Poemas de Mario Quintana sobre Maes

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⁠Você já teve dias em que não sabia se chorava…
ou só fingia que estava tudo bem?

Já sentiu o peito apertado sem saber nomear a dor?
Eu já. Muitas vezes.

Mas foi nesses dias — nos mais silenciosos e partidos —
que eu percebi que não era abandono.
Era colo.

Deus não me explicou.
Ele me sustentou.

⁠Demorou pra eu entender.
Demorou pra eu aceitar que nem toda perda é castigo,
nem todo silêncio é ausência.

Algumas coisas que desmoronaram
foram, na verdade, livramento.
Alguns nãos… foram proteção disfarçada.

Hoje, quando olho pra trás,
vejo com clareza:
era Deus.
No cuidado que eu não percebi.
Na espera que eu chamei de demora.
Na curva que me salvou da queda.

- Edna de Andrade

⁠Tem gente que desiste antes de tentar,
que transforma o medo em limite
e o tropeço em fim de caminho.

Mas se for pra desistir…
desista do medo.
Acredite no que te move.
Você é mais forte do que imagina.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠Deus cuida da gente…
em silêncio, com paciência,
Tratando do que ninguém vê.

Nem sempre é fácil,
mas um dia a gente entende:
o que parecia fim
era só o começo de uma versão mais forte,
mais inteira, mais nossa —
guiada pelas mãos dEle.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠Que teu coração descanse nessa certeza bonita:
Deus caminha contigo.
mesmo quando o caminho é estreito ou escuro demais…
Ele não solta tua mão.

Você não está só.
Há um amor firme te sustentando,
um cuidado invisível te protegendo,
e uma promessa viva:
Ele não te deixará — jamais.

— Edna de Andrade

⁠Que a graça de Deus regue o teu dia
e o amor d’Ele ilumine teus caminhos.

Que a misericórdia te habite,
e que tua presença leve paz por onde passar.

Deus te abençoe com sabedoria,
e te guie com amor.

— Edna de Andrade

⁠Respira fundo.
Sente o vento —
é Deus te lembrando, em silêncio,
que você nunca andou só.

Tem cuidado soprando por dentro
e amor guiando os teus passos,
mesmo quando tudo parece incerto.

— Edna de Andrade.

⁠Que a gente seja dessas presenças que ficam —
mesmo depois que os passos seguem por outros caminhos.

Que alguém, num dia qualquer, lembre da nossa risada
e sinta o peito aquecer de repente,
sem saber por quê.

Que a nossa doçura tenha feito morada em silêncios alheios.
E que o que fomos — sem nem perceber —
continue fazendo bem por aí.

Que sejamos memória boa.
Daquelas que o tempo não apaga,
porque foram feitas de verdade, afeto e ternura.

— Edna de Andrade

⁠Que o dia comece com leveza.
Sem pressa, sem cobrança —
só a alma se ajeitando em silêncio
entre o descanso, a paz e a gratidão.

Porque às vezes,
a maior conquista é apenas
conseguir respirar fundo e sentir que está tudo bem.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

⁠Eu aprendi a me refazer em silêncio,
a costurar as dores com delicadeza
e transformar cicatriz em caminho.
Aprendi também a valorizar
quem fica.
Quem segura a presença como
um abraço e não solta...

Porque tem amor
que não promete
cura, mas
promete
companhia.
E isso já salva
tanta coisa
por dentro.

- Edna de Andrade

⁠Tem cuidado de Deus
na brisa que acalma,
no silêncio que embala,
no abraço que chega quando o peito aperta.

Tem cuidado d’Ele
no que fica e no que parte,
no que floresce devagar
e no que a gente ainda não entende.

Tem cuidado de Deus
até no que a gente chama de acaso —
e que, no fundo, é só Ele ajeitando tudo
com amor manso.

— Edna de Andrade

⁠Há uma força silenciosa crescendo
onde seus olhos ainda não alcançam.
Enquanto você descansa,
Deus prepara o solo, cuida da raiz,
fortalece o que ninguém vê.

Tem dia que não pede pressa,
mas pede entrega.
Um suspiro fundo, um coração quieto
e a certeza:
o que hoje parece pausa
amanhã floresce promessa.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna


Tem dor que vira casa.
A gente decora o vazio,
rega silêncio, inventa flores na sombra.

Fica.
Por medo. Por costume. Por não saber partir.
Até que o corpo pesa, o peito chama,
e a alma, paciente, sopra:
abre a janela.

A cura não faz barulho.
Chega no banho demorado,
no café que abraça as mãos,
numa lágrima que lava o que ficou esquecido.

De repente, o que doía já não sangra.
É história — não ferida.
É marca — não prisão.

Quem te ama entende teu tempo.
O sol não some — ele espera.
E você também vai.
Ninguém mora pra sempre onde dói.

— Edna de Andrade

⁠Toda vez que você ousa abrir a porta,
o velho vai sussurrar mil desculpas
pra ficar.

Vai prometer conforto,
vai dizer que mudar é perigoso,
vai tentar vestir saudade
de casa segura.

Mas não se engane:
quem parte por dentro
já não cabe mais no mesmo lugar.

Então segue.
Não aceita convite pra voltar atrás —
porque o que é novo já te chama
com a coragem de quem nasceu pra recomeçar.

— Edna de Andrade


Que hoje você acorde sabendo: o mundo pode até ser barulhento, mas quem decide o que faz eco dentro de você é o seu coração.
Não aceite menos do que merece, não carregue peso que não é seu, não deixe para amanhã o abraço que cabe agora.

Vai com fé, mas também com calma. Vai com coragem, mas também com cuidado.
E se der medo? Vai com medo mesmo — mas vai inteira, firme, sabendo que quem planta amor, colhe vida.

Que o dia seja leve onde precisa ser leve, forte onde precisa ser forte — e bonito em cada detalhe.
Você merece. Você pode. Você é muito mais do que imagina.

— Edna de Andrade | @coisasqueeusei.edna

⁠Clube dos Menores Homens que Existem no Mundo

No clube dos menores homens que existem no mundo,
eles se reúnem aos sábados,
e planejam como podem destruir
o coração de mulheres que são mais mulheres do que eles são homens.
Mulheres que são melhores que eles.
Financeiramente, educacionalmente, emocionalmente.
Mulheres que são capazes de amar e se doar por eles.
Mulheres que morreriam por seus pecados.
Mulheres que cruzariam o país por eles.

No clube dos menores homens que existem no mundo,
eles não conseguem cumprir promessas,
não conseguem acordar antes das 10h,
não conseguem ser financeiramente responsáveis,
não conseguem cozinhar, nem comer bem.
Não conseguem.
Não conseguem sequer ter uma ereção.

Eles planejam e vivem crimes após picotar corações de mulheres.
Mas eles não serão condenados por isso.
Eles são tão pequeninos
que, ao serem pegos,
conseguem se esgueirar e sair pelas grades.

São tão pequenos que se escondem nos bueiros.
E as mulheres que matam precisam usar lupas para enxergar suas qualidades.
Precisam se diminuir para caber.
Mas eles são tão pequenos que não aguentam o peso.

Mas as mulheres que eles matam se culpam pelas suas mortes.
Porque elas são tão benevolentes que pensam:
“É só um pequeno homem aprendendo a amar.”
E a partir disso, todos os erros são justificáveis.

Mas as mulheres que eles matam conseguem esquecê-los,
mas nunca perdoá-los.
Porque são tão pequenos,
que cabem em notas de rodapé nas histórias que contaram.
Cabem em caixas de fósforo junto com promessas quebradas.
Cabem em silêncios constrangidos nas rodas de conversa.
Cabem em apelidos ridículos e piadas internas que ninguém mais ousa repetir.

Tão pequenos que, no final,
Só há um aviso velado:
“Cuidado, ali já houve um homem menor que o mínimo aceitável.”

⁠Às vezes, descansar é o ato mais corajoso de fé.
Silenciar por dentro…
também é uma forma de oração.


— Edna de Andrade

O facto de respirar não comprova a minha existência.
Corro atrás do meu destino sem nunca encurtar a distância.
Sinto me cada vez mais longe e contudo tão perto do fim.
Sem um propósito na vida, perdida por tudo, perdida por nada.
Procuro me por caminhos por onde não passei.
Vislumbro sitios onde não estive.
Estou enclausurada no meu mundo.
Quero gritar para dizer que estou aqui
Abro a boca e não escuto nenhum som.
Mas a voz percorre todo o meu corpo e fica confinada dentro de mim.
Escuto a grande revelação.
Não sou ninguém.
Não passo de uma sombra.
Um dia não vou encontrar a luz que faz a minha sombra.
E na escuridão da noite, apaga se a luz,
Assim se extingue a existência de ninguém.
Porque ninguém não existe.

"Hoje resolvi sair de mim
Deixei meu corpo virar manequim
Pra quem quiser pelos meus olhos ver
E sentir na pele minha
Tudo que já avisei ter tido que sofrer.

Sente a dor da minha vida
Enrugada e ferida
Pelas balas já perdidas
Que o lamento me acertou.

Saiba
Que essa textura de amargura
Que perfura a língua tua
Nada mais é que meu sabor.

Esse perfume ta grudado
E não sai nem bem lavado
Com todo o ódio
Que guarda o teu coração.

Não me seque,
Nem me estenda
Mas entenda que não sou oferenda
E que jamais sentirá o gosto
De engolir o meu perdão.

Não sei se sou rancorosa
Mas de ti não tenho pena
E só quero que entenda
Que de mim já tem o 'não'.

Ele é teu
Faz o que bem quer
Mas aceite que não sou mulher
De me calar nem no caixão"

(Em homenagem a Marielle Franco)

Mateus Ribeiro de Aquino
@mateusribeir0

"Pra onde se explode o amor que pulsa dentro da gente?

O amor é como um sorriso contido, de quem dança em pensamento pela rua. Aquela dança de quem se movimenta como se ninguém estivesse olhando, em uma rua lotada de pessoas caretas fazendo qualquer coisa. Mas isso acontece em mente e também nesse pequeno sorriso que faz força pra ser livre. Você sorri pela rua, aparentemente sem motivo, enquanto por dentro toca aquela música que embala a ação. Te olham sem entender o sorriso. Alguns sorriem junto, enquanto outros acham estranho. Então por que não dançar de fato? Vai que alguém te acompanha. Fico imaginando se em pensamento outra pessoa também deva estar dançando e se nossos amores talvez estejam fazendo um dueto em segredo enquanto passamos por ai despercebidos de tudo que acontece ao nosso redor. Como é bom amar. Quero gritar, mas quero que só você escute. Como faz? Vem pra perto de mim. Dança comigo, mas sem ser em pensamento, dança comigo agora! Deixa eu sussurrar no seu ouvido esse grito preso no meu coração que se controla pra não explodir. Deixa ele explodir pertinho de ti e sua pele guiar o caminho do meu amor. Deixa a gente sentir isso sem o mundo precisar ouvir. Eles vão sentir a explosão mas assim como a dança ninguém vai entender. Alguns poucos vão sorrir conosco essa explosão que sairá livre em forma de sorrisos em nossos rostos. Então, dança comigo?"

Mateus Ribeiro de Aquino
@mateusribeir0