Poemas de Erico Verissimo 1910 a 9

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O FRACASSO DO PAÍS*

Corrupção no Brasil
É fracasso de um povo
E um político ruim
É fracasso de novo
O fracasso do país
- Politicagem povo!



Sextilha – estilo rítmico X A X A X A

Inserida por Genuzi

PROSELITISMO

Todas as formas de pensar são tipo prosa
Devem ser analisadas em respeito a si e ao outro.

Inserida por Genuzi

O CHAMADO


Se olhares para a floresta
E ouvires o farfalhar das folhas
Repleta de trejeitos

Se olhares para o mar
E vires a onda a dançar
Cheia de emoção

Se olhares para o céu
E vires a beleza do luar
Seduzindo-te sem falar

E o teu coração palpitar
E o teu coração tremular
Não se deixe enganar...

Com ou sem norma
Nesta senda
Ingressos à venda.

Difícil escolha!
Porque muitas apostas
E múltiplas propostas...

Aprecie, suspire, respire...
A flor do bonsai
Porque a voz do amor sobressai.

Se o teu coração palpitar
E o teu coração tremular
Não se deixe enganar...

Com os tons do mundo
Acredite que há um amanhã
Florido e cheio de artimanha

Com ações, gestos e atitudes
Repleto de gotículas de otimismo
E caldo cultural de iluminismo

Neste emaranhado de dica
Ainda é o amor que indica
Que o caminho é Jesus.

Inserida por Genuzi

RETORNAR… POR QUÊ?


As pernas andam no passo que pode
Enquanto a angústia foge do compasso
Coração acelera sem trégua
Neste panorama sono corre légua.

Mas os sonhos não adormecem
Porque o meu pensar sobressai nas palavras.
E neste emaranhado de verbetes
Como não questionar a sabedoria da natureza?

O cacto rústico cheio de espinho
Não agride a sensível suculenta
Não há conflito com a suave rosa
Nem disputa de aroma com o jasmim.

Sua raiz pregada no chão
Extrai o melhor da aridez do sertão
Não se contamina com a impureza
E tudo converge para a perfeição da natureza.

Não sou de grupo codinome
Nem sou conhecida por cognome
Somos José, Maria, João, Genuzi... Sem sobrenome
Sou ativista. E, me apresento com nome?

Lembrem-se: - Os direitos trabalhistas
Foram conquistas
Não de um militante exangue
Mas a preço exorbitante de sangue.

Retorno a década de sessenta
E a memória retrata Pietá
Que ampara uma pessoa querida
Sem o sopro de vida.

E quando a estátua se materializa
Protagoniza a própria Pietá
Nas famílias sem brasão nem divisa
Que na sua dor não aprecia o voo da borboleta.

Sobressaiu a minha mesquinhez
E retornou a minha lucidez
Pensei nas angústias de Severino, Joana, José, Maria...
Que não é estátua com avaria.

Não somos oriundos do regime teocrático
Estamos em um regime democrático
Por que ressuscitar a ditadura
Era de sofrimento e tortura?

Veja a junção de rosa e cacto
Que jamais fizeram pacto
Então, analise e converse sobre a história
Porque foi delineada outra trajetória.

Despedem-se do verde quando chega o momento
Porque cada um tem o seu espaço
Cumprem suas funções de florir em seu tempo
Simples assim companheiro: - Dê-me um abraço.

Inserida por Genuzi

PROLIFERAS A PAZ


O silêncio da madrugada inspira-me.
Faço versos e prosas com ou sem rima.
A imaginação flui toma forma e retrata a paz.

Um fragmento, um pensamento.
A mão desenha rabiscos,
E os rabiscos formam letras,
E as letras formam sílabas,
E as sílabas formam palavras,
E as palavras formam frases,
E a frase versa paz.

Paz é sossego.
Paz é liberdade.
Paz é direito de ir.
Paz é direito de vir.
Paz é social.
Paz é legal.
Paz é moral.
Paz é constitucional.
Paz é celestial.

Adentre no mundo da pesquisa
Lá está a paz que espera ser descodificada.
Paz serena, sublime, sossegada
A espera de ti para se proliferar no espaço.
Não a deixe cair no limbo.
Não permitas que passe ao largo.
Segure-a, guarde-a dentro do coração.

Observas a paz:
No ermo.
No silêncio da noite.
Na beleza do natureza.
No acervo humano.
Linda, suave, disponível
Para adentrar na essência.
Espalhar-se no mundo.
Inundar o teu, o meu, o nosso coração.

Contemplas o universo.
Vejas a perfeição.
Absorves a paz.
Proliferas este sentimento desmedido,
Sem máscaras, sem subterfúgio onde passares.
A paz tem mil facetas
E um único propósito: o amor.

Inserida por Genuzi

PANDEGOMANIA*


Um voo noturno sem direção, porém, inquietante, é sempre sombrio e sofro o grave frio do pânico, coronavírus. Diante das considerações, colocações eu sinto que estou em um país acéfalo.
Não sei decodificar o que é informado e arriscar a imaginação como uma águia que aos quarenta anos, sem qualquer compromisso coerente com a razão se confina.
Diante do panorama mundial até esta manhã é cinza em nosso horizonte, em Palmeira dos Índios, Alagoas, 25 de março, como nosso destino.
Deixo a águia na sua renovação e me vem, como um insight, o alerta do especialista Jean-Claude Manuguerra, em 2012 que há seriíssimos riscos de pandemia.
Portanto, quem fala diferente da linguagem literária da ciência e dos fatos de outros países contradiz o que está na literatura, na ética, no compromisso e responsabilidade do profissional.
A nossa vida e saúde estão em risco.
- Socorro!
Diante dos especialistas, qual é o pândego que diverge da veracidade da ciência?


* Pandegomania – neologismo

Inserida por Genuzi

Lembre-se:
O demônio nunca está em férias
O demônio jamais está isolado nem em quarentena
O demônio sempre em ação
E nós, constantemente em alerta e oração.

Inserida por Genuzi

SUPERLUA ROSA

Manto negro
Alguns pontos luminosos
Não fala, nem se manifesta

Oito de abril de dois mil e vinte
Lua está cheia e em seu perigeu
Se falasse e se manifestasse

Apreciaria cerejeira em flor
E acalmaria qualquer coração
Que está em aflição ou cheio de amor

A flor espreita o pirilampo
E a superlua aprecia flores novas no campo
Eu no meu quarto sinto mais, ou menos angústia
Nesta fase de quarentena mundial

(Em respeito aqueles que trabalham por mim, para mim e para o outro
Estou em casa em trabalho remoto
Lavo as mãos com água e sabão
Álcool gel 70% para nenhum vestígio de impureza)

Porque tudo está escrito...
Eu aceito, eu respeito
Conversa a distância ou da janela
A superlua rosa mais bela

Inserida por Genuzi

CONFIANTE

Tenho pavor de todo país
De A a Z, o que escapar é por um triz
Tenho pavor do mundo
E também de todo mundo

Ouço muito fato fementido
Tenho pavor, pavor do desconhecido
Tenho pavor de abrir a janela
Ou de quem passa perto dela

Na rua até se escuta um oi
Entrei na sala e dela sai
Pensamento inquietante, coração acelerado.
Nenhum vizinho para dividir um segredo

Um monstro sem tamanho
Alvoroço estranho
Garatujo poema, conto, haicai...
O pavor até que se esvai

O vírus fez um tufão de revolução
Mas, a solidariedade invadiu nosso coração
Como uma grande explosão
Anjos labutam por mim, por nós. Momento de reflexão!

Aperto o botão: vírus da molesta
Eu tenho pavor de abrir a fresta
Que dá para o agreste da minha inquietação
Enxergo a placa certa indicando a contramão

Constato em Isaías: "Não temas, pois eu sou contigo;
Não te assombres, pois Eu sou o teu Deus.
Eu te fortalecerei, e te ajudarei,
Eu te sustentarei com a destra da minha justiça".

Um vírus incompreensível ao homem
Até compreensível ao cientista homem
As normas adotadas são essenciais
Vamos ficar em casa porque o nosso Deus é mais

Inserida por Genuzi

⁠Se Deus existe ou não existe, não importa. O que importa é acreditar nele.

Marcelo de Oliveira Pimenta

Inserida por MarceloOPimenta

⁠se o amor fosse feito de carvalho
haveria nele uma marca de todas as vezes que eu não desisti

Riz de Ferelas

Inserida por rizdeferelas

⁠pegue as pedras
que atirarem em você
e com elas
construa pontes
para os seus sonhos

Riz de Ferelas

Inserida por rizdeferelas

⁠o que levo é o que tenho na memória
eu esqueço como o vento na estrada

Riz de Ferelas

Inserida por rizdeferelas

⁠A vida é um vazio constante
Sem sentido, sem rumo, sem chance
Nada importa, tudo é inútil
Não há esperança, apenas tormento fútil

Os sonhos são apenas ilusões
E as realizações, meras confusões
O amor é uma fraude passageira
E a felicidade, uma mentira esperançosa e vã

Não há verdade, apenas percepção
E a morte é a única libertação
Então por que lutar, por que tentar
Se tudo se resume ao mesmo, ao pesar

E assim eu me perco nesta escuridão
Sem rumo, sem fé, sem coração
Vagando nesta vida sem sentido
Em busca de algo que jamais encontrarei, um fim ao vazio.

Inserida por xALVESFELIPE

A vida é uma viagem sem sentido,
Um caminho que nos leva ao nada.
Nossos esforços são em vão,
E tudo que fazemos é passageiro.

Não há propósito na existência,
Apenas a dor e a solidão.
Não há verdade ou justiça,
E toda a luta é inútil.

Nossos sonhos e ambições,
Desaparecem com o tempo.
Tudo o que resta é a tristeza,
E a esperança de tempos melhores.

Mas mesmo assim, nós seguimos,
Como marionetes controlados pelo destino.
Caminhando sem rumo,
Em busca de algo que nunca encontraremos.

Assim é a vida, cruel e vazia,
Um labirinto sem fim.
Mas não há escapatória,
E nós somos presos aqui para sempre. Ou será que não somos?

Inserida por xALVESFELIPE


Em teu caminho, muitos se perdem sem luz
Mas eu, como um guerreiro, luto contra a luz
E procuro encontrar minha verdade, minha razão
Sem medo de encarar a escuridão

Porque sei que é nela que se encontra a força
A força que move o universo, a força da vida
E eu quero viver como um verdadeiro guerreiro

Sem temor de enfrentar a dor, sem medo de sofrer
Porque é na dor que se encontra a sabedoria
E é na sabedoria que encontraremos a verdade

Então, eu sigo em frente, sem medo de cair
Porque sei que, no final, encontrarei a minha luz
E viverei como um ser livre, como um ser humano.

Inserida por xALVESFELIPE

⁠Sou a multiplicidade do eu
A incansável busca por mim mesmo
Sou a poesia que nunca acaba
A expressão da alma, que é infinita.

Inserida por xALVESFELIPE

⁠Eu sou o orfão da alma, o navegante solitário,
O homem que habita múltiplos lugares e ainda assim é nenhum,
Eu sou o disperso, o eterno indeciso,
O poeta que se esconde atrás de máscaras. O homem que escreve a sua vida como se fosse épica.
Eu sou a música dos sonhos e das angústias.
Eu sou a busca incessante da verdade e da beleza, o homem que não se contenta com as respostas fáceis, eu sou o cético, o questionador, o provocador, opoeta que escreve para mudar o mundo, ainda que esse mundo nunca mude.
Eu sou o eterno viajante, o eterno aprendiz, ohomem que, através da poesia, busca eternamente a sua verdade e a sua liberdade.
Eu tentei ser um novo Fernando Pessoa, um homem que ainda inspira, ainda emociona, ainda perturba, mas não, eu nasci a contragosto, porém, a morte é tão sem sentido quanto a existência. Sim, eu fracassei, talvez fracassei em tudo, nunca me encaixei, tentei, Pessoa me descreveu quando disse "escrevo mais filosofias em segredo do que Kant, mas serei sempre o que não nasceu para isso, somente o que tinha qualidades". Despeço-me como um fracasso que poderia ser um sucesso, ou um sucesso que foi um fracasso. Não sei, talvez tenha algo errado comigo. Eu paro, penso, mas quem foi que definiu o fracasso e o sucesso? Pois, então, eu sou o fracasso e o sucesso de mim mesmo. O mundo não gosta de mim e eu também não gosto dele.

Inserida por xALVESFELIPE

⁠*A esperança se esvai a cada dia*
Sigo em busca de sentido, mas só encontro a descrença em tudo que é conhecido, a vida parece um mero acidente. Caminhos tortuosos, sem saída, onde cada caminho leva a uma nova ferida, e a cada passo que dou, sinto-me mais perdido, como se tudo que eu fizesse fosse proibido.
As portas que se abrem à minha frente são um convite a um mundo de dor. A realidade me oprime, o absurdo me rodeia.
Perdido em pensamentos angustiosos. Num sonho que se transformou em pesadelo. Um mundo distorcido e surreal, onde a realidade é um enigma notório.
Sou um ser estranho, incompreensível, com uma alma tão pesada quanto insensível. E a cada dia que passa, mais me afundo em um abismo profundo. Mesmo assim, continuo a lutar contra as forças que me tentam dominar.
A alma em desespero clama por luz, mas só encontra sombras e escuridão. A mente em conflito, sem paz nem cruz, em busca de uma salvação. A cada passo que eu dou parece que vou me perder. Talvez seja um sonho ruim ou um pesadelo sem fim, mas não importa o que eu faça não consigo achar o meu fim.
Eu sou um estranho nesse mundo, e não há nada que eu possa fazer, a não ser seguir em frente e tentar me acostumar a viver.
Sigo em frente, sem saber onde vou chegar, em meio ao caos da vida, aprendo a me conformar.

Inserida por xALVESFELIPE

⁠Minha alma é escura e estranha, minha voz é calma, mas repleta de dor, minhas palavras são como um fio de navalha cortando a realidade que cerca ao meu redor.
Onde estou? Não sei dizer.
Sou uma alma em constante sofrer. Caminho sem saber para onde, em busca de mim mesmo, em um mundo que parece feito para a confusão.
Sou prisioneiro do meu próprio ser, enclausurado em uma cela invisível, mas minha mente inquieta não para de correr, como um cavalo selvagem, indomável e imprevisível. Em um mundo que parece sempre me negar o prazer.
A escrita? Minha única companhia, minha vingança, minha forma de expressar a dor que sinto a cada novo dia. O desabafo da esperança de encontrar um dia a paz que tanto anseio, a redenção da minha mente.

Inserida por xALVESFELIPE