Poemas de Shakespeare o Menestrel
A chuva disfarça as lágrimas, o Sol as evapora, a Lua as tinge de prata misturando-as às estrelas para abraçar aquele que chora.
As nuvens quando sobrecarregadas choram com gritos de trovões e sinapses de relâmpagos e somente a força invisível do carinho do vento é capaz de abrandar a sua dor.
Para nos sentirmos realizados precisamos sonhar, porque as realizações que nunca foram temas de sonhos não são nada mais do que meros acontecimentos.
Para a pessoa que se esforça em ver a beleza da vida, o grãozinho, ao invés de pipoca, é uma linda margarida.
Tem gente que, de tão idiota, consegue se tornar imbecil, sonhando em voltar a ver botas nos pés do presidente do Brasil.
Não há náufragos no mar das idealidades porque os sonhadores são ótimos timoneiros, os naufrágios restringem-se ao mar da realidade no qual viajamos como passageiros.
É difícil fazer íntimas confissões, só Deus sabe o quanto isso me custa, confesso que vivo no mundo das ilusões porque a realidade me assusta.
Você ambiciona tudo conhecer, desvendando os segredos do infinito, mas nem ao menos é capaz de descrever as características do seu espírito.
No seu jardim serei o Sol para evaporar qualquer gota de orvalho que queira rolar sobre a pétala do seu rosto.
Na escuridão da noite as cortinas de nuvens se abrem revelando as estrelas da ribalta que iluminam o cenário exibido no palco da abóbada celeste, no qual a Lua apresenta o seu monólogo.
A sabedoria que procuramos não está no lado de fora, no lado de fora está o conhecimento, que é apenas um veículo para a sabedoria que está no lado de dentro.
A manhã é mulher, a tarde é mulher, a noite é mulher, a água é mulher, a terra é mulher, a flor é mulher, a Lua é mulher, a estrela é mulher, enfim, a vida é mulher. Cada habitante da Terra já foi mulher, nem que tenha sido durante os meses em que, no ventre, formou um só corpo com uma mulher.
