Poemas de Mario Quintana sobre Maes
O amor é uma melodia gostosa de se ouvir quando permitimos que nossos ouvidos não se contaminem com o barulho de conselhos loucos, pensamentos vazios que nos direcionam ao caminho confuso da solidão.
Da vida a gente leva só o amor que vivemos. Só entraremos no mundo da pureza, sem arrogância, sem ganância para não haver distância entre o Criador e a criatura.
A vida abençoada, a presença de Deus na vida de uma pessoa todos percebem. É como o perfume quando passamos em nosso corpo, todos sentem sem que nós necessitamos de falar que estamos perfumados.
"Historicamente, só há unidade no Brasil na escravidão, pois é e sempre será o desejo de todas as elites deste país".
Reclamar da vida faz o sonho durar uma eternidade para se concretizar.
Trabalhar em prol de um objetivo é viver o sonho, colocar a alma neste sonho.
A rispidez que há na sua alma quando encontra a paz que há na minha, não encontra saída para o embate. Tu ficas igual cachorro que não morde, só late.
O que é a liberdade, senão o conjunto de regras que definem o que você pode, deve ou não fazer? Se tentar ser livre, sua pena será passar um tempo na prisão.
Em Cuba, falta tudo. Eletricidade, alimento. Tudo. Batata, arroz. Até açúcar é racionado. Cada gota de combustível para os aviões é contada. Sou piloto. Não quero continuar vivendo assim.
Tudo se trata de solidariedade, humanismo. Nós vamos procurar balsas no mar e guiá-las para a liberdade.
Oh Senhor, fazei de mim uma servo do vosso sacratíssimo coração, e que por meio de mim saibam a essência da sua Misericórdia.
A noite chega para decretar a paz para o casal fazer amor, fazer a vida renascer mais bela noutro dia.
Hoje, a vida me fez um convite. Sinceramente, não esperava! Me pegou de surpresa. Ainda estou tentando digerir os pensamentos que ecoaram em minha mente só em imaginar como será a realização daquilo que me convidaram a fazer. Fui convidado para ser jardineiro, adubar a terra que carrega consigo uma surpresa diferente em cada pétala que brota. Esse encontro aconteceu num belo jardim cheio de flores. Seria até redundância da minha parte em falar que esse jardim tem flores, porém, apesar de existir flores, cada uma carrega consigo outro jardim. E foi este jardim que fui convidado a conhecer que, por algum momento, ervas daninha tentaram destruir. Avistei várias flores, algumas em botão, outras irradiantes para o astro rei, algumas precisavam ser cuidadas, irrigadas, adubadas, colocadas para receber a luz do sol... Amei vê o florescer de cada uma: dos lírios às orquídeas, das rosas aos cravos, do girassol ao dente-de-leão. Elas estavam nas sombras da vida, mas quando as coloquei na luz da esperança, puderam exalar sua verdadeira beleza. Ao entardecer, me via entre as pétalas de cada flor e me deparo com as suas essências, seus pólens, as suas estruturas. Só então me dei conta que o convite inicial era para o cultivo do jardim que há em mim. Agora percebo o quão florido és e que posso cultivar e colher qualquer flor que eu desejar. Das flores que cultivo, transbordo de pétalas as veredas deste lindo e imenso jardim que faço morada. O encontro aconteceu num jardim, através de uma flor pude perceber. O encontro aconteceu em mim, através do meu eu pude florescer.
Flertar com o erro é algo viciante, ele nos deixa mais experientes e nos tornamos mais maduros. Por vezes, o erro costuma bater na mesma tecla, até parece algo cíclico. Há quem diga que se pode escrever – aqui leia-se errar – certo em linhas tortas, o torto ou o erro se torna prazeroso, de certa forma. O que me intriga nesta caminhada é a marca indelével que a caneta é capaz de fazer ou quem sabe a intensidade que eu coloco ao escrever, ao rabiscar, ao desenhar. O papel a qual tanto escrevo é sensível para tantas tentativas de erro e acerto. A tinta indelével com força de expressão, de tanto focar em uma única situação, acaba por perfurar a penumbra daquilo que um dia foi forte. Perfuram-se os papeis! Um buraco se abre e me dá acesso para outra dimensão. Será se ali estaria o lugar o qual eu poderia flertar com o acerto? Este buraco negro que me consumiu ferozmente está me mostrando que aqui o vácuo da intensidade é bem melhor quando é escrito com emoção. Nesta outra dimensão todos os meus erros tornam-se, automaticamente, em acertos. A dimensão do jogo da intensidade prevalece nesse emaranhado de flertes escondidos atrás do desenho feito com a tinta indelével da minha força de vontade de viver o acerto que um dia julguei que era um erro. O que seria dessa dimensão sem os tão sonhados erros que nos fazem melhores a cada linha que pintamos do lado de cá? A resposta está no erro que não pintei ainda.
