Poemas de Mario Quintana sobre Maes

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Quero ser uma lembrança boa
para nunca sair da tua vida.
Não ser uma história esquecida,
nem muito menos à toa.
Pois Amar vai além do físico,
vai além de todo ser.
Amar é poesia.
É verso, prosa, melodia.
Amar, é como Ama...
você.

Inserida por mariopires

Enquanto meu olhar visualizar no horizonte os meus sonhos
vou seguir pela estrada, cruzando mares e rios,
invadir a mata, superar desafios
até finalmente alcançá-lo

Inserida por mariopires

MORADA DA DOR

A DOR RESIDE NO CORAÇÃO DE QUEM ABRE A PORTA PARA ELA ENTRAR , A DOR ELA MORA NA VIDA DE NÃO SABE AMAR , A DOR HABITA NA MENTE DE QUEM NÃO SABE PENSAR ,MAIS NOS APREDEMOS A AMAR A PENSAR A DOR TEM QUE SE RETIRAR DONA FELICIDADE COMEÇA A SE MUDAR PARA O SEU DEVIDO LUGAR QUE É O NOSSO CORAÇÃO E A NOSSA MENTE DE ONDE ELA NUNCA DEVERIA TER SAIDO , MAIS NÃO VOU MAIS CHORA DE TRISTEZA PORQUE VOLTEM AMAR.

Inserida por MARIO20CARLOS

Conte para seus pais
o que você VERDADEIRAMENTE
faz na vida e ouça
o que eles têm a dizer.
Pois, os pais,
sempre sabem o que dizer.
Mas nem sempre sabem a
VERDADE do que você faz.

Inserida por mariopires

NOSSO RÉVEILLON

Permita-me lhe escrever, antes que se finde o velho,
uns versos meio tortos para um
novo ano.

O que terei eu a dizer
senão que é tudo tão novo,
e que eu te ano e te ano?!

Não esqueça, por favor,
e não exclua, meu amor,
este velho - que tão logo morrerá em champanhes -
para dar vida a um novo. (Em branco!)

Vamos dar pausa no hoje,
e brindar juntos o novo
que somos nós.

Por que esperar um futuro se ele ainda é nada?
O nosso novo tá aqui,
na Lua,
na calçada.

Nosso Réveillon é todo dia,
e o branco que a gente veste
é por dentro, é nossa festa,
nosso circo,
nossa alegria.

V e m a m o r, n ã o f i q u e n u n c a a s s i m l o n g e . . .
colaemmim!

Fica comigo e faz tardar para sempre este 'amo'
Por que, não minto, é muito.
Este amo, amor, é até o todo,
Por que te ano para sempre
e o nosso sempre é sempre novo!

Inserida por mariofrs

SORRIA PALHAÇO, SÓ RIA!

Viche Palhaço,
a maquiagem borrou num respingo de lágrima.
Hoje a dor transcendeu o banco do camarim,
O que houve, Palhaço?

Viche Palhaço,
As cores vivas que lhe vestem hoje
desaparecem perante a alma mendiga.
Hoje suas tintas dão-lhe outra cor
Que cor é essa, Palhaço, que dor?

Viche Palhaço,
Você, tão feito de sonhos
Parece imerso no avesso do riso.
Que rio é esse, Palhaço, que não lhe riu?

Viche Palhaço,
Seu nariz vermelho tá torto,
sua tinta desbotada quão folha a secar.
Que cara é essa Palhaço, de noite escura?

Que você tem, Palhaço?
E o que não tem?
Suas lágrimas sangram hoje não só por dentro.

Ê, meu Palhaço, o circo lotado não lhe preenche os vazios.
Ô, meu Palhaço, o riso desgastado lhe parece cansar os músculos da face...
Ah, meu querido Palhaço, quem, por trás da cortina entre palco e real roubou se astral?

Foi o dia? Foi a lua?
Ele hoje é seu. Ela hoje é sua.

Se ajeite Palhaço.
Sorria. Só ria!

Daqui a pouco as cortinas se abre e o show recomeça.
Daqui a pouco a pipoca pulada, as tantas risadas, os pais, os filhos, a rua, chegam todos pra lhe ver.

Pra rir de você,
pra rir com você.

Levanta Palhaço, ainda que a dor lhe aborreça,
a esperança adoeça e angústia lhe pare, não esqueça;
a vida ainda continua.

Inserida por mariofrs

O POVO

O Povo
O Povo,
cego, surdo, mudo,
nada.

Nada aos lás e cás,
aos gozos e ais,
aos fundos e rasos,
aos menos ou mais.

O Povo,
ópio de si,
glória de outrem,
mora imerso no Mar.
Alheio à praia lotada,
perde a festa, o pulo, a luarada.

- O resto dança.
O Povo nada.

Partiram, os Tiranos,
o Povo.
Deram-lhe anéis quantos fossem os seus braços,
e tiraram-lhe a força, (o abraço)
Tiraram-lhe à força pro “regaço”.
Pobre Povo,
dos Pescadores Tiranos da Praia
Partido no Talher da jogada:

eles tirando muito
e o Povo, Tadinho, virando nada.

...

Lá, mundo de muitos mudos,
Mundo de muitos tudo,
mundo de tantos nada.

Cá, pobres obras paradas,
cofres empobrecidos
e uma hierarquia encravada:

Eles com todo o tudo,
E o povo, contudo, nada.

Inserida por mariofrs

In Feliz Cidade...

Se ela existe eu mal sei,
certo é que não a vi.
Se for sabor não provei,
se cheiro não cheirei,
se ela existir, não senti.

Onde está a Felicidade?
Mas, quem é essa afinal?
Procurei na cidade,
na prisão, liberdade...
ninguém sabe da tal.

Achei que a visse no mar...
só vi brisa e beleza.
Não sei onde ela está.
Se num circo ou num bar,
n'alegria ou tristeza.

De verdade, me cansei
e desfiz sonhos de outrora.
Se até então não achei,
ou se achá-la eu irei,
o certo é que vou embora.

Vou buscar ao menos o eu
que mal sabe onde está,
quero ao menos o que é meu
estou indo pro breu
quiçá eu me ache por lá.

Inserida por mariofrs

Ninguém merece um homem
ou uma mulher ao seu lado.
Merece um amor.
Por que nem mesmo o amor
merece um homem ou uma mulher,
merece ser amado.

Inserida por mariopires

[ Eu Até esperei ]

O tempo abrir, o sol brilhar,
a tarde chegar, nuvem sorrir.
Relógio correr, pessoa do ônibus descer,
Barco seguir.

Homem correr, Mulher chorar,
Quem não ama, amar... Trem partir.
Senhora andar, criança engatinhar,
Grávida parir.

Coruja voar, cílio pestanejar,
Bebum beber, parede ceder, saliva engolir.
Dorminhoco sonhar, brigão brigar
Ladrão escapar, escola abrir.

Cego enxergar, coração dilacerar
Fé se abalar, perdedor admitir.
Mulambo se limpar, calçado esfrangalhar,
calado: gritar, dor na coluna sentir.

Estrela do mar, cometa passar
Galinha cacarejar, flor... florir.
Corpo padecer, lua aparecer,
Pôr do sol chegar, noite triunfar
... Você não vir.

Inserida por mariopires

Prefiro uma prisão
a um amor repleto
de felicidade,
que uma mera
companhia
soando liberdade.

Inserida por mariopires

Que eu entre nos corações felizes,
nos pensamentos de alegria e
nos lares cheios de esperança.
Porque é tudo isso que levo comigo.

Inserida por mariopires

Deixa o que tiver de ser
Deixa o que tiver de vir
Deixa eu chegar para você
Deixa você vir pra mim.

Inserida por mariopires

⁠Quero morrer de manhã cedo
Antes que a morte possa vir
Não...porque dela eu tenha medo
Mas, para dela eu me rir!!!!

Inserida por mario_de_oliveira

Amor...
É doença manhosa,
Que tudo leva pelo outeiro.
Lá pra longe num silvado,
Por baixo de um sobreiro.

Inserida por mario_pires

de profundis amamus

Ontem
às onze
fumaste
um cigarro
encontrei-te
sentado
ficámos para perder
todos os teus eléctricos
os meus
estavam perdidos
por natureza própria

Andámos
dez quilómetros
a pé
ninguém nos viu passar
excepto
claro
os porteiros
é da natureza das coisas
ser-se visto
pelos porteiros

Olha
como só tu sabes olhar
a rua os costumes

O Público
o vinco das tuas calças
está cheio de frio
e há quatro mil pessoas interessadas
nisso

Não faz mal abracem-me
os teus olhos
de extremo a extremo azuis
vai ser assim durante muito tempo
decorrerão muitos séculos antes de nós
mas não te importes
não te importes
muito
nós só temos a ver
com o presente
perfeito
corsários de olhos de gato intransponível
maravilhados maravilhosos únicos
nem pretérito nem futuro tem
o estranho verbo nosso

Inserida por pensador

Estação

Esperar ou vir esperar querer ou vir querer-te
vou perdendo a noção desta subtileza.
Aqui chegado até eu venho ver se me apareço
e o fato com que virei preocupa-me, pois chove
miudinho
Muita vez
vim esperar-te e não houve chegada
De outras, esperei-me eu e não apareci
embora bem procurado entre os mais que passavam.
Se algum de nós vier hoje é já bastante
como comboio e como subtileza
Que dê o nome e espere. Talvez apareça

Inserida por pensador

you are welcome to elsinore

Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício

Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição

Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita

Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar

Inserida por pensador

radiograma

Alegre triste meigo feroz bêbedo
lúcido
no meio do mar

Claro obscuro novo velhíssimo obsceno
puro
no meio do mar

Nado-morto às quatro morto a nada às cinco
encontrado perdido
no meio do mar
no meio do mar

Inserida por pensador

Uma certa quantidade de gente à procura
de gente à procura duma certa quantidade

Soma:
uma paisagem extremamente à procura
o problema da luz (adrede ligado ao problema da vergonha)
e o problema do quarto-atelier-avião

Entretanto
e justamente quando
já não eram precisos
apareceram os poetas à procura
e a querer multiplicar tudo por dez
má raça que eles têm
ou muito inteligentes ou muito estúpidos
pois uma e outra coisa eles são
Jesus Aristóteles Platão
abrem o mapa:
dói aqui
dói acolá

E resulta que também estes andavam à procura
duma certa quantidade de gente
que saía à procura mas por outras bandas
bandas que por seu turno também procuravam imenso
um jeito certo de andar à procura deles
visto todos buscarem quem andasse
incautamente por ali a procurar

Que susto se de repente alguém a sério encontrasse
que certo se esse alguém fosse um adolescente
como se é uma nuvem um atelier um astro

Inserida por pensador