Poemas de Menina Sapeca
Deus abençoe aos loucos, delinquentes, carentes, pervertidos, queridos e as safadinhas com cara de santa!!
Eu quero um amor que não seja covarde. E não falo de guerras, heróis ou moinhos, falo do amor que não foge do cotidiano. O que lava a louça, compartilha o silêncio, segura a mão sem medo do tédio. O amor corajoso não é o que promete eternidade, mas o que se faz presente nas miudezas, nas falhas, nos dias em que o afeto parece coisa rara. É o amor que sabe ficar, mas também partir com dignidade, sem transformar distância em castigo. O que confia, mesmo quando não entende. O que não precisa vigiar para acreditar. Amar, afinal, é permitir que o outro seja casa — mesmo quando a vida muda o endereço.
Nem que eu tente, não sei ser minimalista. Minha história é um relicário, uma loja de móveis usados, onde tudo guarda um sentido, uma memória, uma cicatriz bonita do tempo. Cada coisa em mim já teve função, já foi abrigo, já pertenceu a outro instante. E talvez seja isso que me faz inteiro: não o espaço vazio, mas o excesso de vida guardada nas gavetas da alma.
A noite é refúgio, abrigo e revelação. Enquanto o dia exige máscaras e ritmo, os intensos mergulham no próprio turbilhão, dialogam com pensamentos que só nas sombras se escutam e sentem emoções que o sol não deixaria brilhar. Ser notívago não é insônia: é a coragem de permanecer inteiro, de transformar silêncio em autoconhecimento e solidão em plenitude.
Deixe a criança que habita você correr solta de vez em quando — ela lê o mundo em cores que a razão ainda não aprendeu a nomear.
Não gaste seu tempo mergulhando em águas rasas. É, além de frustrante, dolorido. A gente entra achando que vai encontrar profundezas, mas o que há é só reflexo. E reflexo, quando se acredita demais, engana.
Eu acredito na cura das dores, de todas elas, até as mais profundas. Você não é seu sintoma, seus traumas não te definem. É no amor que a vida acontece.
Não se diminua para caber na vida outro, nem abra mão de sonhar para caber numa determinada realidade. Não é porque você está acostumado com o que vive, que precisa abrir mão do que deseja.
Um paradoxo íntimo: querer devorar a vida e, ao mesmo tempo, aprender a degustá-la. Entender depressa só gera tensão. Olhar com calma revela profundidade. No intervalo entre um impulso e outro, entre o desejo de saber e a paciência de sentir, é onde tudo acontece. É ali que a vida realmente se mostra, silenciosa, intensa, inteira — mesmo quando nos obriga a frear.
Não confie no que vê quando está com medo. Coloque os óculos, ajuste o grau, depois olhe novamente para a mesma coisa. Não tenho dúvidas de que muitos de seus monstros só existem porque o medo embaça sua visão.
Caminho com cautela, não com medo. O futuro sempre deixa pistas: pequenas delicadezas, desvios precisos, acontecimentos que parecem deslocados mas chegam como resposta. E quando estou pronto, cada sinal acende, não como promessa, mas como direção.
Todos os dias fico na espera de pode te tocar senti teu cheiro. o doce do teu beijo o calor do teu corpo. sentir sua alma se conectando a minha. em uma só sintonia 28/12/25) 0:30
A política na realidade é um clichê e mesmo assim consegue manter o status quo e a uma casta de privilégios.
