Poemas de Erico Verissimo 1910 a 8
Na ânsia de catalogar desejos, sofrimentos e identidades, transformamos a complexidade humana em produto vendável, enquanto perdemos de vista a essência do ser.
A tecnologia democratizou a fala, mas também criou megafones para discursos vazios, agressivos e oportunistas.
Quando tudo é permitido e nenhuma escolha tem peso, a liberdade se torna fardo, e a existência, um território estéril, onde nada importa de verdade.
Enquanto insistirmos em acreditar que leis, política e ideologias resolverão todos os dilemas da condição humana, permaneceremos órfãos de sentido.
O psicologo Skinner, da escola Behaviorista, foi um sujeito de sorte: ele se comunicava com ratos e pombos por meio de estímulos, e sempre tinha respostas!
Não foi a rede social que gerou o vazio intelectual; foi o vazio que ali encontrou seu palco ideal.
Interatividade não é liberdade; é só a possibilidade fantasiada de escolha, a facilidade disfarçada de voz.
Entre a conveniência de seguir tendências e a inteligência de produzir tendências, revela-se a essência e a competência de cada um.
Todo poder que não passa por um sistema de pesos e contrapesos, critérios e balizas tende a degenerar mais rapidamente.
Dentro das inúmeras percepções contaminadas e imperfeitas, que a vida nos apresenta deliciosamente, faz-se mister, verdadeiramente a questão de vermos, e ao sentirmo-nos de forma benéfica e positiva a vida.
Até quando?
Nunca estamos preparados para o luto; ele nos tira do prumo, mas só atravessando por inteiro voltamos ao rumo.
Consciência crítica e liberdade de expressão são privilégios de poucos; a maioria batalha para assegurar o pão nosso de cada dia.
*- VIDA: OBJETIVOS OU PROPÓSITO?!!!* (Victor Antunes) Analise seu dia; cada dia. Observe se você está cumprindo ou já cumpriu com aquilo que funda sua existência. Observe que o que fazemos é tentar cumprir objetivos para vivermos bem: nós estudamos, planejamos, trabalhamos, sempre em prol de tudo que nos faça obter os bens de consumo que nos trazem prazeres; observe que muito provavelmente é o que de fato temos feito. E é por isso que nos vilipendiamos: vivemos nossas vidas pelos objetivos que as tornam mais satisfatorias, e as saciedades cobram preço alto. No entanto podemos nos permitir refletir que a vida não nos foi dada para cumprirmos objetivos; tampouco para uma saciedade individual e mesquinha dos sentidos que ela pulsa; o que a vida pulsa sempre é a revelação de que os objetivos servem para alcançarmos propósitos. A vida, portanto, deveria ser fundada em alcançarmos o seu propósito. E esse parece que é simples: existir. Existir é o propósito da vida, e não simplesmente vivê-la. E por conta disso, acho que esse propósito vai além dos prazeres e captação das saciedades dos sentidos. Se os objetivos urgem para vivermos, viver urge a existêncía. Para isso devemos ter em mente que nossos objetivos tem estado enviesados porque não clamam, na vida, a iluminação. A iluminação e um pressuposto fundamental ao propósito. Ela transcende à morte porque está na realidade da luz de tudo que ainda não vemos: a luz da plena existência. Se os objetivos servem para serem alcançados como metas, os propositos são, portanto, tudo aquilo que nos fundam. Não haverá sentido na vida de um cenciente se o propósito não for existir além dela. Viver o objetivo de ficar rico ou poderoso não é decididamente o que nos funda: o que urge não é isso. DEUS seja Louvado! (Victor Antunes).
