Poemas de Perdoar o Amor

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Soneto Sentimental à Cidade de São Paulo

Ó cidade tão lírica e tão fria!
Mercenária, que importa - basta! - importa
Que à noite, quando te repousas morta
Lenta e cruel te envolve uma agonia

Não te amo à luz plácida do dia
Amo-te quando a neblina te transporta
Nesse momento, amante, abres-me a porta
E eu te possuo nua e frígida.

Sinto como a tua íris fosforeja
Entre um poema, um riso e uma cerveja
E que mal há se o lar onde se espera

Traz saudade de alguma Baviera
Se a poesia é tua, e em cada mesa
Há um pecador morrendo de beleza?

Tem males que vêm para o bem e coisas que pensamos que é bem, porém é mau.
Nem tudo que reluz é ouro dizia minha avó.
Se hoje lágrimas estão a derramar é porque é fase e elas irão te ajudar...
Ajudar-te transformando em um alguém melhor, forte capaz de aconselhar a quem está na pior.

A vida não é fácil, e quem diria que seria?
Deus não prometeu lágrimas sem dor, nem ao menos dias sem sofrimento.

Aprendizagem agente encontra em todo lugar, tanto na rua, como dentro de casa...
Aprendizagem pode-se encontrar também na vida de outras vidas.

Sonhos apenas são sonhos, mas cada um pode transformar o sonho em realidade...
Só basta querer, só basta correr atrás, só basta acreditar que és capaz de chegar ao céu!

Ah! vem, alma sombria que pranteias.
Por quem choras? Por mim?
Em vez de prantos
Deixa-me suspirar a teus joelhos.
Tu sim és pura. Os anjos da inocência
Poderiam amar sobre teu seio.
Aperta minha mão! Senta-te um pouco
Bem unida a minha alma em meus joelhos,
Assim parece que um abraço aperta
Nossas almas que sofrem. Revivamos!
O passado é um sonh, o mundo é largo,
Fugiremos à pátria. Iremos longe
Habitar num deserto. No meu peito
Eu tenho amores para encher de encantos
Uma alma de mulher
Por que sorriste?
Sou um louco. Maldita a folha negra
Em que Deus escreveu a minha sina
Maldita minha mãe, que entre os joelhos
Não soubeste apertar, quando eu nascia,
O meu corpo infantil! Maldita!

TRIDADE

A vida é uma planta misteriosa
Cheia d’espinhos, negra de amarguras,
Onde só abrem duas flores puras
Poesia e amor...

E a mulher... é a nota suspirosa
Que treme d’alma a corda estremecida,
É fada que nos leva além da vida
Pálidos de langor!

A poesia é a luz da mocidade,
O amor é o poema dos sentidos,
A febre dos momentos não dormidos
E o sonhar da ventura...
Voltai, sonhos de amor e de saudade!
Quero ainda sentir arder-me o sangue,
Os olhos turvos, o meu peito langue...
E morrer de ternura!

Meu sonho partiu, foi embora
sem me avisar, sem me comunicar,
só deixou para trás a saudade
que a todo instante vem me abraçar.

DEFINE A SUA CIDADE

De dous ff se compõe
esta cidade a meu ver,
um furtar, outro foder.
Recopilou-se o direito,
e quem o recopilou com dous ff o explicou
por estar feito e bem feito:
por bem digesto e colheito,
só com dous ff o expõe,
e assim quem os olhos põe
no trato, que aqui se encerra,
há de dizer que esta terra
De dous ff se compõe.
Se de dous ff composta
está a nossa Bahia,
errada a ortografia
a grande dano está posta:
eu quero fazer aposta,
e quero um tostão perder,
que isso a há de perverter,
se o furtar e o foder bem
não são os ff que tem
Esta cidade a meu ver.
Provo a conjetura já
prontamente com um brinco:
Bahia tem letras cinco
que são BAHIA,
logo ninguém me dirá
que dous ff chega a ter
pois nenhum contém sequer,
salvo se em boa verdade
são os ff da cidade
um furtar, outro foder.

Fui um douto em sonhar tantos amores...
Que loucura, meu Deus!
Em expandir-lhe aos pés, pobre insensato,
Todos os sonhos meus!

E ela, triste mulher, ela tão bela,
Dos seus anos na flor,
Por que havia de sagrar pelos meus sonhos
Um suspiro de amor?

Um beijo — um beijo só! eu não pedia
Senão um beijo seu
E nas horas do amor e do silêncio
Juntá-la ao peito meu!

Foi mais uma ilusão! de minha fronte
Rosa que desbotou
Uma estrela de vida e de futuro
Que riu... e desmaiou!

Meu triste coração, é tempo, dorme,
Dorme no peito meu!
Do último sonho despertei e n’alma
Tudo! tudo morreu!

Meus Deus! por que sonhei e assim por ela
Perdi a noite ardente...
Se devia acordar dessa esperança,
E o sonho era demente?...

Eu nada lhe pedi: ousei apenas
Junto dela, à noitinha,
Nos meus delírios apertar tremendo
A sua mão na minha!

Adeus, pobre mulher! no meu silêncio
Sinto que morrerei...
Se rias desse amor que te votava,
Deus sabe se te amei!

Se te amei! se minha alma só queria
Pela tua viver,
No silêncio do amor e da ventura
Nos teus lábios morrer!

Mas vota ao menos no lembrar saudoso
Um ai ao sonhador...
Deus sabe se te amei!... Não te maldigo,
Maldigo o meu amor!...

Mas não... inda uma vez... Não posso ainda
Dizer o eterno adeus
E a sangue frio renegar dos sonhos
E blasfemar de Deus!

Oh! Fala-me de amor!... — eu quero crer-te
Um momento sequer...
E esperar na ventura e nos amores,
Num olhar de mulher!

Só um olhar por compaixão te peço,
Um olhar.... mas bem lânguido, bem terno...

SUSSURRO
Se não erro
ao decifrar a voz dos vegetais,
eis que suspira a muda de pau-ferro
no silêncio do ser:
- Eu sei que fui plantada
com música, discurso e tudo mais,
para alguém no futuro, oferecer
sem discurso e sem música o prazer
da derrubada.

Os problemas globais merecem respeito. Mas, os individuais, que se somam, produzindo volume, são factíveis de solução.

A inundação resulta da gota de água.

A avalanche se dá ante o deslocamento de pequenas partículas que se desarticulam.

A epidemia surge num vírus que venceu a imunização orgânica.

Desta forma, faz a tua parte, mínima que seja, e o mundo melhorar-se-á.

A sociedade, qual ocorre com o indivíduo. é o resultado de si mesma.

Reajustando-se o homem, melhora-se a comunidade.

E, partindo do teu empenho pessoal, para ser mais feliz, ampliando a área de bem-estar para outros, o mundo se fará mais ditoso e o mal baterá em retirada.

Um plano genial

Joaquim Rebolão estava desempregado e lutava com grandes dificuldades para se manter. A sua situação ainda mais se agravava pelo fato de ter que dar assistência a um filho, rapaz inexperiente que também estava no desvio.

Joaquim Rebolão, porém, defendia-se como um autêntico leão da Núbia, neste deserto de homens e idéias.

O seu cérebro, torturado pela miséria, era fértil e brilhante, engendrando planos verdadeiramente geniais, graça; aos quais sempre se saía galhardamente das aperturas diárias com que o destino cruel o torturava.

Naquele dia, o seu grude já estava garantido. Recebera convite para um banquete de cerimônia, em homenagem a um alto figurão que estava necessitando de claque. Mas o nosso herói não estava satisfeito, porque não conseguira um convite para o filho.

À hora marcada, porém, Rebolão, acompanhado do rapaz, dirige-se para o salão, onde se celebraria a cerimônia. Antes de penetrar no recinto, diz a seu filho faminto:

— Fica firme aqui na porta um momento, porque preciso dar um jeito a fim de que tu também tomes parte no festim. Já estavam todos os convidados sentados nos respectivos lugares, na grande mesa em forma de ferradura, quando, ao começar o bródio, Rebolão se levanta .e exclama:

— Senhores, em vista da ausência do Sr. Vigário nesta festa, tomo a liberdade de benzer a mesa. Em nome do Padre e do Espírito Santo!

— E o filho? — perguntou-lhe um dos convivas.

— Está na porta — responde prontamente. E, voltando-se para o rapaz, ordena, autoritário e enérgico:

— Entra de uma vez, menino! Não vês que estes senhores te estão chamando?

(1955)
Extraído do livro “Máximas e Mínimas do Barão de Itararé”, Editora Record – Rio de Janeiro, 1985, pág. 40, organização de Afonso Félix de Souza.

Um homem precisa de ouvidos fortes
Para ouvir o que se diz sobre ele,
Quando é julgado com liberdade.

Quando a solidão doeu em mim
Quando o meu passado não passou por mim
Quando eu não soube compreender a vida
Tu vieste compreender por mim

Quando os meus olhos não podiam ver
Tua mão segura me ajudou a andar
Quando eu não tinha mais amor no peito
Teu amor me ajudou a amar...

Por esse mundo de águas, junho, 27
Manu,
Estamos numa paradinha pra cortar canarana da margem pros bois de nossos jantares. Amanhã se chega em Manaus e não sei que mais coisas bonitas enxergarei por este mundo de águas. Porém me conquistar mesmo a ponto de ficar doendo no desejo, só Belém me conquistou assim. Meu único ideal de agora em diante é passar uns meses morando no Grande Hotel de Belém. O direito de sentar naquela terrace em frente das mangueiras tapando o teatro da Paz, sentar sem mais nada, chupitando um sorvete de cupuaçu, de açaí. Você que conhece mundo, conhece coisa milhor do que isso, Manu (...) Belém eu desejo com dor, desejo como se deseja sexualmente, palavra. Não tenho medo de parecer anormal pra você, por isso que conto esta confissão esquisita mas verdadeira que faço de vida sexual e vida em Belém. Quero
Belém como se quer um amor. É inconcebível o amor que Belém despertou em mim...
Um abraço do Mário.

Mário de Andrade

Nota: Carta escrita a Manuel Bandeira durante a histórica viagem à Amazônia, em 1927

Paixão

Um soluço quebrando o pranto que rola pelo rosto, traz consigo a dor de uma saudade indolente. Rasga meu peito, abrem e fecham as correntes que prendem meu coração. Ah, esse amor... essa paixão que alucina, domina, entontece, enlouquece, e quanto mais penso que adormece, mais ela retorna, fortalecida, rodeada por uma chama ardente, incandescente, flamejante. E em meio a madrugada, quando tudo é silêncio, vem você na minha mente para fazer sofrer meu coração. Ah, mas a paixão... apesar de dolorosa essa ferida... não poderia viver sem ela.

É Páscoa, a Páscoa do Senhor
Não figura, não história
Não sombra, mas a verdadeira
Páscoa do Senhor
Verdadeiramente, ó Jesus
Livrastes-nos da grande ruína
E nos estendestes as paternas mãos.

há pessoas que se esqueceram de como é importante criar laços...

Mesmo que se solte uma lágrima de saudade num momento seguinte...

Um laço que nasce , enlaça, abraça, cresce, ama, vive...

Não se desfazem laços quando foram vividos de verdade.

Por vezes soltam-se as pontas mas fica sempre o nó que devemos guardar em nós como um tesouro, apesar da mágoa...

De diferentes laços que criamos todos nos completam , fazendo-nos sentir e ser...

Olhar o céu, ver um sorriso na estrela mais brilhante, é como lembrar uma enchente de maré.
A ligação entre o céu, a terra e o mar.

Quem tem a capacidade de sonhar não foge do real mas complementa-o de uma forma diferente .

"Alguma coisa em vc
mexe com a força
da gravidade
e inspira algo em mim!"

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Ainda não consegui esquecer
A doçura ainda permanece
Não sei se é um sonho ou uma estrela
Estou vagando por esse espaço tempo
Com um único rumo até você

Eu acho que estou tonta
O labirinto que existia entre nós está quebrando
Eu não aguento isso

Tem uma sensação tão doce
Como a primeira e esquisita conversa que tivemos
É muito amargo e dolorido
Vou mantê-lo bem diante aos meus olhos
E te apreciar assim como uma rosa

Eu estou com esse sentimento ardoroso dentro de mim
E já não consigo respirar
Quero conhecer seu coração, garoto

Ainda estou vagando por memórias
Quando fecho meus olhos, só penso em você
Se eu adormecer, me lembro do tempo que passamos juntos

Você é como minha melodia favorita
Estou sonhando acordada
E eu amo o sonho que você faz se tornar realidade
Eu amo esse espaço temo
Eu amo você

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Se eu te contar uma história,
Você irá me achar maluca?

É sobre uma estrelak
Que no 'brão da noite caiu
Ela era pequena e solitária
Mas quando a noite piscou, ela parou de brilhar

Quem diria, esse amor ocorreu derrepente
Com a irônia do destino
É doce como mel

Algo meio louco aconteceu comigo
Como se fosse uma mentira
O que aconteceu?
Você era uma das estrelas brilhantes
E agora está quase em meus braços
Garoto, o que está acontecendo?

Eu não quero acreditar
Mas é amor
Isso se tornou realidade?
Desde quando viramos um clichê de filmes?
É como passar a linha do universo até chegar em você

É tão engraçado
Nós poderíamos estar bem mais separados
Mas nós estamos mais juntos que o saudável
Eu estou tão feliz, não posso evitar sorrir

Acho que me tornei um pouco estranha
Algo estranho realmente aconteceu comigo
Por que meu coração está batendo tão rápido?
Por que minhas mãos estão suando frio?

Você é como minha paixão
Brilhando tanto que não consigo tirar meus olhos
Você é o algo louco que aconteceu comigo
É como estar presa em uma mentira
Você é meu brilho de mentira
Você brilha meu coração
Você é o problema louco que aconteceu
Venha atravessar a linha do meu coração

⁠É ela que respira

Ela que me faz lembrar
De como viver em grande harmonia
Minha respiração automática parou
Ela que respira por mim
Golpe baixo como ela não tem
Como algodão doce, ela vem e me abraça
Com seu beijo sabor algodão doce
E seu aroma das florestas sombrias
É ela que respira
Respirando como o astronauta
Que procura sua conexão com a galáxia
E assim, deitado em seu colo
Adormeço como uma cobertura de chocolate encima do sorvete
Fazendo uma ilusão na minha cabeça
Sonho como ela não tem
Foi aí que percebi
Fruto da minha imaginação
É ela
É ela que respira meus sonhos
Num jardim cheio de orquídeas
Cheiro de café recém feito
Sinto o gosto da morte chegando
"Ele se foi" Ela disse com um sorriso
Foi aí que eu percebi
Apenas eu existia falando sobre
É ela que respira
Porque acabei de morrer por ela
A ilusão, doce e amarga
Com sangue por todo lado
Fecho os olhos e vejo todos os momentos bons passar
Sendo agora
É apenas ela que respirava
A morte é o meu caminho e o dela
Somoa apenas um só
Rápido, o laço
O laço vermelho se rompeu
É ela que respirava por mim.

Inserida por matteo_kim

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