Poemas de Erico Verissimo 1910 a 8
Há coisas menos importantes que não estão ao alcance e cobiçam-se. Há outras de grande significado que estão nas mãos e não se valorizam.
Quem se cala nem sempre consente. O sábio silencia-se, algumas vezes, porque sabe reconhecer o momento adequado para ser ouvido e quem deve merecer sua voz.
Tudo que eu queria era me despedir agora, tudo que eu queria era prever o amanhã, tudo que eu queria... Bom, era não estar aqui
Cada vez que chega à noite para fechar meus olhos, sinto seus supiros no meu ouvido e seu perfume de mulher que você deixou impregnado em meu coração...
A morte é a maior adversária da soberba, o homem orgulhoso não se conforma com a sucumbência da vida.
A ocupação cotidiano nos distrai, o tempo passa e lá se vai.
Quão diferença faz, tempo que não volta mais.
Prefiro caminhar por caminhos estreitos e distantes, onde eu possa refletir sobre a vida, sem ninguém para me estressar. Prefiro caminhar sozinho na ida e se eu voltar talvez traga alguém comigo
Ficar sozinho não é tão trágico, pois nesse mundo imenso algumas experiências não vale a pena dividir
No momento em que assenhoreia muitas pessoas ao seu dispor, não enaltece aquela que te venera sobre todas as outras. E quando vem a solitude, também vem em mente aquela pessoa que tanto te prezava e hoje, só lembranças e reconhecimento do que um dia foi um devaneio.
O horário de verão deveria ser aplicado em doses homeopáticas, de 10 em 10 minutos. De uma hora para outra é foda.
Se existe a tal Fonte da Juventude, ela encontra-se no espaço compreendido entre a mesa, a lousa e a área pela qual caminha e ensina um professor.
Compensa mais a prateleira do supermercado se esvaziando de produtos do que a da agência de propaganda se enchendo de estátuas.
