Poemas de Shakespeare o Menestrel
Abrace-me doce noite, sussurre seus segredos através da suave brisa, me envolva com a escuridão e cante os seus silêncios para que eu me desprenda do meu corpo e, conduzido por suas mãos, suba no palco dos sonhos.
Nos devaneios que planam sobre as correntes de ar da ilusão, me vejo olhando para o infinito, riscando os céus com as pontas das minhas asas.
Embora as autodescobertas sejam motivos para celebração, elas geralmente são brindadas com lágrimas.
Retirar-se para o paraíso em busca do nirvana só se justifica quando há o retorno para o mundo caótico, assim como o passeio das abelhas pelos jardins só tem sentido quando elas voltam às colmeias e nutrem as suas larvas.
Os segredos são entidades aprisionadas no cérebro e basta a sentinela se descuidar para eles saltarem para a liberdade.
A dor não é uma consequência que nos é imposta pelas circunstâncias, ela é o resultado da nossa capacidade de percepção.
Quando você discrimina as crenças alheias, deixa claro que a sua crença pessoal não foi capaz de revesti-lo com o princípio do respeito, o que torna a sua crença algo questionável.
Geralmente as pessoas realizam os seus sonhos secretos, o problema é que eles são tão secretos que nem elas sabem quais são.
O que faz você ler este texto é a necessidade de preencher os espaços vazios que há em seu íntimo. A expectativa de encontrar alimento imaterial torna os seus olhos estáticos, a sua respiração profunda e o seu cérebro atento. Olhe ao seu redor com a mesma atenção que está aplicando nesta leitura e descobrirá que o alimento buscado está em todo lugar e que apenas precisa ser identificado.
As pessoas sensíveis têm mais dificuldade para sentirem-se contentes porque quando não sofrem as suas dores, sofrem as dores dos outros.
A liberdade é uma ave cujas asas precisam ser aparadas para que o seu crescimento desordenado não a torne pesada demais para voar.
Muitos que choram nos velórios o fazem, não pela morte consumada exibida no caixão, mas por saberem que lhes é reservado o mesmo destino.
Somos prédios em construção que nunca ficarão prontos, pois sempre haverá espaços para novos tijolos.
Os cofres servem apenas para guardar o que tem valor restrito porque tudo o que tem valor real prefere ser espalhado pelos ventos.
Se o seu desejo de vencer se baseia na necessidade de provar algo para alguém, não se trata de desejo de vencer, mas de convencer.
A chuva disfarça as lágrimas, o Sol as evapora, a Lua as tinge de prata misturando-as às estrelas para abraçar aquele que chora.
