Poemas de Ignorância
Vivemos em uma sociedade irônica…
Os sábios possuem muitas dúvidas,
Mas os ignorantes têm certeza de que estão certos.
sei que nada sei,
ignorante pois serei,
e por nada saber
ignorante queria ser,
para desconhecer esta ignorância,
e tudo o que ela me fez perceber...
felizes tempos de infância,
em que o tempo passava a correr,
enquanto aquilo a que dava importância,
acabou por se esquecer
nas vulgares questões do ser,
no constante vai e volta
da minha intermitente consciência,
na palavra que se solta,
de quem vive na indolência,
numa alma que se revolta,
com tamanha displicência.
Por vezes fui fraca,
E desejei ser forte,
Fui covarde,
E desejei coragem,
Fui ignorante,
E desejei conhecimento,
Lutei em guerras,
E desejei paz.
E mal sabia eu,
Que tudo o que desejava,
Já estava em mim.
Bastava apenas,
Prestar atenção.
Fiquei em paz quando
Finalmente entendi:
Demos errado por
Sermos ignorantes
Naquele momento de
Nossas vidas.
Faltou conhecimento
Para lidar com muitas coisas.
A cabeça que me guia
é a mesma que sufoca na ignorância do homem.
As mulheres que me criaram
se envergonham das irmãs que as traem.
Os lugares por onde passo
se elevam pelo brilho que carrego.
São fotografias de um passado de dor:
retratos de sorrisos mortos,
marcas de dias tristes,
buracos de dentes tortos.
Cicatrizes da alma,
defeitos de cor,
a beleza da pele
e o desejo de amor.
É a vida negra que luta pra brilhar,
pra sair na foto,
onde o contraste da pele
é um alvo na mira.
Minhas fotografias não são preto e branco.
São preto escuro
Perdoe minha ignorância
Se eu não souber falar
Se eu não souber amar
Se eu não souber escutar
Perdoe minha ignorância!
Se eu não souber fazer
Se eu não souber escrever
Se eu não souber dizer
Perdoe minha ignorância!
Se eu não souber decidir
Se eu não souber dividir
Se eu não souber sorrir
Perdoe minha ignorância!
Se eu não souber compor
Se eu não souber propor
Se eu não souber seja lá o que for
Eu só te peço por favor
Perdoe minha ignorância!
A falta de conhecimento acompanha o homem para um lugar de extrema ignorância. Quando isso se manifesta em um governo, você observa como homens medíocres explanam suas teses, colocando a sociedade em um pilar de pobreza social inimaginável.
Carlos Alberto Blanc
Os líderes medíocres rastejam sob o limiar da ignorância. Entretanto, os líderes de sucesso caminham na estrada com as vias do conhecimento.
José Guaracir
O homem é produto da IGNORÂNCIA, medo e do meio também.
E o pior lugar para ensandecer as mentalidades, é a onde as mesmas não podendo sair, acabam ficando reféns de outros insanos, e eles as usando, estão fazendo suas lavagens cerebral.
E fazem com o bom senso crítico desses Indivíduos, que acaba indo junto com a lógica e razão direto para o RALO.
" Não menospreze, o que desconheces pois, sua ignorância vai lembrá-lo que disseres serão rasas, é tudo o disseres serão reflexões de quem eres verdadeiramente em tua existência.
O pior destes ignorantes -----
são aqueles que agem pelo que acreditam, sem estabelecer dois pontos em intersecções do alinhamento do desconhecido. "
Poemas rudes e ignorantes
Brigando na avenida
Por causa de palavras erradas
Que foram ditas.
Um fala de mar
E o outro oceano.
Um fala de vida
E o outro viver.
No fim,
Tudo acaba em poesia...
Frustro-me com a ignorância
Da tola contemporânea
Sociedade conterrânea.
Não sente gosto nem fragrância
Da ciência ou da decência
E despreza a sapiência.
O HOJE
Aprendi que a ignorância...
Não é dor...
Mas sim , um estado pior...
Vives as certezas do errado...
Dum mundo escuro e apagado...
Do incerto que te orgulhas...
Do engano disfarçado...
A sombra te segue e seguirá...
Mesmo como sol apagado...
Carregas as dúvidas que alimentaste...
A fome que ordenaste...
Faltou o espelho,que nunca olhaste...
A humildade que recusaste...
Preferindo a Hipocrisia...
Mas Alguém, que não tu...
Te levará..num minuto ,hora ou dia.
Rendo-me à minha ignorância
E à sobrepujança dos meus defeitos
Faço delas a alavanca
D’alguma esperança que vibra em meu peito.
Sonho-me como quem é criança
E troca a fiança dos próprios feitos
Ensino-me a andança
D’estranha confiança que trago no jeito.
CHAMAS
Que tua ignorância morra.
Putrefato ser distante sem essência.
Santa criatura escolhida.
Tu me enfadas com vossas queixas,
Com vossos dogmas.
Profetas insanos posseiros sois vós.
Grileiros patifes! Donos de coisa alguma!
Deixai-me com a minha insensatez.
Vossa régua é torta.
Fora daqui!
Don Tiago da R. Sales Piauhy, Sampa, Sp, Novembro, 2020
