Poemas de William Shakespeare Anjos
Quanto mais independentes formos, devido à fortuna, tanto mais escravizados seremos pelos sentimentos e pelos deveres.
Os moços, por falta de experiência, de nada suspeitam, os velhos, por muito experimentados, de tudo desconfiam.
Os anarquistas são como os jogadores infelizes ou inábeis, que, baralhando muito as cartas, ou mudando de baralhos, esperam melhorar de fortuna e condição.
A probidade, que impede os espíritos medíocres de atingir os seus fins, é mais uma forma, para os astutos, de conseguirem o que querem.
As paixões são como os vidros de graus, que alteram para mais ou para menos a grandeza e volume dos objectos.
Não poder suportar todos os maus carácteres de que a sociedade está cheia não revela bom carácter: e isso é indispensável no comércio das peças de ouro e da moeda.
Para bem conhecer os homens, é necessário primeiramente vê-los e praticá-los de perto, e depois estudá-los e meditá-los de longe.
A CARAVANA DOS DESALENTADOS
Pelas estradas sem destino eles andam
Buscando um lugar pra chamar de lar
Mas só encontram nada além de espinhos
E o silêncio que os faz chorar.
É a caravana dos desalentados
Dos que perderam a esperança,
É a caravana dos desalentados
Dos que o sistema trata com indiferença.
Muitas portas fechadas eles já bateram
Muitos nãos e desculpas já ouviram
Como inúteis já se sentiram
De tanta luta já se cansaram.
É a caravana dos desalentados
Dos que enfrentam a tempestade e nada encontram,
É a caravana dos desalentados
Dos que no peito a dor carregam.
As primeiras vítimas da crise
Desse possesso mercado,
Do privilégio da elite
E do seu atraso escancarado.
É a caravana dos desalentados
Dos que buscam apenas um sustento e direção,
É a caravana dos desalentados
Dos que precisam de menos julgamento e mais atenção.
William Contraponto
Ressentidos Boçais
Em suas grandes edificações
Os ricos buscam destaque,
Numa sanha por competições
Que não há o que aplaque.
Um comportamento cuja pequenez
Revela a sua perturbação da vez.
Ao som de notas artificiais
Que ecoam em mentes vazias,
Acreditam que suas limitações intelectuais
Serão compensadas erguendo paredes frias.
Esse vazio é bem mais profundo
E não se preenche com luxos superficiais,
Esse vazio é bem mais profundo
E suas posses não os tornam menos boçais.
Viajam para lugares distantes
Num esforço tolo de parecerem sensacionais,
Tantas idas inúteis se suas mentes
Seguem obtusas e unidirecionais.
Ostentam carros imponentes
Para se sentirem poderosos,
São eternos descontentes
Guiados por instintos ambiciosos.
Na frustração e no ressentimento
Caminham para o próprio tormento.
Esse vazio é bem mais profundo
E não se preenche com luxos superficiais,
Esse vazio é bem mais profundo
E suas posses não os tornam menos boçais.
O Desafio
O desafio é diário
Para ser um sobrevivente
E não aparecer no noticiário
Vítima duma intolerante corrente.
São discursos, pregações
Pegando mentes desavisadas;
São estórias, discriminações
Estimulando as piores ações imaginadas.
Quem tem a sala estreita
Não vê nada além dela
Mesmo que janela esteja aberta
Prefere a luz da vela,
Até parece alguém acostumado
A nunca enxergar o outro lado.
Mas quando todo preconceito
Ficar apenas no passado
Ninguém será considerado suspeito
Devido a sua cor
Ou por viver o seu amor.
E o desafio se tornará
Caminho sem crueldade
Com garantia que chegará
Em favor da nossa diversidade.
Por si.
O que faz o teu alvo no abstrato?
O que tu miras que nem sabes se há?
Não tens medo de estar errado?
Acha mesmo que sempre ganhará?
Conto somente a ti, meu amigo,
que me ensinaram a desistir.
Até na escola da morte, iludido
me pus, otário, a tentar seguir.
Condensei, perfume em lágrimas,
choros ardiam perfumadamente,
perfumavam as auras,
agrediam a mente.
Mentiam as auras,
iludiam a gente,
então amigo, desista!…
Viva para ti, somente.
No fim da folha.
Eu estou no fim da folha,
quanto mais escondido de todos
melhor me sinto,
menos tolo estou.
E se por acaso,
um dia tentarem me vencer,
não conseguirão, não sou de duelos
nem de batalhas.
Eu sou o fim da folha,
que ninguém chega a ler,
que ninguém quer guerrear.
Eu sou o peixe fora d'água,
um pequeno empresário,
o início do nada.
me move.
me brisa.
ò sol.
lindo mover.
estrela ilumina.
o céu estrelado.
eu canto.
eu danço.
à luz do lual
À minha mulher.
Apaixono-me dia após dia
pelo odor da sua ruminância,
pelo sabor do líquido que expelia,
pelo tato da sua carne em putrefância.
Expeli em mim, mostra-me
todo o seu resto de humanidade,
tudo o que tens de semelhante
com os animais, decomponha-me.
Se a podridão da morte vive
em teu fim, é onde sentir,
sentirei, serei quem convive
com o afago do enxofre
que ao meu cerébro a de subir,
fazendo meu último dia, hoje.
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