Poemas de Loucura
Eu sei que talvez seja cedo demais
Mas você tem tudo que eu gosto e um pouco mais
Vai parecer que eu sou louco, pra mim tanto faz
Mas você tem tudo que eu gosto e um pouco mais
Quero que você me aceite mesmo que não compreenda
Sou humano tão incerto, mesmo incerto serei lenda
Claro que não adianta viver nessa utopia
Seja louco ou seja esperto, um dia essa tal lenda morreria.
” Querias que eu falasse de "poesia" um pouco mais... e desprezasse o quotidiano atroz... querias... era ouvir o som da minha voz e não um eco - apenas - deste mundo louco!”
(trecho extraído do livro em PDF: Baú de Espanto)
Sou sobrinha-neta da Ilusão, tenho marcada em meu sangue a marca amarga da ferradura agalopada do solene marchar da carruagem de meus sonhos, ébrios de tentação. Sou a cria amarga do roubo esperançoso de minhas racionalidades fatais, que enganam, deturpam e profanam a doçura antes presente em meus sonhos. Sou o devaneio solto pelas ruas, a loucura a planar sobre os campos férteis da solidão, sou o resultado infame da mistura sórdida de meus antepassados de terra e vão.
Sou tantas e de tantos, sou tato e pranto, sou cólera e acalanto, não sou nada, nada, mas ainda assim, canto. Canto as lamúrias através de pena e cetim, debruço-me sobre meu viver torpe e vomito palavras pobres em versos e prosas em carmim.
Não domino a poesia, mas a poesia domina-me a mim, quebro meus pudores em mil pedaços de taco, ligo meus temores um a um em mil laços, reconstruo minhas convicções em mais mil espaços e ao final, sobrando-me apenas a dor e o cansaço, enfim me desfaço.
Eu te beijaria vinte quatro horas por dia
Se dividisse todo tempo do mundo ao seu lado
Faria ao seu lado as maiores loucuras
Cego pelo desejo que é essa magia
Essa sedução que é te amar
Com esse olhar perdido
por toda parte tem um pouco de você.
Por todo lugar que olho vejo alguém que me faz lembrar você.
Logo o coração corre,
Logo esqueço como andar
E o pior logo vejo que não é você.
Até quando hei de aturar-vos?
21 de maio de 1940
Nova York
Dizem que enquanto os alemães estavam profanando uma igreja, em certa localidade da Polônia, um sargento alemão, enfunado pelo espetáculo excitante, plantou-se diante do altar e berrou: se acaso Deus existe, prove Sua existência liquidando, ali mesmo, um sujeito tão arrogante, importante e tremendo como era ele. Deus não o liquidou. O sujeito saiu dali muito agitado e sentindo-se provavelmente o homem mais infeliz do mundo: Deus não tinha agido como um Nazista. Deus não era de fato Nazista e a Justiça de Deus (que todo o mundo conhece obscuramente, no fundo da alma, por mais que não consiga exprimi-la) é substancialmente diversa da brutal e sanguissedenta vingança dos Nazistas.
Deus de acordo com a Sua impenetrável Vontade, liquida, de vez em quando, um louco dessa espécie. Mas quem foi morto na crucifixão de Cristo? A Paixão e a Ressureição de Cristo são maiores do que todo milagre que possamos imaginar. A transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo é muito mais milagrosa do que a execução, por Deus, daquele que comete um sacrilégio contra o Santíssimo Sacramento. É qualquer coisa de muito maior, de mais aterrorizador que Cristo, no Sacramento, se deixe submeter a um sacrilégio.
Ninguém foi fulminado no Calvário. Os céus se abriram, rasgou-se o véu do templo e a terra estremeceu. Tudo, porém para os homens de pouca fé. E quem de nós não pertence a este número? Quem foi, entretanto, o fulminado? Os Fariseus? Foi um raio que fulminou Judas ou foi ele que se enforcou a si mesmo?
O fato mais terrível que ocorreu no Calvário não foi a terra ter estremecido até seus fundamentos, e sim aquele grito do Filho de Deus: 'Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?'
Perplexo Começo
Abandonai tudo.
Abandonai a morte.
Abandonai a vida.
E seguir em frente...
Com um sorriso
pálido, com um
semblante gélido.
Perplexo com o
começo.
Rumo ao nada.
completamente nu.
Deixado por esse mundo
de desgraças e pesadelos.
Viajar no espaço-tempo, você tá ficando doido?
Cê sabe que isso é impossível
Garoto, isso é papo de louco
O amor chega sem avisar...
É um desejo ardente...
Que não se admite...
Não se faz por esperar...
É uma magia...
Que abre a concha da vida...
Faz a vida ser mais sentida...
Toma conta de nosso coração...
E repousa em nossa alma...
De forma que não se imagina...
Em insistência permanece....
E nos joga em redemoinho...
Faz de cada nascer do dia...
Caleidoscópio de sedução...
Um convite a viver...
Loucura, alegria...
— em Conservatória Pousada Chic Chic Casa do
Não leve ela tão a sério
Não considere tudo o que ela fala
Preciso te contar que ela
Viciou-se em intensidades
Anda de mãos dadas com o desgoverno
Acostumou-se a impermanência
E que, por hora, já não a reconheço mais.
Lealdade
Leão, juba, rugido. Madeira, ferpa, rangido da porta.
A árvore quando cai. O estrondo da queda.
Traição é loucura.
Batida na parede, um som reproduz.
O som é leal a batida; o rugido ao leão.
Desejar o contrário é loucura - palavras de Albert Einstein.
Ir contra a lealdade das coisas é loucura.
A traição é uma loucura.
Saber que vou ver você
É o que me faz continuar
O poder do seu olhar
O seu jeito de caminhar
Tudo isso me faz te admirar
O poder do seu olhar
Me faz questionar
Se um dia com você eu vou ficar
Ou na minha lembrança ficará
E o arrependimento de não tentar
O poder do seu olhar
Conseguiu me encantar
Não sei o que vai pensar
Para você sempre escutar meu coração
Assim despertará ainda mais minha paixão.
Por eu gostar
Tive que abandonar
Se abandonei é porque gostei e muito
Fardo que estou disposto a carregar
Tempo que quero perder
Um jeito de mudar
Sem me lamentar
Seguir meu destino
Sempre sorrindo
Grato em te conhecer
Triste em te perder.
Não sei como começar
Mas um verso contar
O quanto às pessoas podem se enganar
E um estalo gostar
E com pequenos gestos se apaixonar
E enfim querer cuidar
Com o sorriso se alegrar
E por seu olhar se hipnotizar.
Eu dei voltas a mim e ao meu coração para saber e inquirir, e buscar sabedoria e cálculo, e para saber: iniquidade é estultice, e a sandice, loucura.
Ec 7: 25 (Apud Haroldo de Campos)
Hoje amanheci assim
Eu queria hoje habitar na avenida principal, colocar uma pesa e dar expediente, falar do meu pranto profundo, ainda que não se importe o mundo, um café forte, acho que faltaria o pão, no intervalo um belo cochilo no tapete de papelão, ouviria ruídos e burburinhos e eu continuaria tentando ouvir os passarinhos, ou melhor o barulho dos carros e motos, de repente alguém tirando fotos, o coitado caiu na net, ato que se repete no meu Brasil, cheio de malucos febril, é que na verdade a covardia não deixa desprender, mas o alívio estaria nesse enredo, é um segredo, nas telas da internet, do meu lado a garrafa com água, aquela pet, bebida não mais, talvez embriagaria na bíblia pequenininha dos Gideões, contraditório essa esperança, me leva pra dança e quer resgatar, meu sonho vivo, que existe e tudo que sei, que muito errei e o julgamento é longo, porque o pensamento vive no escombro, eu tento, lamento e busco, mas o destino insiste com o não e não vejo a mudança, a transformação, ou sou eu cego então.
Giovane Silva Santos
o simples cuidado,
o indispensável respeito,
o sensível carinho,
a recíproca atenção,
a irreverente loucura,
vivida repetidas vezes,
chama-se ZELO!
Nunca fui daquelas que fazem sentido.
Vejo um horizonte que poucos enxergam, tenho motivos que muitos não compreendem, o meu normal é loucura para muitos.
Passo mas não permaneço, estou mas já fui. Nunca paro!
Sempre em busca, em busca de encontrar verdadeira essência em meio a humanidade programada e robotizada.
Estamos vivendo ou funcionando?!
Caminhos leves me trouxe até àquela manhã.
A brisa que batia me convidava para um passeio, não neguei seu chamado, fui impassivo e me rendi.
A coragem e loucura realmente andam lado a lado.
Que eu nunca deixe de ter coragem de ir atrás desse chamado, pois a loucura mesmo seria ter recusado!
UM ARTISTA
Eu acho lindo a arte do diálogo, conseguir dialogar não é apenas uma habilidade, é um dom.
Aquele que tem o talento de persuadir através de palavras, é como um pizzaiolo, sabe sovar e manusear a massa da pizza para que ela não fique muito fina ou muito expressa.
Van Gogh só se tornou Van Gogh por que conseguiu colocar sua loucura em uma tela através de tintas.
Eu coloco minha loucura em poemas, o que não me distância de Van Gogh, a arte é relativa. Interpretamos a arte através de nossa percepção e julgamento, se eu colocar uma cadeira em um museu de arte, milhares de pessoas que olharem para essa cadeira terão uma interpretação diferente.
Ou seja, mesmo que pareça ser apenas uma cadeira, assim que alguém julga-lá, ela se tornará arte.
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