Poemas de quem Deu um Fora
Flui, indeciso na bruma
Flui, indeciso na bruma,
Mais do que a bruma indeciso,
Um ser que é coisa a achar
E a quem nada é preciso.
Quer somente consistir
No nada que o cerca ao ser,
Um começo de existir
Que acabou antes de o Ter.
É o sentido que existe
Na aragem que mal se sente
E cuja essência consiste
Em passar incertamente.
todas as relações humanas
são basicamente, de troca:
cada um oferece o que tem
e toma para si o que precisa.
Se é amor, tanto melhor,
mas mesmo não sendo,
o casal pode ser feliz igual.
Como num romance
O homem dos meus sonhos
Me apareceu no dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom
Carta a um Amigo
Sabe Francisco
Eu vi pela televisão
Notícias que falam do mundo
Mergulhado em confusão
Parece Francisco
Que tudo o que você falou
Somente os peixes e as aves
É que prestaram atenção
Você disse que é melhor
Amar que ser amado
Mas tem gente que ainda vive
Dando amor pré fabricado
Você que um dia arrancou
A roupa do teu corpo e ousou
Mostrar com sua nudez
Coisas que outro homem jamais fez
Venha de novo
Fazer outra revolução
Pois quem sabe dessa vez
O mundo preste atenção
Se um poeta falar num gato
Se o poeta falar num gato, numa flor,
Num vento que anda por descampados e desvios
E nunca chegou à cidade...
Se falar numa esquina mal e mal iluminada...
Numa antiga sacada... num jogo de dominó...
Se falar naqueles obedientes soldadinhos de chumbo
[ que morriam de verdade...
Se falar na mão decepada no meio de uma escada de caracol...
Se não falar em nada
E disser simplesmente tralalá... Que importa?
Todos os poema são de amor!
"A vida, ela mesma, fica um pouco mais além das coisas que falamos sobre ela.
A vida é muito mais que a ciência.
"Ciência é uma coisa entre outras, que empregamos na aventura de viver, que é a única coisa que importa.
É por isto, além da ciência, é preciso a “sapiência”, ciência saborosa, que tem a ver com a arte de viver. Porque toda a ciência seria inútil se, por detrás de tudo aquilo que faz os homens conhecer, eles não se tornassem mais sábios, mais tolerantes, mais mansos, mais felizes, mais bonitos..."
VIDA E MEDO
Cada um tem o seu modo de estar em paz com a própria vida. Alguns precisam de segurança e outros se entregam sem medo. Não a fórmula para se viver o próprio sonho. O escritor S. Anderson sempre foi rebelde e só conseguia escrever diante de sua rebeldia. Seus primeiros editores, preocupados com a situação de miséria com que Anderson costumava viver, resolveram enviar para ele um cheque mensal como adiantamento de sua
próximas novela. Depois de um tempo, receberam a visita do escritor, que apareceu la apenas para devolver todos os cheques. "Faz tempo que não consigo escrever uma linha", disse Anderson. "Para mim, é impossível trabalhar com a segurança financeira me olhando do outro lado da mesa".
"CADA UM TEM O SEU
MODO DE ESTAR EM
PAZ. NÃO HÁ FÓRMULA
PARA SE VIVER O
PRÓPRIO SONHO"
As nuvens são sombrias
As nuvens são sombrias
Mas, nos lados do sul,
Um bocado do céu
É tristemente azul.
Assim, no pensamento,
Sem haver solução,
Há um bocado que lembra
Que existe o coração.
E esse bocado é que é
A verdade que está
A ser beleza eterna
Para além do que há.
Você sabe que um livro é bom
quando você dorme na terceira página;
e sabe que ele vai vender muito
quando você termina de lê-lo em apenas dois dias! :)
Em Todas as Sociedades Existe um Impulso Para a Conformidade
A imposição de padrões pelas sociedades aos seus extremamente diversificados indivíduos tem variado muito em diferentes períodos históricos e diferentes níveis de cultura. Nas culturas mais primitivas, onde as sociedades eram pequenas e ligadas a tradições muito estreitas, a pressão para o conformismo era naturalmente muito intensa. (...)
Mesmo assim, em toda a sociedade há sempre um impulso para a conformidade, imposto de fora por leis e tradição, e que os indivíduos impõem sobre si mesmos, tentando imitar o que a sociedade considera o tipo ideal. (...)
Mas algumas pessoas têm ângulos bovarísticos de noventa graus, outras até de cento e oitenta, e tentam ser exatamente o oposto daquilo que são por natureza. Os resultados são em geral desastrosos. (...)
Um dos mecanismos através dos quais a sociedade consegue que as pessoas se conformem a ela é criar um ideal e fazer com que as pessoas o imitem voluntariamente. (...)
Nem sempre o ideal que imitamos é o melhor. Há a imitação de Al Capone, infelizmente, e a imitação do jovem duro que anda por aí a porrada nas pessoas; há imitação de cantores de rock and roll, e assim por diante. O processo sempre existe, em qualquer sociedade, e sempre existirá. O que devemos descobrir é algum método para aproveitar ao máximo esse impulso social de conformidade. (...)
Dentro dos limites da lei e da ordem, tentar e permitir que todo o indivíduo se desenvolva conforme as leis do seu próprio ser, e conforme o princípio religioso de que a alma individual é infinitamente valiosa. O nosso ideal deveria ser o que o filósofo de Chicago, Charles Morris, descreveu no seu livro "The Open Self": uma sociedade aberta, constituída de eus abertos.
Haverá um ano em que haverá um mês, em
que haverá uma semana em que haverá um
dia em que haverá uma hora em que haverá
um minuto em que haverá um segundo
e dentro do segundo haverá o não tempo
sagrado da morte transfigurada.
Este ao que suponho será um livro feito aparentemente por destroços de livro. Mas na verdade trata-se de retratar rápidos vislumbres meus e rápidos vislumbres de meu personagem Ângela. Eu poderia pegar cada vislumbre e dissertar durante páginas sobre ele. Mas acontece que no vislumbre é às vezes que está a essência da coisa. Cada anotação tanto no meu diário como no diário que eu fiz Ângela escrever, levo um pequeno susto. Cada anotação é escrita no presente. O instante já é feito de fragmentos. Não quero dar um falso futuro a cada vislumbre de um instante. Tudo se passa exatamente na hora em que está sendo escrito ou lido. Este trecho aqui foi na verdade escrito em relação à sua forma básica depois de ter relido o livro porque no decorrer dele eu não tinha bem clara a noção do caminho a tomar. No entanto, sem dar maiores razões lógicas, eu me aferrava exatamente em manter o aspecto fragmentário tanto em Ângela quanto em mim.
Minha vida é feita de fragmentos e assim acontece com Ângela. A minha própria vida tem enredo verdadeiro. Seria a história da casca de uma árvore e não da árvore. Um amontoado de fatos em que só a sensação é que explicaria. Vejo que, sem querer, o que escrevo e Ângela escreve são trechos por assim dizer soltos, embora dentro de um contexto de...
É assim que desta vez me ocorre o livro. E, como eu respeito o que vem de mim para mim, assim mesmo é que eu escrevo.
Paro..
Agora todo mundo vai pensar
como nosso país vai ficar rico
e como agente vai faturar um milhão
sem precisar matar ninguém.
Se você sente que o trem partiu
e ficou na estação dos desejos,
com a mala na mão e um gosto estranho na boca,
um estranho sentimento de perda,
acredite: está na hora de voltar,
embarcar no trem da vida,
que apita apenas uma vez a cada chegada,
e o espera para novas viagens,
com novas paisagens,
novos sentimentos, e, quem sabe,
um novo amor na vida que recomeça,
que se refaz na estação do tempo,
que te cobra apenas o desejo de ser feliz…
Também a vida é só um instante,
apenas um dissolver-se,
de nós mesmos nos outros,
Como um dom que se faz.
Apenas um rumor de bodas que,debaixo,
irrompe pelas janelas,
nada além de um canto, um sonho,
uma pomba azul-cinzentada.
Eu quis amar, mas tive medo
E quis salvar meu coração
Mas o amor sabe um segredo
O medo pode matar o seu coração
(...)
Eu nunca fiz coisa tão certa
Entrei pra escola do perdão
A minha casa vive aberta
Abri todas as portas do coração
(...)
Eu sempre tive uma certeza
Que só me deu desilusão
É que o amor é uma tristeza
Muita mágoa demais para um coração...
Silêncio.
Se um dia Deus vier à terra, haverá um silêncio grande.
O silêncio é tal que nem o pensamento pensa.
Dar ouvidos a um suposto sábio que nunca fez burrada na vida
é agir como a esposa que vai pedir conselhos a um padre
sobre como parecer mais atraente ao seu marido.
Deixe escapar um pássaro que não tem ninho
e com certeza ele não irá voltar.
Mas se queres que ele volte sempre,
primeiro trata de aninhar ele contigo.
Dizem que de louco todo mundo tem um pouco.
Então considerando que muitos surpreendam-se comigo,
de louco eu devo ter um muito.
E quer saber? Hei de ter então muito mais.
Ninguém se destaca nessa vida sendo igual a todo mundo.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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