Poemas de Salomao
"A independência, a democracia e a liberdade não se imploram; antes, conquistam-se mediante exigências firmes ou pela via de uma revolução decidida e implacável, que não se submete a concessões nem vacila perante adversidades."
Lisboa, 26 de Outubro de 2024
Reflexão Jusfilosófica e Política
Não se afigura racional que uma nação se declare um Estado Constitucional, comprometendo-se com os princípios do Estado Democrático, Republicano, Multipartidarismo, separação de poderes e, acima de tudo, com a tutela dos direitos humanos fundamentais, tais como o direito ao voto. Promovem-se eventos eleitorais — a “festa da democracia”, quer em eleições gerais, quer legislativas — e, ainda assim, não se respeita rigorosamente a vontade popular na eleição do Presidente da República (...), anulando, desta forma, a soberania popular. Se a intenção é permanecer no poder ao arrepio da vontade do povo, não seria mais coerente declarar-se um Estado de orientação Comunista, onde o monopartidarismo prevalece?
Lisboa, 27 de Outubro de 2024
" Somos imperfeitos e pecadores, tanto para com o nosso próximo como para com Deus; contudo, o mais grave erro que podemos cometer na sociedade é o de buscarmos justificação perante aqueles que julgam sem ouvir a outra parte, perante os insensatos e, sobretudo, perante os narcisistas. Sê prudente e contempla o Altíssimo, pois, a seu tempo, Ele te justificará."
Lisboa, 2 de Novembro de 2024
" As nossas decisões e, sobretudo, as nossas escolhas têm o poder de determinar um futuro próspero ou desastroso. Por essa razão, é fundamental saber escolher, evitando, assim, a tendência de ver o diabo em todas as coisas e de culpar os inocentes pelos infortúnios.
O homem e a mulher possuem a capacidade de moldar o seu próprio futuro. Não permita que as emoções predominem sobre a razão; seja ponderado, adote uma postura racional e esteja atento aos sinais que a vida lhe apresenta."
Lisboa, 15 de Novembro de 2024
O insipiente presume que tudo quanto observa, ouve e pensa é digno de ser manifestado, acreditando que suas impressões não carecem de qualquer filtro ou ponderação. Em contraste, o sábio compreende a importância da moderação e da prudência, reconhecendo que nem todo pensamento merece expressão e que, por vezes, o silêncio é mais eloquente que a palavra. Assim, ele escolhe criteriosamente o que dizer, atento ao impacto de suas palavras e ao valor da sua própria idoneidade. Esta postura permite-lhe manter o respeito e a confiança alheia, pois não se deixa levar pela impulsividade, mas sim pela razão e pela temperança.
Lisboa, 11 de Novembro de 2024
" O mundo é, efetivamente, uma caixinha mágica, onde coexistem a bondade e a maldade. À primeira vista, parece que a bondade é vencida pela maldade, considerando a forma como os humanos frequentemente lhe dão primazia. Contudo, recorda-te de que a bondade prevalecerá sempre, mesmo diante das circunstâncias mais adversas.
Nesta caixinha mágica, também se observa a maldade sob diversas formas, tais como a injustiça, o nepotismo, a inveja, a traição, as acusações infundadas, a desigualdade social, económica, política e, sobretudo, jurídica. Apesar de tais adversidades, nunca desistas da vida. Permite, antes, que seja a vida a desistir de ti, de forma natural ou por intervenção transcendental."
Lisboa, 23 de novembro de 2024
"Não podemos esperar um mundo renovado enquanto permanecermos alheios à prática do bem. O mundo não é um ente separado da nossa essência; é, antes, o espelho das ações que nele imprimimos. A sua harmonia ou desordem é o eco das escolhas humanas, pois a verdadeira transformação começa no interior de cada indivíduo, refletindo-se inevitavelmente no todo."
Lisboa, 12 de Janeiro de 2025
22 horas e 56 minutos
In Crónicas da Vida
Reflexão sobre o Novo Ano
O advento de um novo ano implica a necessidade de estabelecer novos rumos, perspetivas, objetivos e metas a alcançar. Trata-se de um momento propício à renovação interior, à redefinição dos propósitos e à elevação do pensamento para patamares mais elevados de existência.
A transição para um novo ciclo não se esgota na mera passagem do tempo; exige, antes, uma transformação consciente, que inclui o afastamento de relações tóxicas ou de pessoas cuja presença não acrescenta valor à nossa jornada. Tal mudança, contudo, deve ocorrer com discrição e serenidade, sem necessidade de proclamações ou alardes. O novo ano só se revelará verdadeiramente novo se nos libertarmos da inércia do conformismo e, sobretudo, se alterarmos a nossa atitude perante a vida.
Neste novo ciclo, tudo o que se ergue como um obstáculo ao nosso crescimento deve ser objeto de renúncia consciente. A verdadeira competição não deve ser travada contra outrem, mas antes connosco próprios, na incessante busca pela superação e pelo aperfeiçoamento pessoal.
A vida só adquire pleno valor quando somos íntegros nas nossas escolhas, permanecendo fiéis à verdade que habita em nós.
Lisboa, 2 de Fevereiro de 2025
A Prudência na Expressão do Pensamento
A questão não reside meramente na liberdade de expressão, mas antes na prudência de censurar, dentro de nós, aquilo que pensamos, para que não comprometa a solidez da nossa formação enquanto seres racionais. A palavra, quando irrefletida, pode tornar-se um instrumento de destruição ou contradição, fragilizando aquilo que buscamos edificar em nós próprios.
É certo que não somos perfeitos, mas a imperfeição não nos exime da responsabilidade de evitar o erro. Pensar antes de falar é um ato de consciência e de respeito pela própria razão. Refletir sobre o que habita no íntimo da nossa mente permite-nos discernir entre o que deve ser dito e o que, por prudência, deve permanecer em silêncio.
A lógica das nossas palavras não se sustenta apenas na sua construção gramatical, mas na coerência entre o pensamento e a razão que o orienta. Só há verdadeiro sentido naquilo que dizemos se, antes, tivermos pensado com clareza e profundidade.
Lisboa, 3 de Fevereiro de 2025
Pelas 1h41 da madrugada
" O mundo assemelha-se a um vasto abismo repleto de obstáculos, onde cada passo exige destreza e discernimento. Se soubermos percorrer o seu caminho com prudência — que é, em essência, a própria sabedoria —, tropeçaremos pouco e evitaremos quedas dolorosas. Porém, se nos faltarem cautela e reflexão, tombaremos incessantemente, acumulando feridas que, embora por vezes invisíveis, são suficientemente profundas para nos marcar.
Nessas quedas diárias, as lágrimas tornar-se-ão nossas mais fiéis companheiras, enquanto a dor, paradoxalmente, se revelará o nosso mais perspicaz adversário. Pois é na adversidade que a alma se molda, e no sofrimento que a existência nos ensina as suas lições mais severas. "
Crónicas da Vida
Huambo, 17 de Março de 2025
Ninguém te conhece melhor do que tu mesmo. A verdade sobre ti não pertence a terceiros, mas reside apenas em ti. Ninguém é capaz de enganar-se a si próprio; apenas os outros podem ser iludidos, pois desconhecem aquilo que habita no teu íntimo.
Ninguém tem autoridade para te definir sem antes conhecer a verdade que em ti se encerra. O que por vezes comunicamos a terceiros nem sempre corresponde ao que sentimos no mais profundo do nosso ser, pois há momentos em que a prudência e a sabedoria nos aconselham ao silêncio.
Não somos o reflexo do que dizem sobre nós, nem tampouco daquilo que pensam a nosso respeito. És o resultado das tuas emoções e da forma como escolhes vivê-las. E se terceiros as observam, isso não lhes confere o direito de julgar que detêm pleno conhecimento sobre ti ou que exercem qualquer domínio sobre a tua essência.
Não sejas imprudente ao expor a tua vida a outrem. Mantém o segredo sobre ti mesmo, sê guardião da tua imagem, da tua existência, do teu nome e da tua intimidade. Detém o controlo sobre as tuas informações e evita falar de terceiros para que não sejas causador de conflitos desnecessários.
No convívio social, não te apresses a emitir opiniões, nem pretendas monopolizar a conversa. Sê, antes de tudo, um observador atento. E, caso precises de te pronunciar, fá-lo com cálculo e prudência, para que não coloques a tua pessoa à mercê dos coveiros informativos incoerentes.
Crónicas da Vida
Huambo, 21 de Março de 2025
" Os rumores que se propagam pelos corredores insondáveis da internet, apresentando-se como revelações sobre figuras ilustres da sociedade angolana, não passam de subtil e engenhosa cortina de fumo, erguida com o propósito de entreter os espíritos menos vigilantes. Enquanto os incautos se deixam seduzir por tais artifícios, o GENERAL BOY, arguto e previdente, tece as suas estratégias com destreza, preparando o caminho para que sua CRIATURA ocupe posição de relevo no tabuleiro do poder.
A propaganda política, esse engenho da manipulação subtil, não encontra eficácia senão entre aqueles cujas mentes, obscurecidas pela inércia do pensamento, se tornam férteis para a ilusão. A distração é a argamassa com que se erguem os alicerces do domínio, e o poder sustenta-se na complacência dos que aceitam a sombra como verdade."
_ Sátiras Políticas _
Humano, 23 de Março de 2025
Aqueles que verdadeiramente me conhecem decifram, no silêncio que me reveste, as palavras que o mundo jamais escutará, mas que a alma, em segredo, clama. Fazei uso da vossa consciência, porém recordai: tudo quanto nela despontar não foi jamais por mim proferido — são apenas ecos do vosso próprio pensamento, que se apressa a dar voz àquilo que em mim permanece calado. O silêncio, esse, é o meu mais leal confidente.
Talvez, na cessação da guerra irracional, a paz ressurja — não para me reinventar, mas para me restituir ao sentido original do meu ser. Regressar à essência não é retorno à peça de origem, mas reencontro com o sopro que me é próprio, sem que para tal se invoquem, por necessidade, os moldes paternos ou maternos.
Huambo, 07 de Abril de 2025
In Crónicas da Vida
Quando o peso do mundo nos vergue a alma, lembra-te de que o desânimo não deve ser razão para renunciarmos à dádiva da vida. Traz à memória que carregas em ti a sagrada responsabilidade pelos que te são confiados, e que seria acto de egoísmo partir sem honra, traindo o amor que em ti depositaram — sobretudo aquele dos mais pequeninos, cujas almas puras ainda se moldam ao calor da tua presença.
Quando os obstáculos se tornarem muralhas, não enfrentes a batalha em vão; se necessário, retira-te do ruído dos homens, busca o silêncio no recanto mais íntimo da tua morada e vive em quietude, sem ferir a harmonia alheia, concentrando a tua luz nos poucos — e tão necessitados — corações que te amam e aguardam a seiva do teu afecto.
Lisboa, 26 de Abril de 2025
Crónicas da Vida
O exercício do bem pensar constitui uma arte rara em pleno século XXI. Pensar com coerência exige uma alimentação adequada, um descanso reparador, a preservação da boa saúde, a manutenção da sanidade mental e a renúncia ao consumo excessivo de álcool, bem como à utilização de quaisquer tipologias de substâncias entorpecentes.
Humabo, 21 de Julho de 2025
BELEZA
Beleza tem pouquíssimo haver com a estética de um corpo perfeito de forma escultural ou de um rosto perfeitamente delineado.
Isso tudo agrada apenas aos olhos por um período e em geral a data de validade é pequena.
A beldade verdadeira está na pessoa humana de alguém realmente humano. Diferente da beleza esculturalmente física, essa perdura para sempre.
PARABÉNS POR SER BELLA !!!
O amor não costuma obedecer padrões ou regras estabelecidas.
O amor não se importa com cor, raça, credo, condição social, financeira, tempo, idade, limites geográficos, distâncias ou fronteiras.
Inclusive eu acho que o amor tem vida e vontade própria e quando decide acontecer, ele simplesmente não alerta a ninguém
RESTOS
Sobra inveja,
Sobra vaidade,
Sobra egoísmo
E falsidade,
Sobra interesse,
Sobra "amizade",
Sobra de tudo,
E Restos... De verdade!
“O verdadeiro cidadão não renuncia ao seu país — ama-o com lucidez e esperança. Contudo, tal amor não pode ser cego, nem servil ao ponto de consentir que a sua dignidade seja arrastada na lama pelos reiterados fracassos das políticas públicas.
É uma violência silenciosa — institucional e moral — quando o sistema de saúde se revela precário, a educação se degrada até ao esvaziamento do pensamento crítico, e a segurança pública se transforma num simulacro falhado da protecção do bem comum.
Chegámos ao ponto em que comer dos contentores de lixo se tornou, para muitos, um privilégio. A dignidade humana, que a Constituição proclama inviolável, é quotidianamente triturada sob o peso de sistemas inoperantes, de políticas desumanizadas e de instituições capturadas.
Pior ainda, quando os púlpitos sagrados — que deveriam consolar o aflito e inspirar virtudes cívicas — se aliam, cúmplices, aos algozes do povo, encobrindo com falsas doutrinas e profecias manipuladoras os crimes de sangue e as omissões dolosas dos poderosos.
Nessa tragédia, o corpo torna-se mercadoria, negociado em desespero para garantir o pão de cada dia, como se a vida humana se resumisse à sua função fisiológica e comercial.
Talvez, então, emigrar não seja apenas um acto de sobrevivência, mas um grito silencioso de resistência — uma tentativa de resgatar a essência da pessoa humana, de preservar a sua dignidade ontológica, que o Estado falhou em proteger.”
Huambo, 26 de Julho de 2025
Seio de Virgem
O que eu sonho noite e dia,
O que me dá poesia
E me torna a vida bela,
O que num brando roçar
Faz meu peito se agitar,
É o teu seio, donzela!
Oh! quem pintara o cetim
Desses limões de marfim,
Os leves cerúleos veios
Na brancura deslumbrante
E o tremido de teus seios?
Quando os vejo, de paixão
Sinto pruridos na mão
De os apalpar e conter...
Sorriste do meu desejo?
Loucura! bastava um beijo
Para neles se morrer!
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