Poemas de Mario Quintana sobre Maes
Saindo da Ignorância
Capítulo 2
Em 1969, numa noite fria de Fevereiro o céu estava nebulado, chovia alguns pingos de água, no sítio do Valinho os cães do Senhor Ferreira ladravam muito. Até parecia que adivinhavam algo. Eram 4 horas da manhã, quando se deu o que se iria dar. Maria Lúcia acordou de repente, ao sentir a cama a tremer. Disse então a seu marido :
- O que se passa? É um tremor de terra! Temos que ir para a rua!
- Vamos acordar os rapazes e fugir para a rua! Imediatamente foram ambos buscar os 3 filhos, pois a rapariga estava em casa dos tios no litoral Algarvio. Pedrinho ouviu os tachos e os pratos na cozinha, caírem para o chão. Foram para a rua da casa, mas o cismo já tinha passado. Um dos rapazes mais velho, chorava e dizia:
- vai fazer mais eu sei que vai!
- Não vai nada! Disse o pai! Maria Lúcia respondeu:
-Temos que ir ver os meus pais, na casa deles! Foi então ainda de noite, em outro local da serra ver os pais. Mas estavam bem. E nunca vieram, para a rua! Pela manhã verificaram que um galinheiro de alvenaria tinha caído sobre as galinhas e matou algumas delas. Também viram que as galinhas com o pânico, foram pôr os ovos em um caminho no campo, durante a noite. Toda a família teve um grande susto. Sendo assim verificou-se que a casa tinha ficado toda rachada. Depois de falarem com o senhorio, para ele fazer as reparações, este disse que não fazia obras nenhumas. Por isso em 1970, os Ferreira mudaram em Janeiro desse ano, para um sítio no litoral Algarvio de nome Terras de Cima.Arrendaram uma horta, para continuar a fazer a sua agricultura e assim os rapazes mais velhos empregaram-se na hotelaria . Pedrinho só em Outubro desse ano foi para a escola em Terras de Cima. Foi para a escola,quase com 8 anos de idade!
(Continua)
Mário Dias
Ainda lembro do beijo
Meio apressado, meio ligeiro
porém muito gostoso.
Ah! Quem me dera, beijar de novo.. esse beijo
Doce, suave, meloso, quente
Eram meus lábios molhados
tocando nos teus e sentindo os afagos...
adrenalina à mil, desejo meu e seu.
E na euforia, no calor do corpo
da mão envolvida em seu cabelo
da pele roçando na outra
Só lembro da tua boca. Que diacho aconteceu?
Eita danado!
Que beijo arretado,
excitante, "malvado",
me levou à loucura.
Que só de lembrar, advinha?
Que boca.. Que toque...
Quero ter a sorte.. e de novo,
sentir sua boca na minha.
E enquanto sonho
Vou seguindo em frente,
Vou sendo valente.
Sem deixar de sonhar.
Por que o sonho é minha energia
Por que o sonho me contagia
Por que o sonho me faz respirar.
Se as pessoas fossem mais recíprocas, evidentemente para o bem,
o mundo seria o tão esperado
Paraíso.
O mundo está cheio de pessoas inférteis.
Não espere delas frutos saudáveis nem farta colheita
Encoraja-te a procura de bons terrenos
Há solos inférteis em sua essência e nunca mudarão.
Amor proibido
Vou tentar falar pra você de uma maneira diferente
Que muitas coisas na vida só entende quem as sente.
Por isso preste atenção e siga seu coração
Porque Deus não veio atoa pra falar de amor, irmão.
Pois Ele sabe bem o valor que você tem
E não plantaria em você um amor se não fosse pro seu bem.
Proibir é igual matar, pois não deixa germinar
Nem uma planta aqui na terra nem um peixe lá no mar.
Proíbem-se coisas feias, males e doentias que se propagam pelo ar.
O amor não se conjuga nem tão pouco tem sentido com esse verbo auxiliar.
O amor é intransitivo por se só já tem sentido não precisa completar
O Proibir não é Deus, mata você, eu e um sentimento secular
Amor, se escreve assim apenas ou talvez com um advérbio pra ele intensificar
MUITO AMOR é o correto
É tudo que eu espero pra esse mundo melhorar!
Sou...
Sou extrovertido, verdadeiro e chato.
Sou doce, amargo e sincero.
Sou alegria, generosidade e amizade.
Sou amor e justiça quando quero.
Sou coragem, mágoa e perdão.
Inovador, antiquado e careta.
Sou feliz, mistério e gratidão.
Sou fraco, forte, porreta.
Sou música, poesia e versos
Presente, passado e saudade.
Sou poeira cósmica nesse universo.
Sou a dor de quem vive com Intensidade.
AS PORTAS DA VIDA
Uma luz nos olhos traz o choro quando nascemos para esta vida. É a porta que se abre e dá início a um novo ciclo. E, aos poucos, como que engatinhando, vamos aprendendo a gostar de viver como se a vida nunca tivesse fim. Vivemos a fábula de Peter Pan ou acreditamos que a porta apenas irá se abrir muitos anos à frente. Porém, algumas vezes, somos pegos de surpresa, quando a porta se abre e fecha sem proporcionar a despedida para quem entrou... e se foi. Ficam os abraços que não foram dados, as palavras no silêncio da lágrima e a dor pela ausência. Porém, viveremos com a esperança de que, um dia, quando a porta se abrir para nós, o reencontro seja de alegria, paz, amor, amizade e saudade. Enquanto isso, que os momentos felizes sejam os principais motivos de recordação.
Sem palavra desgraçada
Eu sou acolhedor da antiguidade, sim digo te esta verdade
Ainda peço tudo à deus: é que falo com os passarinhos
Dou banho nas flores murchas e missa aos meus demónios
Ainda rezo poesias aos deuses impoluto que cagam na sanita dos poetas.
Pode parecer estranho, tenho medo do amor e cheiro das flores
É que já colhi tantas coisas murchas nas antiguidade
Até desdenhei dos casais, Romeu e Julieta e outras concubinas turbinadas
Eu prefiro ser uma novidade fora deste novo é que tenho saudades de te
Tem sido difícil de falar a palavra desgraçada
A não ser o que ele poderá chamar
Oh, desamor
Tens toda a razão
“Eu sou estranho sim, eu sou útil quando estou sozinho”
Penso em te, sozinho, eu te desejo sozinho
Sozinho, provavelmente descobrirei que te amo desgraçadamente
Em silencio em palavra mutante que apodrece
É que é difícil aceitar essa tua falta em constante apoderamento.
Não esperas pedidos de desculpas da minha parte
É que tenho medo de contemplar na tua paz
Me mergulhei no pessimismo dos escritores
Tenho visto e descrito momentos de horrores
Sobretudo pensar em te perder a frente do vazio dos teus lábios e rosto.
É mais um dos meus piores pesadelos que vivo e em dose forte
Porque eu sou humano e sofro, sim sofro sem pensar que é por te.
Já há tantas estações que dormimos longe um do outro
E a minha ânsia tresanda como um esgoto tapado
Ou uma boca que fermenta beijos ou rosas murchas
Provavelmente terei de te dizer que triunfaste,
Venceste corajosamente no desafio do teu próprio
Desvios cardíacos, não importaste com o bom-be-ador de sangue
Ao ganhar o meu próprio coração conservador que não fala eu "te amo"
Que vale o amanhã ao teu lado
Se o dia tem que ouvir a palavra magica, e um eu "te amo" com efeito rouco
Nos dias que estará contido, quero soar tão pouco,
"anciã de mindigância".
Passei a admirar duas coisas depois da entrada do novo governo.
1- O silêncio daqueles que calaram;
2-A resureição dos opinion makers inesperados;
Ps. A onde está os machos nos termos da palavra?
Ela Veio da Paraíba com Duas Libras
Eu espero pacientemente que ela apareça
com suas tatuagens, seus selos canadenses,
o último cd do Jeff Buckley
sua aliança de noivado
sua sede inextinguível
sua amnésia oportuna
seus pecados mais que mortais
Eu espero que ela permaneça por aqui
com seu silêncio devastador
com frieza lendária
sua dança da chuva
sua fome de groupie
eu espero que ela se movimente pra mim
com seus anéis
seu pescoço animal
seus lábios de gasolina
seus dreadlocks
eu espero que ela gaste todo o seu dinheiro comigo
que me apresente a suas amigas
que me leve pra vê-la dançar
que me transmita suas doenças
Eu espero que ela venha cantando um balada
do Lenny Kravitz
que venha confundindo o tráfego
com seus truques de malabarismo
com seu cinismo incompreendido
ela vai pisar com suas sandálias de névoa
em meu coração
ela não vai aparecer
eu a amo
então chamo um táxi e volto pra casa
Enquanto Ela Range os Dentes
Eu Espero os Fantasmas
Os fantasmas bebem comigo quando a lua vem
Eu abro a minha porta todas as noites
Eles aparecem e se apropriam das poltronas
coçam meus pés e bebem meu vinho
Não falam da vida os fantasmas
nem comentam as fotos que guardei
Eu me sinto bem com os fantasmas
Eles apenas gostam de ficar por ali
assoprando nas orelhas do cachorro
o cachorro se acostumou com os fantasmas
já não tira os chinelos das poltronas
percebeu o quanto os fantasmas são
importantes pra mim e o cachorro também
não quer me ver triste e eu sei que de
uns tempos pra cá o cachorro também ficou
dependente deles pois uiva de dia enquanto
eu leio Frost no telhado
o dia passou a ter 72 horas
o dia passou a ter grossos livros de poesia
o dia passou a ter Whitman, Thoreau e Bashô
o dia agora é um osso esquecido no assoalho
o dia agora é uma longa espera da noite
que é quando os fantasmas aparecem
Eu espero já sem muita paciência
não há nenhuma suavidade ou delicadeza em meus gestos
os fantasmas são a melhor companhia pra
quem descobriu que está realmente sozinho.
Agradecimento ao Novo Dia
Quando o dia amanhecer, hei de agradecer pelo dom de viver.
Quando o dia amanhecer e eu me levantar, o dom da alegria quero levar.
Quando amanhecer, só tenho a agradecer pelo dom de respirar.
Quando amanhecer, à quando o sol raiar, quero abraçar minha família e lhes falar com firmeza que, para sempre, hei de lhes amar!
Autor: Mário Cavalcante.
Uma Carta Pra Alguém...
As vezes pensei em vc, ti colocava em coisas, lugares
Procurei formas de não sentir nada
Procurei maneiras de ti admirar
Seu jeito, sua força de vontade
Determinação foram o suficiente para fazer algo em mim
Esquece o passado
Escreve um futuro comigo
Sei que as vezes pareço indeciso
Mas se tu quiser nunca mais vai ter fim
Tentei me enganar mais eu sempre ti quis
Colecionei vários momentos, Lembranças
Vou ti conta que a felicidade depende da gente
Tentei ti guarda em um lugar especial
Logo ti guardei lá onde ngm repara os detalhes
Onde quase ninguém fosse reparar
Onde eu pudesse apenas sentar, coloca um som, e ti olhar
Sem que fosse preciso vc fala algo
Pois o brilho dos seus olhos ja me diziam tudo que eu precisava saber
Foi nas palavras que conseguir expressar o que eu estava sentindo.
Deus ti guie, ti proteja! Ti Desejo o Melhor.
uma noite
houve uma noite
q tudo fora possível,
o céu, retocado com
tantas estrelas,
alegravam aquele
lugar.
Alí,
um menino criou azas,
onde ele queria chegava,
não tinha medo,
nem aflição.
houve uma noite,
que tudo fora perfeito,
o branco não separava
do preto,
nem o problema,
da solução.
houve um momento,
que brincadeiras
acabara em
gargalhadas,
e eu,
de tão feliz que estava,
chorava de tanta
emoção.
Mas agora tudo muda,
o menino perdeu suas azas,
a alegria que lhe
restara,
fora apenas uma linda
canção.
voar,
que seja infinito,
certifique-se de que seja plano e
pleno,
cubra-se de sonhos e pensamentos,
mas cuidado com o vento que nos
impulciona a cair.
Seja leve,
acalme-se,
não transpire à face de sua escuridão,
cuidado com o medo,
é pavoroso,
estratégico e voltaico.
Muitos cairão e você
torna-se o próximo,
sua euforia já não é a mesma
neste céu deserto e rarifloro.
Finalmente o vento,
ah o vento,
que encanta à todos com o seu frescor
puro,
aprazível e encantador,
mas muito vistoso por sonhadores.
Asas são para muitos,
mas ultilizalas são para
poucos,
a voracidade eh saber
guialas para manter-se livre do
chão,
mas quando derruir-se,
ter forças para emergir.
E quem sabe, aí
então,
seu voo seja
intenso.
Seu chegar,
Seu pensar,
Seu sorrir...
Viajar,
Prolongar,
Navegar nos pensamentos,
Um sonho bom e intenso,
Sem orgulho ou sofrimento,
Céu azul ao vento que refresca
A todo momento.
Paranóias trovejosas,
lábios macios como plumas de anjos,
sentimentos puros expostos a sombra
dum Jacarandá.
És tão bonita e tão bela
que incandesces o meu
sentir.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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