Poemas de Luto

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Estrada da vida

"A cada novo amanhecer encurta-se o caminho percorrido na estrada de minha vida...O tempo não perdoa, e o nosso corpo sente o peso do tempo...E as dores causadas pelo cansaço...O coração começa a pensar em desanimar...Os olhos não vêem o final da trilha a ser percorrida...O ar parece não existir.
Às vezes, olho pra trás com vontade de voltar...Em outros dias quero continuar a caminhar...Hoje só quero ficar parada...Pensando em talvez encontrar um atalho...Um desvio de todos os espinhos que ainda ferem minhas pegadas...As pedras são difíceis de remover dessa trilha...O corpo desanima e a minha alma quer descanso...O coração sente pulsar cansado tentando sobreviver nessa selva de pedras...Mas não sou dona do destino...Apenas caminho numa estrada que não sei onde e nem quando vai ter um fim...Hoje apenas amanheci assim...Uma enorme saudade de alguém que ficou em algum lugar dessa estrada..."
Roseane Rodrigues

Me desnudei
para vestir teu corpo.
Com tuas mãos
percorri meu corpo.
Com teus dedos
nele escrevi um poema.
Com teus olhos me vi
perdido entre teus seios.
Com teus braços
me conduzi
ao teu ventre.

A chuva está vindo,
Mas ela mantém-se firme,
Garota forte!
Vive na tempestade
do seu triste coração.

Ela sabe,
Que depois da chuva
Vem o arco-íris.
Pode ser forte, pode ser assustador,
Mas ela não desiste.

Olha o sol.
Olha que céu azul!
Mais uma noite difícil.
Mas ela sorriu,
"Pois o que passou, passou!",
Diz ela.

Tempestades,
Tempestades do meu coração.
Acalmem-se,
Quero dormir.
Por favor, está frio aqui,
Amanhã eu preciso sorrir.
Obrigada!

AMAR É CONJUGAR
No pretérito perfeito
Eu te amei.
Mas como era imperfeito
Tu não me amavas.
Se no presente
Tu me amas
Eu não te amo.
Se no futuro subjuntivo
Quando nós amarmos
Não serei eu a te amar
Nem tu a me amares.

Moça,
sua sensualidade é feito o destino, incontrolável, acontece e ponto.
Daqui, vejo sua sensualidade,
nos lábios,
no olhar,
na adorável alça de sua blusa,
que delicadamente flutua,
entre seu lindo ombro e seu desejável seio...
mas principalmente
na sua vontade de colar um corpo ao seu.
Queria eu,
ter seu corpo
sobre o meu.

Não quero ver a vida passar
Pela janela
A escoar pelos meus dedos
Dormentes
Quero sentir o seu doce sabor
Ou amargo, que seja
Sentir a beleza do vento
Contra a minha face, mesmo
Que os olhos lacrimejem
Quero a coragem de pintar
Meu céu com raios dourados
Nos dias tristes, cinzentos

Amor de navegantes

Duro namorar
Quem namora o mar
Faço do peito o porto
Para que possa voltar
Já houve desembarque
Neste velho peito
Mas não teve jeito
O lugar já era seu
Por destino ou direito
Agora vivo a esperar
Cada dia é um baque
A vaga é sua, ocupe-a
Não navegue mais
Volte, marinheira,
Volte para o cais

Arte viva

Você é arte viva
Esculpo-a em minha fantasia
Michelangelo via anjos em pedras
Eu, em seus olhos, vejo poesia

Você é arte, você é ciência
Faz as pazes com a religiosidade
Einstein via no mundo a relatividade
Eu, em seus olhos, a verdade

Beleza natural

Já paraste para ver o mundo?
Como é raso e,
Ao mesmo tempo,
Profundo?
Não, não olhes as desgraças
Esquece os medos e ameaças
Olha a beleza
Da pureza
Da natureza
Já reparaste como o Sol,
O farol em nosso teto,
Brilha no verão?
E como o céu azul é bonito?
Andar cansa, mas faz bem
Amar machuca, mas faz também
O banho lava o corpo
Com água encanada
Mas a água do céu
Pode lavar a alma
Um dia que tinha
Tudo para dar errado
Já deu certo
Pelo simples fato
De ser mais um dia
Cabe a ti decidir
Se vais ver os defeitos
Ou a poesia

Contato

O que aconteceu com o toque?
Por que refutam o encosto?
Todos tão solitários…
Nenhum sentimento é exposto
Recusam um aperto de mão
Ou mesmo um abraço
Ninguém se toca
Dispensam até as palavras
Bastavam duas: "Bom dia"
Apenas uma bastaria
É claro, não sou extremista
Não precisa me tirar a roupa
Ou fazer uma dissertação
Mas tire-meum sorriso
Ou um poema
Pode ser pequeno
Mas faço-lhe de coração

(des)elegante

Não tenho elegância
Sou, talvez, um trapo
Que não vale um fiapo
Não tenho etiqueta
E se tivesse
O valor seria baixo
É, eu não me encaixo
O que tenho de elegante
É a dor que Leminski dizia
E com ela faço obra-prima
O melhor dos cálices:
Vinho tinto de poesia

Hemorragia

Queria ser a fumaça do teu cigarro
Para destruir-te por dentro
Como me fizeste
Mas, apesar de tudo, te agradeço
É a hemorragia que me causaste
Que me faz acreditar
Que há sangue em minhas veias
E a dor que me deste
É o único sentimento que me restou
Guardo-a com apreço
Pois só ela me dá a certeza
De que ainda estou vivo
Mas ando procurando outra dor
Pois o amor que eu tinha
Foi-se na hemorragia.

Limoeiro

É limão
É limoeiro
Nossos corações
Estão no pé
Tem limão
E tem coração
No meio
Se jogar uma pedra
Qual será
Que cai primeiro?

Noite

Nos dias ruins
Durmo cedo
Para que
Acabem logo
Me engano
Fico pensando
Que a noite
Resolverá tudo
O duro é acordar...

Pagamento

Carrego algumas culpas no bolso
Não por meu gosto
Estou livre deste sentimento
Tem gente que cobra o amor
Que cobra chegada e saída
E só aceita este pagamento

Palavras do olhar

Você sabe ler olhares
E percebeu quando no meu
Não havia mais o seu nome

Perfume

Para que a minha flor
Ficasse ainda mais encantadora
Dei-lhe um perfume
Depois fiquei preocupado
Com aquele aroma tão doce
Seria arrebatadora
Todos os outros homens
Olhariam para ela
Pensei, então,
Em colocar vinagre
Naquele perfume
Causar um grande azedume
Mas não adiantaria
Pois não podia esconder sua beleza
Foi então que percebi que,
Mesmo que outro homem
Passe pelo meu jardim,
Aquela flor,
Em seu interior,
Só pertencia a mim

Sejobem

Veja bem:
Independente
Do que queira ser
Seja pelo bem
Se quer ser um raio
Que seja para iluminar
O céu que anoitece
Não para partir
Meu coração
Se quer ser o ar
Seja a brisa que afaga
Não o vento que arrasta
Se quer ser a água
Que seja aquela que hidrata
Não a maré que devasta
Se quiser ser o fogo
Não seja aquele que queima
Mas aquele que aquece.

Sem pressa

Sou devassa
Me devora
Aqui e agora
Sem pressa
Devagar
Não precisa
Se apavorar
Isso, bem devagar
Que a hora não passa

Sim, doeu

Se foi fácil?
Não, não foi
Nem deveria ser
Mas tudo passa
Tudo passou
Se doeu?
Sim, doeu
Mas a gente
Se distrai
O tempo nos trai
A vida atrai.

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