Poemas de Erico Verissimo 1910 a 8

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Não podemos deixar de ser difusos com os ignorantes, mas devemos ser concisos com os inteligentes.

Hoje, setenta por cento da humanidade ainda morre de fome... e trinta por cento faz dieta.

É uma perfeição absoluta, dir-se-ia divina, sabermos desfrutar lealmente do nosso ser.

É falso que a igualdade seja uma lei da natureza. A natureza não faz nada igual; a sua lei soberana é a subordinação e a dependência.

Aqueles que nós definimos como os nossos dias mais belos não são mais do que um brilhante relâmpago numa noite de tempestade.

O deleite imaginado é muito maior que o gozado, embora nos verdadeiros gostos deva ser o contrário.

Num Estado, isto é, numa sociedade onde há leis, a liberdade só pode consistir em poder fazer-se o que se deve querer e em não estar obrigado a fazer o que não se deve querer.

O avarento mais preferiria que o sol fosse de ouro para o cunhar, do que ter luz para ver e viver.

Não construais estátuas aos vossos heróis, é melhor erguer estátuas às vossas vítimas.

Os soberbos são ordinariamente ingratos; consideram os benefícios como tributos que se lhes devem.

Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado).

Em matérias e opiniões políticas os crimes de um tempo são algumas vezes virtudes em outro.

A tortura é uma invenção maravilhosa e absolutamente segura para causar a perda de um inocente.

Na mocidade buscamos as companhias, na velhice evitamo-las: nesta idade conhecemos melhor os homens e as coisas.

Sem as ilusões da nossa imaginação, o capital da felicidade humana seria muito diminuto e limitado.

Há que, na medida do possível, prestar favores a todos: quantas vezes não precisamos de quem é menos do que nós.

Há males na vida humana que são preservados de outros maiores, e muitas vezes ocasionam bens incalculáveis.

Um homem que acaba de arranjar um emprego já não faz uso do espírito e da razão para regrar a sua conduta e as suas atitudes perante os outros: toma de empréstimo a regra do seu posto e da sua situação; donde o esquecimento, a altivez, a arrogância, a dureza e a ingratidão.

Embora possamos ser sábios do saber alheio, sensatos só poderíamos sê-lo graças à nossa própria sensatez.

Os acontecimentos políticos humilham e desabonam mais a sabedoria humana que quaisquer outros eventos deste mundo.