Poemas de Mario Quintana - Vaca
Todos os dias eu reservo um tempo para falar com Deus, desde então percebi que muitos são os dias que já se passaram.
O tempo de Deus não se mede.
O Movimento da Vida
Eu não sei se a vida é que vai rápida demais ou se sou eu que estou mais lento. O que sei é que ando me atropelando nos próprios passos. Eu resolvi desacelerar. Eu vou no ritmo que posso. Não é fácil. É sabedoria que requer aprendizado! Eu quero aprender.
O descompasso é a causa de todo cansaço. O corpo é rápido, mas o coração não. O corpo anda no compasso da agenda. O coração anda é no compasso do amor miúdo. O corpo sobrevive de andares largos. O coração sobrevive de pequenos passos e de demoras. Eu já fui e voltei a inúmeros lugares e o coração nem saiu do lugar. O mistério é saber reconciliar as partes. Conciliar um ritmo que seja bom para os dois.
Eu quero aprender. Não quero o martírio antes da hora. Quero é o direito de saborear o tempo como se fosse um menino que perdeu a pressa. O show? Ah, deixa pra depois. A voz não morrerá. Acendemos as luzes noutra hora. Deixe que o padre viva a penumbra de algumas poucas velas... Um padre combina mais com uma vela acesa que com um canhão de luz.
Há momentos em que a luz miúda nos revela muito mais que mil holofotes.
Chega de vida complicada. Eu preciso é de simplicidade!
Eu sou forçada a contradizer Drummond.Só há uma fase boa de verdade na vida,a infância,em que a felicidade está numa caixa de bombons. A velhice porém só é considerada boa pelas lembranças das coisas que você fez na vida toda.
... e lembrar quantas caixas de bombons ganhou na vida.
Só conhecemos o tamanho da nossa força no dia da adversidade. É quando as lutas chegam e nos pressionam a levantar e ir avante.
Ser forte é privilégio de todos, mas sabedoria de Poucos... Lá dentro, no mais protegido, guardamos uma força sobre maneira intensa que, nas principais horas de nossa angústia ela salta para fora e nos livra de perdermos o sonho querido.
Não há dúvidas... os sonhos são tão essenciais... eles são os mecanismos que movem a nossa força. São eles que nos permitem voar e ultrapassar qualquer barreira... E mesmo que não possamos nunca ganhar... A nossa força sempre será ativada quando a tribulação chegar.
Está dentro de você a fé, que se é dado o nome de “força”... Ela é a própria fé de Deus, e se ela por si só já não bastasse o Todo Poderoso está ao seu lado sempre.
Nunca deixe de lutar. Não há empecilho, e nem força pequena... Há Um Deus que é real... e pode te ajudar a ultrapassar toda e qualquer luta... Basta você sonhar...
Eu achei que nós chegamos tão perto.
Mas agora com certeza eu enxergo.
Que no fim eu amei por nós dois.
LIMITE
Meu amor estou no meu limite não posso mais esperar.
Não tenho mais a certeza de que você vai voltar.
Deixara-me esperando muito tempo. Este dia que não chega! está saudade que não passa, quero te ver! meu amor! Quero te encontrar...
Estou no meu limite! limite
da saudade, do seu amor que não recebo, do seu carinho que nunca tenho.
Entreguei-te meu coração e agora me deixar-te na solidão.
Estou no meu limite
Que devo fazer sem você? que devo
fazer sem este amor? que me consome...
com a saudade que mata-me...
Estou no meu limite
Não quero mais te ver!
Não quero mais sofrer...
Amo-te sem querer... sofro sem você.
Afinal o que é fibra moral?
Quero dizer, eu achava que era sempre dizer a verdade, praticar boas ações resumindo ser a droga de um escoteiro... Mas ultimamente vejo de modo diferente. Agora acho que fibra moral tem a ver com encontrar o que importa. Aquela coisa especial que para nós significa mais que tudo. E quando a encontramos lutamos por ela... Arriscamos tudo. Nós a colocamos acima de tudo, do futuro, da vida tudo. Por ela podemos até não agir de modo correto. Não importa. Porque no fundo sabemos que o esforço justifica o resultado.
Isso é a essência da fibra moral.
Coitado! que em um tempo choro e rio
Coitado! que em um tempo choro e rio;
Espero e temo, quero e aborreço;
Juntamente me alegro e entristeço;
Du~a cousa confio e desconfio.
Voo sem asas; estou cego e guio;
E no que valho mais menos mereço.
Calo e dou vozes, falo e emudeço,
Nada me contradiz, e eu aporfio.
Queria, se ser pudesse, o impossível;
Queria poder mudar-me e estar quedo;
Usar de liberdade e estar cativo;
Queria que visto fosse e invisível;
Queira desenredar-me e mais me enredo:
Tais os extremos em que triste vivo!
A paz é sinônima de calmaria,
A dor é a tradução da realidade,
A desigualdade é a tatuagem da humanidade,
Que indesbotavelmente o ser humano fixa na alma.
E o “amor é o que mais almejamos.”
Tinha sido apenas um sorriso, e nada mais. As coisas nao iam se ajeitar por causa disso. Aliás, nada ia se ajeitar por causa disso. Só um sorriso. Um sorriso minúsculo. Uma folhinha em um bosque, balançando com o movimento de um pássaro que alça vôo. Mas me agarrei àquilo. Com os braços bem abertos. (...)
Saí correndo, com o vento batendo no rosto e um sorriso tão grande quanto o vale do Panjsher nos lábios. Sai correndo. (...)
- Por você faria isso mil vezes!
É Deus que te faz entender toda poesia
E torna mais valiosa a vida
E prova que ainda dá pra ser feliz
Apenas atenda quem chama
E perceba
Que só Ele pode compreender o seu interior
E a suas dores afastar, o seu sonho realizar, a sua vida transformar
Basta que você entenda
Deve existir
Eu sei que deve existir
Algum lugar onde o amor
Possa viver a sua vida em paz
E esquecido de que existe o amor
Ser feliz, ser feliz, bem feliz
(Em Algum Lugar)
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Anfiguri
Aquilo que eu ouso
Não é o que quero
Eu quero o repouso
Do que não espero.
Não quero o que tenho
Pelo que custou
Não sei de onde venho
Sei para onde vou.
Homem, sou a fera
Poeta, sou um louco
Amante, sou pai.
Vida, quem me dera...
Amor, dura pouco...
Poesia, ai!...
Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho
Nota: Trecho da música "Tomara", composta por Vinicius de Moraes.
Não se Reconquista o Amor com Argumentos Não te esqueças de que a tua frase é um acto. Se desejas levar-me a agir, não pegues em argumentos. Julgas que me deixarei determinar por argumentos? Não me seria difícil opor, aos teus, melhores argumentos.
Já viste a mulher repudiada reconquistar-te através de um processo em que ela prova que tem razão? O processo irrita. Ela nem sequer será capaz de te recuperar mostrando-te tal como tu a amavas, porque essa já tu a não amas. Olha aquela infeliz que, nas vésperas do divórcio, teve a ideia de cantar a mesma canção triste que cantava quando noiva. Essa canção triste ainda tornou o homem mais furioso.
Talvez ela o recuperasse se o conseguisse despertar tal como ele era quando a amava. Mas para isso precisaria de um génio criador, porque teria de carregar o homem de qualquer coisa, da mesma maneira que eu o carrego de uma inclinação para o mar que fará dele construtor de navios. Só assim cresceria essa árvore que depois se iria diversificando. E ele havia de pedir de novo a canção triste.
Para fundar o amor por mim, faço nascer em ti alguém que é para mim. Não te confessarei o meu sofrimento, porque ele te faria desgostar de mim. Não te farei censuras: elas irritar-te-iam justamente. Não te direi as razões que tu tens para amar-me, porque não as tens. A razão de amar é o amor. Também não me mostrarei mais, tal como tu me desejavas. Porque tu já não desejas esse. Se não, amar-me-ias ainda. Mas educar-te-ei para mim. E, se sou forte, mostrar-te-ei uma paisagem que fará de ti meu amigo.
DIA DE ANOS
Com que então caiu na asneira
De fazer na quinta-feira
Vinte e seis anos! Que tolo!
Ainda se os desfizesse...
Mas fazê-los não parece
De quem tem muito miolo!
Não sei quem foi que me disse
Que fez a mesma tolice
Aqui o ano passado...
Agora o que vem, aposto,
Como lhe tomou o gosto,
Que faz o mesmo? Coitado!
Não faça tal: porque os anos
Que nos trazem? Desenganos
Que fazem a gente velho:
Faça outra coisa: que em suma
Não fazer coisa nenhuma,
Também lhe não aconselho.
Mas anos, não caia nessa!
Olhe que a gente começa
Às vezes por brincadeira,
Mas depois que se habitua,
Já não tem vontade sua,
E fá-los queira ou não queira!
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