Poemas de Mario Quintana sobre Maes
Que procura ouvido, deve manter a boca aberta.
Quem não precisa de ouvido, pode deixar a boca fechada.
Ouço com o ouvido direito, escuto com o ouvido esquerdo.
Todas as bocas têm sempre, no mínimo, duas falas.
Vivo no hiato entre quem fui e o que serei.
Sou um ininterrupto intervalo no meio da memória e o sonho.
Às vezes penso que a Lua Cheia é um buraco no breu espesso do Universo,
por onde Deus nos brecha e nos olha.
Das coisas mais desimportantes e inúteis da vida, a mais fútil é passar uma bela tarde de domingo passeando dentro de um shopping.
Tudo em meu corpo e fora de mim é transitório. Permanente é a memória, até a transitoriedade me devorar.
Vou escalar o Everest e subir mais uns metros. Assim vou chegar mais próximo das estrelas e ficar menos distante de Deus.
No leilão da vida me comprastes com tuas preces, e eu me vendi pelas minha carências. Passados os que anos que vivemos, hoje sabemos o quanto a felicidade não é tão cara, e que nunca mais ela será assim tão barata.
No acumular das idades, o que mais se quer é sossego, alegria e tranquilidade. Se soubesse disso antes, queria ter sido velho mais cedo.
Certa vez, minha esposa, à época namorada, disse-me que eu a atrasava.
Ainda bem, pois hoje sabemos que a felicidade é um trem que demora para chegar.
Se antes soubesse o que hoje agora sei, faria muitas coisas diferentes. Porém, se antes fizesse muitas coisas diferentes, não saberia hoje o que agora sei.
Se o verbo casar deriva da palavra casa, e se namorar significa não morar, então um casal de namorados só devia casar depois da terceira briga em diante...
Quem não consegue ficar sozinho consigo mesmo pelo menos 24 horas, jamais vai conseguir se relacionar com os outros verdadeiramente.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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