Poemas de quem Deu um Fora
O dinheiro destinado à beneficência não tem mérito, quando deixa de representar um sacrifício, qualquer privação.
O esforço dirigido a um objetivo tem sempre por prémio, com a consecução daquilo a que se aspira, a satisfação que o triunfo proporciona.
A amizade, como o dilúvio universal, é um fenômeno do qual todo o mundo fala, mas que ninguém ainda viu com os seus próprios olhos.
O que deve consolar um marido enganado pela mulher é que fica sendo sempre o dono de um prédio do qual os outros têm apenas o usufruto.
Posso ir em busca dos meus antepassados até encontrar um glóbulo protoplásmico atómico primordial. Consequentemente, o meu orgulho de família é algo inconcebível.
Os jovens sempre tiveram um problema: como é que é possível rebelarem-se e enquadrarem-se ao mesmo tempo? Agora parece que o resolveram: desafiando os pais e copiando-se uns aos outros.
A doença é o preço que a alma paga por ocupar o corpo, como o aluguel que um inquilino paga pelo apartamento onde mora.
Não é de forma alguma um pequeno número de fortunas colossais que faz a riqueza de um país, mas a multiplicidade de fortunas medíocres.
Uma pessoa pode chegar aos sessenta anos sem fazer uma ideia do que é um carácter. Nada é mais oculto do que as coisas com que continuamente andamos na boca.
O crime é a extensão lógica de um tipo de comportamento perfeitamente respeitável no mundo dos negócios.
Embora a avareza impeça um homem de se tornar necessariamente pobre, geralmente torna-o demasiado timorato para enriquecer.
Desconfia que a ambição não seja a cobertura do orgulho e que a modéstia não seja senão um pretexto para a preguiça.
Dor
Passa-se um dia e outro dia
À espera que passe a Dor,
E a Dor não passa, e porfia,
Porque trás dia, outro dia
Que traz Dor inda maior;
Porque embora a Dor aflita
Calasse há muito seus ais,
Ainda, fundo, palpita
Uma outra Dor que não grita:
A Dor do que não dói mais.
(in "Dispersos e Inéditos")
Glória
Vive dentro de mim um mundo raro
Tão vário, tão vibrante, tão profundo
Que o meu amor indómito e avaro
O oculto raivoso ao outro mundo
E nele vivo audaz, ardentemente,
Sentindo consumir-se a sua chama
Que oscila e desce e sobe inquietamente;
Ouvindo a minha voz que por mim chama
Em situações grotescas que me ferem,
Ou conquistando o que meus olhos querem:
Príncipe ou Rei sonhando com domínios.
Sinto bem que são vãs pra me prenderem
As mãos da Vida, muito embora imperem
Sobre a noção real dos meus declínios.
(in "Dispersos e Inéditos")
Teoria X
- O trabalho é em si mesmo desagradável para a maioria das pessoas;
- Um indivíduo comum, em situações comuns, evitará sempre que possível o trabalho;
- Alguns indivíduos só trabalham sob forte pressão. Eles precisam ser forçados, controlados e às vezes ameaçados com punições severas para que se esforcem em cumprir os objetivos estabelecidos pela organização;
- O ser humano comum prefere que o dirijam, quer esquivar das responsabilidades, tem relativamente pouca ambição e deseja mais nada que sua segurança.
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