Poemas de Gênios

Cerca de 2508 poemas de Gênios

"Dentro de mim, no entanto, tenho algo que supera a aparência. Todo o resto é adorno, enfeite da dor."

Do sonho a realidade. Da noctibulância o piso quente-frio da litosfera. Espera eu deglutir, digerir. Reordenar as atividades nucléicas e produzir as enzimas certas para empatar essa ambigüidade. Que forçoso é estar com os sentimentos nos céus e os pés no chão. Ter o infinito na palma da mão e o universo numa casca de noz e considerar rei do espaço infinito...

Laertes para Ofélia in Hamlet:
Cuidado, Ofélia amiga! Fica na retaguarda dos anseios, a coberto dos botes dos desejos. Já a prodigalidade é numa virgem revelar a beleza à própria lua. Da calúnia a virtude não se livra. Muitas vezes, o verme estraga as flores primaveris, bem antes de se abrirem. No orvalho e na manhã da mocidade o vento contagioso é mais certo. A mocidade é inimiga de si mesma.

Mais aguçada do que os dentes de uma serpente é a ingratidão de um filho. (Rei Lear)

Meu único amor, nascido de meu único ódio! Cedo demais o vi, ignorando-lhe o nome, e tarde demais fiquei sabendo quem é

O trabalho que fazemos com prazer cura a canseira que dele mesmo advém. (Macbeth)

⁠Vê como o meu anel se ajusta ao teu dedo, tal como o teu peito encerra meu triste coração. Usa-los ambos, porque ambos são teus, e se for lícito a este teu pobre e dedicado servo implorar um favor à tua graciosa mão, para todo o sempre assim confirmarias a sua felicidade.

William Shakespeare
Ricardo III (1597).

"⁠Ame-me ou odei-me,ambas estão ao meu favor: Se você me ama,eu vou estar sempre no seu coração,se você me odeia,eu vou estar sempre na sua mente".

Apaga-te, apaga-te, chama breve! A vida é apenas uma sombra ambulante, um pobre ator que por uma hora se empavona e se agita no palco, sem que depois seja ouvido; é uma história contada por idiotas, cheia de fúria e barulho, que nada significa.

William Shakespeare
Macbeth (1623).

Suas idéias razoáveis são como dois grãos de trigo perdidos em dois alqueires de palha: gastais um dia inteiro para encontrá-los; mas, uma vez achados, não compensam o trabalho.

És para meus pensamentos como alimento para a vida, ou como as
chuvas brandas para o solo em época deseca.

Essa é a maravilhosa tolice do mundo: quando as coisas não nos correm bem — muitas vezes por culpa de nossos próprios excessos — pomos a culpa de nossos desastres no sol, na lua e nas estrelas, como se fôssemos celerados por necessidade, tolos por compulsão celeste, velhacos, ladrões e traidores pelo predomínio das esferas; bêbedos, mentirosos e adúlteros, pela obediência forçosa a influências planetárias, sendo toda nossa ruindade atribuída à influência divina... Ótima escapatória para o homem, esse mestre da devassidão, responsabilizar as estrelas por sua natureza de bode. Meu pai se juntou à minha mãe sob a cauda do Dragão e minha natividade se deu sob a Grande Ursa: de onde se segue que eu tenho de ser violento e lascivo. Pelo pé de Deus! Eu teria sido o que sou, ainda que a mais virginal estrela do firmamento houvesse piscado por ocasião de minha bastardização.

Quando um pai dá a seu filho, ambos riem:
Quando um filho dá ao p​a​i, ambos choram...

Tu te lanças ao céu para agarrar uma ideia, e depois a trazes para a terra e a transformas em ação.

Ninguém perde nada de reputação a não ser que se considere como perdedor. (Otelo)

O mal que os homens fazem sobrevive a eles; o bem
geralmente é sepultado com seus ossos.

Não tenham medo da grandeza. Alguns nascem grandes, alguns conseguem a grandeza , e outros têm a grandeza imposta a eles.

Chorar, depois de salvo, uma desgraça, é chamar outra ainda mais feia e crassa.

William Shakespeare
Otelo. Edição Ridendo Castigat Mores.

Chegará o dia em que as torres coroadas de nuvens, os palácios resplandecentes, e mesmo o globo imenso e tudo o quanto lhe pertence, vão desaparecer sem deixar rastro, como se dissolveu esse espetáculo.
Somos dessa matéria de que os sonhos são feitos, e a nossa vida é breve é circundada pelo sono.

Esta é a grande tolice do mundo, a de que quando vai mal a nossa fortuna - muitas vezes como resultado de nosso próprio comportamento - culpamos pelos nossos erros o sol, a luz e as estrelas, como se fôssemos vilões por necessidade, tolos por compulsão celeste, safados, bêbados, mentirosos e adúlteros por obediência forçada a influencias planetárias; e tudo aquilo que somos maus por impacto divino.
(Rei Lear)