
e basta apenas um sinal negativo para criar a força contrária.
E com nada, faz-se uma bagunça.
O que prova que precisamos, somente,
de nada. E quem somos nós?
Nada.
Vista
Vista-se do seu melhor jeito.
Da sua melhor forma.Do seu jeito.
Sentindo ou não direito.
E saia para o mundo para arrasar.
O melhor . Melhora a cada instante.
E o que não for de melhor não interessa.
Pode até chegar. Mas não vai ser convidado a ficar.
marcos fereS
Entre sois sós, nós.
Entre vos há nós.
Entre vozes há versos.
Entre sós há sois.
Entre olhos, universos.
Entre em ti, e veja que.
Entre o agora e o após.
Sós, dirão à nós.
Somos mais que sois.
Entre luz há vista.
Entre vãos há vento.
Entre ventos, vozes.
Que falam de nós.
Imprevista.
De sangue enxuto,
nasceste em minha visão.
Em luto, mútuo,
morreste sem salvação.
E quando disseram: pareces triste.
E o que fizeste, olhei, eu sei.
A quem mentistes?
Por proteção, pensei.
Não queres simplórios,
todos os que vêem
não leem os olhos.
Então não existe mais,
esperança por fazer,
o que resta é estar,
viva, por assim dizer.
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