Poemas de Salomao
A índole que se manifesta pelo xingamento e pela ameaça mantém intrínsecas características com o autoritarismo (fascismo), com ele se confundindo e mantendo identidade. Os pais geram os futuros homens brutos ao emprestarem seus filhos para exposição nos braços da figura autoritária. Com essa aprendizagem, o brasileiro xinga o cachorro, o retrovisor que não funciona, a porta emperrada, a vaca geniosa. Xinga no trânsito, xinga o vizinho e o morador de rua. Se não encontra um palavrão, chuta a porta emperrada. O chute ou o murro são extensões dos palavrões. Como não encontra formas de diálogo, busca a arma escondida e prega fogo no oponente. O repertório de palavrões, com essa prática, se tornou incomensurável e cresce a cada dia. E são tantas as palavras carinhosas que podem substituí-las. Poderíamos usá-las com mais frequência para que as crianças possam ser formadas com mansidão e sejam bons cidadãos, pois os futuros políticos precisam negociar de forma harmoniosa para que os resultados da administração sejam de enriquecimento da nacionalidade. As palavras afetuosas amainam a raiva, o furor e o ódio, abrem caminhos para extirpar a violência.
A cada dia, descubra com novas informações, que aquilo que se aprende tem novas camadas a serem agregadas para ser uma verdade responsável, que vai contribuir para uma comunidade melhor, um país onde impere a harmonia e o orgulho de a ele pertencer. Uma verdade não é definitiva. É o processo de conhecimento que vai tornando a verdade capaz de contribuir para que o homem viva melhor no mundo.
Pensar sempre em arranjos de beleza, em arranjos que impeçam a violência, em arranjos que não sejam só arroubos de dinheiro. Ajudar a desmontar a roda da subserviência. Se tiver de gritar, gritar não porque tem riqueza ou poder, mas porque tem oferta de harmonia, gritar porque deseja contribuir com verdades que ajudam o mundo a ser duradouro e possamos conviver felizes com nossas divergências e diferenças.
Ser livre significa estar junto na tomada de decisões e no usufruto dos direitos. Se não estamos juntos, não somos mais livres, mas objetos aprisionados na própria depressão. Ser livre é poder realizar junto, mas estamos abrindo mão da liberdade, passando a ser vítimas, pois entregamos ao poder, sem discussão, a capacidade de decidir nossos destinos, e acabamos sem direitos. O poder passa a gerar benefícios só para os dirigentes e para os donos do capital que os mantém.
Não desista jamais de se manter uma pessoa racional. O autoritário quer convencê-lo a ser mais um partidário de um líder e não de um governo que trabalhe para todos, pelos interesses comuns da sociedade. A racionalidade intimida a estupidez, pois desconstrói a mentira. Ainda que o autoritário o agrida, não desista. O autoritário, na falta de argumentos, vitupera, desespera, mostra os caninos.
Escrevemos e lemos para organizar novos arranjos para as palavras, onde surgem novos significados, novas propostas de relações sociais, onde os indivíduos, as comunidade e as nacionalidades passam a se conhecer, a se respeitar e a enriquecer. A leitura é um gesto solitário, mas acumula no indivíduo a compreensão dos espaços que deseja ocupar. A manifestação de argumentos agregadores estimula a concórdia e a sobrevivência da liberdade.
“A excelência de Deus é perfeita: nada Lhe falta, nada pode ser acrescentado, e tudo o que Ele faz permanece para sempre.”
A inviabilidade da vítima, é catastrófica para o direito e justiça, transforma bandidos em vítimas e colabora com absolvição do algoz.
Enquanto nosso povo em sua maioria for de ignorantes, teremos sempre esse círculo vicioso e rododisio, em considerável proporção de marginais e corruptos no poder. Um povo ignorante é vítima de sua própria torpeza.
Têm pessoas imprestáveis, só servem a si próprias, só colocam máscaras por interesse de que outros lhes sirva, esgotados a utilidade do outro, retiram a máscara e voltam ao seu egoísmo e mundinho de imprestáveis.
Na ação pública incondicionada, dizer que o ministério público é dono da ação, torna a vítima invisível, e lhe retira o direito constituição de ação, ambos deveriam ter o direito de atuar em conjunto, e de forma igualitária, ao revés, tal imposição permite Discricionáriamente que o MP escolha entre acusar ou advogar em prol do acusado, suplantando a invisibilidade da vítima perante seu algoz que muitas vezes é o próprio Estado, tal situação é clara violação do direito constitucional de ação e princípio da legalidade, transforma a vítima em um não cidadão.
A vedação do Art. 107 do Código de Processo Penal, em não permitir judicialmente opor suspeicão e impedimento a autoridade judiciária nos atos de inquérito, comissão parlamentar de inquérito e procedimentos administrativos, é inconstitucional e ilegal, sob o prisma do Direito de Ação, Princípios da insfastabilidade, supremacia constitucional, unicidade do ordenamento jurídico, impessoalidade e dignidade da pessoa humana, é como colocar 'a raposa vigiando o galinheiro', deixando discricionáriamente advogar em causa própria, usando o aparato estatal. A falibilidade humana, sentimentos pessoais, interesses escusos falarão mais alto, em detrimento da verdade real, processual e justiça, além de ser imoral, em detrimento do próprio Estado de direito.
Voe alto, voe para onde quiser, mas lembre-se que vez em quando é bom ter os pés no chão.
Kate Salomão
Observei também que debaixo do sol há maldade onde deveria haver justiça. Sim, até os tribunais são corruptos.
Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.
O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem sabem em que tropeçam.
Eu odeio sentimentalismo barato, é sério. Mas toda vez que eu te vejo, é como se fosse a primeira vez.
Acho que o problema foi que sempre fomos corajosos. Se tivéssemos mais cuidado, não teríamos tantas feridas e cicatrizes…
