Poemas do Século XIX

Cerca de 1378 poemas do Século XIX

Os nossos conhecimentos são a reunião do raciocínio e experiência de numerosas mentes.

Em toda a obra de gênio reconhecemos os pensamentos que havíamos rejeitado. Estes retornam a nós com uma certa majestade alienada.

Se um homem se apegar resolutamente aos seus instintos, o mundo acabará por ceder diante dele.

Disse um dos nossos estadistas: «A maldição deste país são as pessoas eloquentes».

O que mais precisamos na vida é de alguém que nos leve a realizar o que podemos realizar e o que de útil podemos fazer.

As acções dos homens são demasiado fortes. Mostrem-me um homem que não tenha sido vítima das suas próprias acções.

Um grande homem há-de encontrar um grande assunto ou, o que dá no mesmo, de engrandecer qualquer assunto.

A literatura é o esforço do homem para se indenizar pelas imperfeições da sua condição.

Ao analisar os fatos históricos, evita ser profundo, pois muitas vezes as causas são bastante superficiais.

O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Augusto dos Anjos

Nota: Trecho de "Versos Íntimos": Link

Antes de construir um muro pergunto sempre quem estou murando e quem estou deixando de fora.

Poesia é quando uma emoção encontra seu pensamento e o pensamento encontra palavras.

Em algum ponto, duas estradas bifurcavam numa árvore. Eu trilhei a menos percorrida e isto fez toda a diferença.

Robert Frost

Nota: Trecho do poema The Road Not Taken.

Algo que estávamos retendo nos fazia fracos
até verificarmos que éramos nós mesmos.

Um dia, nalgum lugar, uma eternidade após,eu relembraria tudo isto num suspiro:
Dois caminhos divergiam numa floresta de outono, e eu, eu escolhi o menos percorrido, e isto fez toda a diferença!

Em um momento haviam dois caminhos a percorrer. Eu escolhi o menos percorrido, e isso fez toda a diferença.

Assim, minha tristeza voltando sempre, e me achando mais perdida aos meus olhos - como a todos os olhos que quisessem me encarar, se eu não tivesse sido condenada para sempre ao esquecimento de todos! - eu tinha cada vez mais fome de sua bondade. Com seus beijos e abraços amigos, era mesmo um céu, um escuro céu, onde eu entrava, e onde gostaria de ser deixada, pobre, surda, muda, cega. Já eu me acostumava. Eu nos via como duas boas crianças, livres para passear no Paraíso de tristeza.

O poeta se faz vidente por meio de um longo, imenso e refletido desregramento de todos os sentidos. Todas as formas de amor, de sentimento, de loucura; ele procura ele mesmo, ele esgota nele todos os venenos, para só guardar as quintessências.

De manhã, eu tinha o olhar tão perdido e a postura tão morta, que aqueles que encontrei talvez não me vissem.

Farsa contínua! A minha inocência me faria chorar. A vida é a farsa a ser levada por todos.