Poemas de Perdoar o Amor
Nunca, jamais devo viver pela violência, mas sempre pelo
amor de Deus Pai, pela paz do Espírito Santo e pelos
ensinamentos de Jesus Cristo, o bom Pastor.*
* [Zacarias 4:6] "Então, ele explicou: 'Este é o oráculo do Senhor a
respeito de Zorobabel: não pelo poder, nem pela violência, mas sim pelo
meu Espírito é que ele cumprirá a sua missão – oráculo do Senhor'."
As misericórdias de Deus são como um rio que flui incessantemente, um manancial de amor e compaixão que nunca se esgota. Em momentos de angústia e desespero, quando sentimos que estamos sozinhos e perdidos, é esse amor divino que nos busca e nos envolve.
Independentemente das dificuldades enfrentadas, não há lugar tão distante onde Seu amor não possa nos encontrar. Ele penetra nas sombras da nossa dor e ilumina os caminhos mais sombrios, trazendo esperança e renovação.
Cada manhã é um novo convite para experimentar essas misericórdias, que se renovam a cada dia. Ao abrirmos nossos corações e permitirmos que essa graça nos envolva, encontramos força para seguir em frente e a certeza de que nunca estamos sozinhos. Essa é a promessa de um amor que não falha, que nos alcança e nos transforma de dentro para fora.
- Edna de Andrade
Foi amor, sim.
Mesmo que só do meu lado.
Cheio de cuidado disfarçado
e palavras que só eu entendia como declaração.
Entreguei o que tinha — e talvez até um pouco mais.
Esperei o que não veio, sonhei o que não se constrói sozinho.
Mas, hoje, eu entendo: a expectativa era minha,
e isso muda tudo.
Não te culpo.
O erro, se é que houve, foi meu:
de achar que bastava sentir pra ser correspondido.
Mas não é assim. Amor bonito é quando dois corações escolhem se encontrar,
não quando um insiste em ficar onde o outro não quis morar.
Hoje, recolho o que sobrou com ternura.
Foi real, mesmo que só pra mim.
E isso me basta pra seguir em paz.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Tem amor que não precisa ser anunciado.
Ele chega leve, permanece discreto,
mas cuida da gente com uma presença que acalma.
É o tipo de amor que entende silêncios,
acolhe cansaços,
e se faz morada… mesmo sem pedir nada.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Ser mãe é caminhar por um território onde o amor não tem medida,
onde o cansaço se mistura com o riso, e o coração aprende a bater do lado de fora do corpo.
É se redescobrir todos os dias… na escuta, no colo, na espera.
É duvidar de si e, ainda assim, seguir.
Ser mãe é não saber tudo, mas amar como se soubesse.
É aprender que há uma força silenciosa nas mãos que acolhem,
nas palavras sussurradas na madrugada,
nos olhos que dizem “estou aqui”.
E estar…
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
O tempo passa, mas o amor não.
Ela continua viva naquilo que te forma,
naquilo que te sustenta — mesmo sem perceber.
O amor de mãe é semente que não morre.
É presença que ecoa na ausência.
Hoje, que a lembrança abrace.
E que a fé te embale com ternura.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
O amor mora nos detalhes.
No jeito de olhar, no tom da voz,
no tempo que se doa mesmo sem sobrar.
Amar é isso:
fazer caber o outro no nosso mundo
com a delicadeza de quem sabe
que todo gesto tem o poder de acolher.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Mãe, que seu coração continue sendo abrigo,
fortaleza e lugar de amor.
Que as sementes de cuidado que você planta todos os dias
floresçam em forma de gratidão e ternura.
E que Deus continue cuidando
de você com o mesmo carinho
com que você cuida de todos ao seu redor.
Feliz Dia das Mães!
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
"Entre o Amor e a Alma: Reflexões Poéticas"
A poesia é o espaço entre o amor e a alma,
Pulsando em minhas veias até o coração.
Escrever é viver um amor inventando,
Que desejei, mas não pude conduzir.
É também fugir da realidade,
Escapar de mim, da parte que machuca.
Escrever não é só fugir, é criar o que almejo,
Amar é mais difícil do que falar sobre.
Como dizia o poeta: "O amor na Prática é sempre o contrário",
Na prática, amar dói, é complicado se relacionar.
No fundo, precisamos aprender a nos amar,
E então, se outro couber, nos relacionar.
O amor é um garimpo de diamantes estrelares que deve ser explorado.
Possui gemas de diferentes qualidades e valores muito de versos.
De acordo com a coragem e a decisão de quem busca encontrar as suas riquezas insuperáveis,sempre oferece novos matizes e configurações especiais.
Insegurança nos relacionamentos afetivos e suas implicações
"Castrado nos sentimentos do amor, que não experimentou e por isso não desenvolveu, anela pela afetividade, que teme,receando amar e não acreditando merecer qualquer tipo de afeto,desenvolvendo sim, na sua insegurança, o ciúme, a desconfiançasistemática, a dominação do outro, ou tombando em tormentosmaiores de ordem psicológica, iniciando-se no crime, pelaextinção da vida física daquele a quem ama apaixonadamente oupor quem é amado."
“Estás mergulhado no oceano do amor de Deus.
Jamais te encontras sozinho.
Deus está em ti e em torno de ti.
Descobre-O e deixa-te conduzir por
Ele com sabedoria.
És Seu herdeiro, possuidor do Universo.
Permite que o Seu amor te permeie totalmente, comandando a tua vontade e os teus passos, facultando-te crescer com menor ou nenhuma dose de sofrimento.
Em Deus tudo encontras,
plenificando-te completamente.”
ADORAÇÃO DOENTIA
Como eu te adoro amor sagrado,
Se tu soubesses tanto tanto
Que por vezes eu garanto
O quanto no pranto,
O tenho abafado.
Como náufrago que vai a nado
Com um poema erguido
Na mão cansada, fremido,
Como se carregasse um fado
No fardo às costas sentido.
No destino de dor suprema
Num cântico de heresia
Pão, sopa e vinho, poema
Como eu te amo, minha pena,
Minha louca poesia!
(Carlos De Castro, in Poesia Num País Sem Censura, em 27-08-2022)
I N V E N Ç Ã O
Fui eu que inventei o amor,
Mesmo sem saber se era dor
Aquele ardor que se sente
Logo que se pronuncia
A palavra amor.
Senti-lo, é bem pior
Do que praticá-lo?
Eu sei lá!
Só sei que o amor
É uma coisa
Que quase deixaram
De pronunciar
Com medo do bicho amor.
Afinal, não fui eu
Que inventei o amor
E jamais
O inventarei.
(Carlos De Castro, in Poesia Num País Sem Censura, em 01-09-2022)
DIZ-ME NUM VÓMITO
Diz-me, porque estás triste ?
Amor rebelde, sem meu coração
Do sangue que pedias
Com a tua espada em riste,
Nessa mão,
Tremulando
Velhinha de emoção
Como a minha ficando
Apalpando o que não existe.
Diz-me, porque estás triste ?
Assombramento meu,
Sempre ao cimo da minha cama
De penas,
Tão apenas
Nas noites claras de breu,
Quando eu tinha medo de mim
Ao subir as escadas da cama musical
De bacanais infernal,
Que dizem ser ruim,
Até a do Orfeu.
Maldito seja eu
E quem me desafia
Em euforia,
Nesta noite tão só, tão fria,
Em que vou, sem vir
Mais que tempo de ir
Sem pena
Nem pensar
De voltar.
Diz-me, porque estás triste?...
(Carlos De Castro, " in Portugal Sem Censura, No Brasil, Sim", Em 06-09-2022)
CRUEL DESTINO
Pedem-me amor
E eu não sei o que isso é;
Porque nunca o tive ao pé
De mim.
Assim,
Não sei se ele é dor
Ou prazer do início ao fim.
Pedem-me poemas
E eu não sei o que isso é;
Porque, malditas as minhas penas:
Poemas, será gente de fé?
Não quero nada,
Porque nada sei dar
Desde menino,
A não ser meu cruel destino
De querer amar
No já,
A quem nada me dá.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 08-11-2022)
AMOR FUGIDIO
Luz que vieste do oculto
Luz que cega sem brilhar,
Que convida a mar de amar
Maré negra de outro vulto.
Por que andaste no ofusco
Do meu sol de companhia,
Quando eu somente te pedia,
Essa coisa do amor que busco.
Fugiste. Eu vi, eu sei,
Porque por ela me dei,
Na noite longa que dormia.
Um sono de olhos abertos,
Como que a fixar a luz,
A tua, dos olhos incertos.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 06-01-2023)
FOTOGRAFIAS
Ó linda musa das minhas fotografias,
Por onde andas agora, amor silvestre?
Bati em ti tantos flashs de alegrias,
Mesmo quando na objetiva me bateste.
Lembras-te quando do ângulo me fugias,
A correr atrás da cansada borboleta?
Nem notavas que eu depois por outras vias,
Batia a câmara a captar melhor careta.
E neste vai e vem de fotos de gaveta,
Só me lembrei de ti, infeliz, ao ver-te
A chorar, em nova, com cara de pateta.
Se do mundo ainda fores um ser vivente,
E te restar alguma faúlha de vergonha,
Lembra-te de mim, sempre, mulher peçonha.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 09-01-2023)
CARTA A UM AMOR IMPOSSÍVEL
Escrevi-lhe uma carta, numa tarde de verão,
E meti-a no correio pela minha própria mão.
Esperei,
Desesperei
E quase endoideci
Por não obter resposta.
Em mim, fez-se depressão.
Comecei a ter vida de inferno,
Quando me entregaram na mão
Numa manhã fria de inverno,
A carta que eu tinha
Tão perfeitinha,
Escrito numa tarde de verão...
Vinha, ainda por abrir,
Suja, enrugada,
Já de cor amarelada
Como filha pródiga a vir.
No verso, no lado contrário,
Li, em letras garrafais,
Que foram para mim fatais:
"Desconhecida no destinatário”.
(Carlos De Castro, In Há Um Livro Por Escrever, em 11-02-2023)
MULHER SEM SER
Chorava.
Era mulher
Sofrida
Sem cor
Ou amor
Pela vida.
Ofereci-lhe um flor.
Do monte,
Rebelde como a liberdade
Da sua idade
Proibida,
Insentida,
Naquele corpo franzino,
Sem fulgor,
Nem horizonte,
Que mora mesmo defronte
À fronteira da dor
Por demais consentida.
Ela, aceitou a minha flor.
Por ser do monte
E do monte só
Porque tinha a frescura
Que tem a água da fonte
E lhe matava a sede dura.
E para me não meter mais dó,
Ou compaixão no olhar,
Pediu-me que a deixasse só,
Para que não a visse chorar.
(Carlos De Castro, In Há Um Livro Por Escrever, em 10-03-2023)