Poemas de Karl Marx sobre I Homem
O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza, mas é um caniço pensante. Não é preciso que o universo inteiro se arme para esmagá-lo: um vapor, uma gota de água, bastam para matá-lo. Mas, mesmo que o universo o esmagasse, o homem seria mais nobre do porque quem o mata, porque sabe que morre e a vantagem que o universo tem sobre ele; o universo desconhece tudo isso.
O homem possui a capacidade de construir linguagens com as quais se pode expandir todo sentido, sem fazer idéia de como e do que cada palavra significa - como também falamos sem saber como se produzem os sons particulares.
O homem, como um ser histórico, inserido num permanente movimento de procura, faz e refaz o seu saber.
O homem, carnívoro, também é coveiro. A nossa existência é feita de morte. Tal é a lei terrífica. Somos sepulcro.
"Não acredito em nenhum homem porque, infelizmente, tenho muitos amigos (homens) e, pra piorar, nasci espertinha."
O mesmo homem que provoca risos e empatia é o mesmo homem totalmente indiferente a uma outra pessoa. Se não reflete a respeito, é que se sente melhor do que a esposa e foi consumida pela armadilha de disputar espaço com ela, em vez de garantir sua própria liberdade. Nada mais machista do que duas mulheres brigando em segredo por um homem, enquanto ele assiste ao espetáculo bisonho por pura vaidade. É o que acontece, a ponto de se desculpar: azar é o dela, sorte a minha. Azar das duas.
"De nada serve ao homem queixar-se dos tempos em que vive. A única coisa boa que pode fazer é tentar melhorá-los."
O olho do homem é feito de modo que se lhe vê por ele a virtude. A nossa pupila diz que quantidade de homens há dentro de nós.
"Coisas que um homem jamais deveria usar: boné a noite, corrente grossa, sapatênis, regata, camisa pra dentro da calça e eu."
Quase todos os homens podem enfrentar a adversidade, mas se queres pôr o caráter de um homem à prova, dê a ele poder.
"Só pelo fato de pertencer a uma multidão, o homem desce vários graus na escala da civilização. Isolado seria talvez um indivíduo culto; em multidão é um ser instintivo, por consequência, um bárbaro. Possui a espontaneidade, a violência, a ferocidade e também o entusiasmo e o heroísmo dos seres primitivos e a eles se assemelha ainda pela facilidade com que se deixa impressionar pelas palavras e pelas imagens e se deixa arrastar a atos contrários aos seus interesses mais elementares (...) Para o indivíduo em multidão a noção de impossibilidade desaparece. perdida a sua personalidade consciente, obedece a todas as sugestões de um operador. "
O homem bom, do bom tesouro do seu coração, traz para fora o bom... pois é da abundância do coração que a sua boca fala.
O homem cifra a sua felicidade e a sua glória naquilo que o atormenta. Despreza aqueles que lhe aliviam os males e afeiçoa-se àqueles que lhos aumentam.
Dilema do homem
Na vigência do casamento ele se sente preso e atado. Quer, quer a separação. Não agüenta mais as limitações da vida comum. Aí pinta a separação e ele, mais do que a mulher, entra em pânico.
Eu só queria que ele aparecesse, o homem que vai me olhar de um jeito que vai limpar toda a sujeira, o rabisco, o nó.
O homem que vai ser o pai dos meus filhos e não dos meus medos.
Eu amei esse quadro da primeira vez que o vi. Amei a ideia de um homem solitário em luta contra a morte.