Poemas de Erico Verissimo 1910 a 8
"Tente... e se porventura não der certo,
aprenda a fazer um filme bonito disso.
Os poemas inspirados, escreva num livro.
Observe o entrelaçar dos galhos
em um pleno outono.
E sinta o balançar da rede,
a embalar os seus sonhos..."
Eu tô sem inspiração
Para poemas
Estou sem auto estima para rimar
Hoje o dia amanheceu em silêncio
Sem a sua presença para alegrar
Sem aquele seu BOM DIA que me esperta
Sem aquele BOM DIA para se levantar
Cheiros em poemas
Melhor pecado
Abraço forte
Tatuo meus sonhos
Toco em ti
Você
Desenho com fios dourados
Te pinto em arco Íris
Cores
Que vejo nos olhos teus
Puro mel
Tua boca
Pedacinhos de céu
Mar
Lindo sol
De ti, brotam versos
Florescem poesias
Canções
De ti
Desejos e flor !
19/06/2020
Escritos no viés
Versos, notas, palavras
Poemas, cartas, cordéis
Fiz versos sem encontrar palavras
Com notas em tiras de viés
Compus poemas e coloquei em cartas
Rimadas como os cordéis
Versos tão gostosos
Com palavras jogadas aos seus pés
Seu sorriso foi tão solto
Que faltou só um pouco
Para chegar ao céu
Pena que foram só cartas
Rimadas como um cordel
As respostas das suas cartas
Chegaram para encher de graça
E me levar para conhecer o céu.
Daniel B. Souza
POEMAS
As vezes paro e penso
Nos poemas que compus,
Tanta idéias na cachola
Tanta glória, tanta luz.
Quando falam em poesia
Fico todo esfuziante,
É uma coisa magnifica
Que me enche de emoção.
Os poemas que escrevo
Na verdade são presentes,
Palavras ritmadas
Feita de coração.
Para crianças e idosos
Não importa a idade,
São tantos pensamentos
Muita criatividade.
São livres como o vento,
Nem um deles me pertence,
Os poemas que compus,
São presentes para o gueto.
DOIS POEMAS
Em que idioma te direi
este amor sem nome
que é servo e rei?
Como o direi?
Como o calarei?
*
É como se a noite se molhasse
repentinamente, quando choras.
É como se o dia se demorasse,
quando te espero e tu te demoras.
Aonde foi parar aquele beijo ensaiado
Trêmulo, gelado, impaciente?
E os poemas que lhe acompanhavam
Num papel meio amassado
Declarando o amor
Do beijador presente?
Na velocidade de um piscar de olhos
Intenso como o impacto de um meteoro
Na festinha vulgar de alguém popular
Ele se suicidou
De boca em boca
Perdeu seu gosto
E por fim
Todo o seu valor
E por fim
Onde foi parar a franqueza ?
Francamente
Antes que eu me esqueça de ser “gente”
Peço ao mundo que me esqueça
Peço a ele que me deixe
Ser anormal assim
Quadrada assim
Por fora assim
Feliz assim
Te amarei eternamente, meu pai...
E viva eu, cá na terra, sempre triste.
Os poemas que eu escrevo
Saem-me da palma da mão
A tinta sai dos meus olhos
E a pena do coração.
Amarei o senhor para sempre, meu pai.
Poeta
Dos seus versos a poemas,
Pensamentos no papel
Poeta, na suas lembranças,
Amores,sonhos
Como entender?
Poeta, que vê poesia em um olhar,
Mas também amargas palavras
Poeta, solitário,sonhador,
Mentiroso ou realista
Poeta, nem sempre compreendido,
Palavras confusas, sem rima sem graça
Poeta, como entender tua alma?
Poeta, como enxergar com teus olhos?
Ah! Poeta, se nem tu se entende
Como queres que eu compreenda
Os sentimentos de um
Poeta!
“O que te agrada?”
Agradar você
Não é fácil,
Já tentei de tudo
Poemas, poesias
Presentes, uma palavra.
Mas sempre quer mais.
Diga-me o que faço,
Para agradar você.
Não é fácil!
Diga-me, como, por que...?
Se há algo que eu
Possa fazer.
Pra tentar agradar você.
Peça algo, o céu, a lua...
O que for.
Quero ver é a felicidade sua.
Algodão doce, um pote de mel?
Um carinho no cabelo, um cafuné?
Diga-me o que faço.
Para agradar você,
Faço o que você quiser.
16/07/2010
Eu quero a paz de meu jardim,
um lugar só meu,
onde eu possa sussurrar poemas
e canções ao silêncio.
Nós precisamos de tão pouco,
e é exatamente nos momentos
de ganancia de varias formas
que viemos a nos tornar inferno
para nós mesmos e para os outros.
DÚVIDA
As vezes amo poemas
As vezes temo
Têm poder assustador
Libertam
Prendem
Abrem olhos
Vendam
Machucam
Acarinham
Lembram
Anestesiam
Mostram caminhos
Criam atalhos
Matam
E fazem renascer
Brotam
Secam
Apagam
Iluminam
Iludem
Desmascaram...
As vezes amo poemas
As vezes os temo
Sou poema
Me amo.
E as vezes...
Tenho medo de mim.
SOU
Sou o que meus poemas dizem
E eu não posso contar.
Quando as palavras escasseiam
E os pensamentos vagueiam
Na imensidão de um mundo sem par.
Sou água, terra, fogo, ar.
Sou química fortemente,
Fé inconsistente
E da amante amada,
Apaixonada ou criança eterna
À mulher materna,
Sou esperança, eternamente...
Os teus Poemas
São muito mais do que profundos os teus poemas
São imagens na água, nas ruínas
São malditos. São perfeitos.
São feitos por mãos divinas
São cósmicos, são rarefeitos.
São palavras que mordem, que têm efeito
é a falta de palavras nas próprias frases
é o que dizes ou o que fazes
é o olhar quase desfeito
Moro com poemas....
Fiz de meus poemas o meu abrigo...
Aonde pudesse esconder minhas verdades...
Aonde eu pudesse expressar minhas tristezas,
Aonde eu pudesse esclarecer minhas mentiras,
Aonde eu pudesse me esconder de mim mesmo.
Meus poemas agora são onde eu moro...
Lá moro sozinho com a solidão...
Lá tenho tudo o que preciso...
E tudo que preciso é de meus poemas.
Minha vida depende deles
Sem eles não sei como me expressar,
Não sei como agir,
Não sei se consigo respirar...
Simplesmente sem eles eu não vivo.
E é por isso que resolvi fazer de meus poemas, meu abrigo.
Ela está ausente,
mas permanece calada,
no mesmo lugar…
Quietinha, lendo seu livro de poemas,
em uma pracinha qualquer…
Ela para, vê a pessoa que à faz
perder o sono todas as noites,
perde o folego, abaixa a cabeça,
e continua ali, calada…
Ela tenta se aproximar,
mas pra serem só amigos,
não iria adiantar…
O que ela quer mesmo é ser amada também…
Eu sou rimas de amor
Que canta e encanta
Que escreve versos e cartas de amor
Que ler poemas e poesias com delicadeza
Para quem ama em cima da cama
Debaixo do cobertor.
Palavras, poemas, apelo da alma.
Escrita, que grita, agita, acalma.
Que muito expressa e pouco ajuda...
É fato, é ato de fuga e saída.
Que acode a poeta, eclode na vida,
Mas deixa a queixa, não mata e nem muda.
