Poemas de Deuses do Amor

Cerca de 271348 frases e pensamentos: Poemas de Deuses do Amor

PEDI UM SONHO (soneto)

Fui pedir um sonho para a doce poesia
Quis pedi-lo, ao desdém, me disse não
Os desamores não sabem, lá onde estão
A inspiração que criam o carinho no dia

A poesia suspira... é cheia de ousadia
Quando o amor é rima com a emoção
E se tem a paixão, ah! é de total razão
Então, quis arrancar-lhe tudo que podia

Aí os afagos raros, vieram ao meu lado
Nos dedos escorreram o afeto intacto
Aonde pude me ver, assim, denodado

E o trovar apaixonado, surgiu em flor
Perfume dos cravos, rosas, num pacto
Que o sonho seria a firmeza do amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/03/2020, 10’36” – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

BREU PROFUNDO (soneto)

Em cada estrela no céu a palpitar
Na imensidão do breu profundo
Me sinto agora em outro mundo
Quase sem ruído, tudo a silenciar

Noite. De um negror moribundo
O veto proceloso na greta a uivar
E o sonho sem ter como sonhar
As horas mais lentas no segundo

E a voz da solidão no abandono
Que nas sombras se escondem
Azoado, sinto o hálito do sono

Minha alma tal como um refém
Devaneia na saudade sem abono
Na escureza velando por alguém

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01/04/2020, 19’29” - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO OCULTO

Tua poesia veio a mim. Donde viera?
Que canto? Que harmonia? Encanto
Rima doce: - tão sossegada quimera
De leve compasso verso sacrossanto

Inspiração de furiosa paixão sincera
Magnetizando os meus olhos, tanto
Em cada estrofe, que o ledor espera
A todo a leitura, e a todo o recanto

Ai! eu nunca mais consegui esquecer
A fleuma das trovas que ali exalava
E em cada linha o sentimento eleito

E a emoção subiu ao peito sem conter
Os suspiros, que cada verso provocava
Ah! versar: terno, amoroso e perfeito!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03/04/2020, 22’32” – Cerrado mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

Poema perfumado

O meu poetar anda na ilusão
Mesmo assim, ele vai além
Sofrência? Não. Por onde for
Nas rimas do seu amor
És poesia, senso, refém!

Não o tenho pra mais ninguém (só você)
Tentaram detê-lo na saudade
Mas abri-lhe a porta do bem
Na trova solitária, humildade
Porém, nas tuas linhas, sonhos
E aquela romântica vontade
Me fez ter temores medonhos
De um amor com felicidade....

Ai! a lembrança! - dor doída
Ai! Tu! - memória prazerosa

Que acalma a alma sofrida
E perfuma a vida com rosa! ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/04/2020 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

AME PRIMEIRO (soneto)

Quem quiser ter poesia, que ame primeiro
O poetar onde, total, caiba na haste da flor
Ai dos que trovam, e dele não é por inteiro
Se apartam das quimeras e do afável amor

Os versos sorriem, enfim, ao ser certeiro
No peito do poeta que está um amador
No sonho passageiro, da ilusão é herdeiro
O bardo romântico, um eterno sonhador

Ai de quem, gerando-os, nada lhes trouxer
Ai dos que tem o dom e não tem o afeto
Hão de ali perder-te o que a emoção quer

Aí, no silêncio do senso um rimar inquieto
Coração sofredor e da ventura sem saber
Então, redigi solidão no corpo do soneto!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/04/2020, 06’37” – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

abajur

mesmo estando escuro
havia aquele abajur
mesmo sem poesia
havia o lusco fusco da lua
iluminando o teu olhar que luzia
na inspiração, com rima nua
poetando o que não dizia
a paixão... e onde era sua
a minha vontade, o meu amor
hoje, solitário pela rua
os meus versos sem sabor
vai... chora... calado
por onde for
e o abajur apagado...
aí que dor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/05/2020, Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SEPARADO (soneto)

À saudade que sofre, em segredo
De ti, no exilio o peito a suspirar
Palavras sem sentido e enredo
Chora, e faz o poema lacrimejar

Com que estro e aperto azedo
Amargam os versos a lamentar
Causando nas rimas tal medo
Que fende com a dor a rasgar

Nem só desejo poetar o amor
Desejo, nem só canto de amar
Me basta, trovas do teu beijo

Assim, poder ter conto rimador
E as estrofes do seu doce olhar
Na esquina da poesia, almejo...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
03/06/2020 – Triângulo Mineiro, MG
Sertão da Farinha Podre

Inserida por LucianoSpagnol

POR AMAR (soneto)

Por tantos caminhos, aflito e perdido
Imaginei nas venturas ter firmamento
Que inda agora mesmo, neste sentido
O soneto, insiste tê-lo no pensamento

Tudo aquilo que trovo, na rima cabido:
Pranto, sorriso, quando acaso: - bento!
Se aqui ou infinito, até mesmo divertido
São falas do senso advindas do momento

Piedosa inspiração, que minha dor sente
Poetada ao léu, e tantas vezes ao relento
Se lastima, contigo vou também lastimar

E sobre este poetar, se triste ou contente
Rompendo as variedades de um talento
Se com lágrimas, suspiros: é só por amar!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/01/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

VERSOS GENUINOS (soneto)

Não me devaneei na quimera... Perdi-me
Na indecisão, entre os amores. E descobri-o
Junto de ti, vivo, bem vivo... E tão gentio!
E na escolha do querer, ao coração sublime

E há mais do que galgar, sem ser íngreme:
Há o que no desejo, ao tocar, tem arrepio
E no olhar, o tal brilho, aquele que é luzidio
Que faz histórias, e aos sonhos não oprime

Ah! Como é bom contigo estar, ó prenda!
Tão ansiada. Onde a paixão não é fugitiva
E entenda: - és tu a mais feliz das alegrias

Se é uma terna ilusão, ou talvez uma lenda
Assim possa, então, à inspiração ser cativa
E ao amor, os versos genuínos, das poesias

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09/01/2020, 06’35” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

ACORDO (soneto)

Alegro... vejo a ventura em aclive e rama
Toda a sorte, que contenho na alma boa
Abarca-me em glória, e nada me atraiçoa
Pois, estou como os felizes: - sem drama!

Ama! Amo!... que seja pra qualquer pessoa
Sem o desdém que humilha, e que infama
Que põe a destruição como trágica chama
Tisnando a satisfação em ter fé. - Perdoa!

Perdoo... no bem, na piedade, amor e prece
Sem a irrisão que traz ao espírito penúria
Dor, e nenhum consolo... - então esquece!

Espinhos, que na maldade então escorre
Despreze, pois sem piedade se tem fúria
Nada leva. Na certeza da vida: - se morre!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETANDO FELICIDADE

Feliz, em êxtase a alma, o coração sentia
Suspiros. A paz lhe sai da ideia, alucinada
E abarrota-lhe, a palpitar, a fé iluminada
Da fortuna. Em brado e glória de alegria

Ata a agonia fugaz: prende a dor bravia
Na solidão. E se põe na harmonia achada
Num querer ali permanecer, e mais nada
Repousando no agrado, doce companhia

Cheio de sua paz, e de sua oferta cheia
A concórdia traz um olhar tão profundo
Arrancando o amor do repouso secreto

Posso agora resignar, neste alegre soneto
Pois, ao poeta a poesia muda num segundo
E a vida, assim, continua tecendo a sua teia

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/02/2020, 05’10” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

ROUPA NOVA (soneto)

Muita vez houve tristura dentro da emoção!
Peito aberto, de sentimentos tão cristalinos
Sobre os desejos: maiores e os pequeninos
No idear do florescente e amoroso coração

Então, um dia veio, árido, o aspeito da ilusão
Mudar tudo: anunciando os caminhos divinos
Com vibrantes trombetas e badalar dos sinos
Proclamando que o amor não é só de paixão

E a alma, de quimera de asa solta, os sonhos
Pôs-se a sonhar com os devaneios revoando
E planou entre a dura realidade e a fantasia

E, nesta de só ficar em pântanos medonhos
Foi por aí... e de se perguntar: até quando?
Saiu de roupa nova, cerzida com alegria...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/02/2020, 07’13” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

FALEI (soneto)

Falei tanto de dor!... de sofrência
Ilusão e solidão. O tempo e bagaça
Ou os amores, que vem e que passa
No trovar em que veio de aparência

Falei tanto de má sorte, vil desgraça
Chorei no suplício, de áspera essência
Fechei o horizonte para a existência
E, vi o tempo, passar pela vidraça...

Não pude olhar nos olhos. Sozinho
Blasfemava! e ainda tenho infernais
Conflitos, em querer apenas carinho

Quando sofro, sofro por demais
No silêncio. Ali me calo e definho
Infeliz poesia... não poeto mais!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

UM CORAÇÃO (soneto)

Conheço um coração, tão apaixonado
Toca lira constante, e em que perdura
A amizade, presença do amor ao lado
Que ao senso vive declamando ternura

Evadido da paixão do estar enamorado
Num tatalar do peito cheio de loucura
Contente! Onde tudo vai bem, obrigado!
O acaso... ah! este tão cheio de aventura

E em seus corredores o gozo e o prazer
Circulam.... Os sentimentos são tantos
Sem avejões, sombras, só cândido lazer

Conheço um coração, se um dia sofreu
Não mais sofre, não poeta nos recantos
Este coração: - feliz e radiante é o meu!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

PENAR (soneto)

De outras sei que já não sou a ti importância
Tu, querendo menos do que o querer parece
Tu, amando pouco do que o amor quisesse
E entre lágrimas e preces... a dura distância

De modo que a paixão perdeu a fragrância
O olhar sem o desejo... a melancolia tece
Um coração frio, como se nos polos tivesse
Certo, amor, já é outra a real circunstância

Então, da minha atenção um vazio fazes...
Silencioso, e tão repleto de entretanto
Que nas linhas da afeição só tolas frases

Já não mais ouves o poetar em pranto
Nem mais voga a dor que assim trazes
Essa, dor doída que no peito dói tanto!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

TROVANDO COM ESPINHOS (soneto)

Sofrência sem tempo, dor com agonia
Que suspira e sufoca a emoção no peito
Que cala mais do que a solidão queria
E com tanto aperto ainda não satisfeito

Amor, que a boa sorte assim repudia
Em uma ação de azar e sem proveito
E tanto... sorriso para a cruel arrelia
Fica inacabado, ficando imperfeito...

Poema, sem sintonia, que consome
Musicando das mágoas só lamento!
Cego sempre o poetar que desanimas!

E eu tenha sempre, paixão: - com fome
O coração, gelado no cálido sentimento
Com espinhos trovando as áridas rimas.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DESABITADO

Ao poema que roga, desesperadamente
De saudade, separado de sua rima ideal
Onde o coração sofre o afeto ali ausente
Nas desventuras em que se vê sem o qual

Não lhe basta um amador simplesmente
Nem só o gozo duma trova que seja a tal
Nem o simples desejo, deseja vorazmente
O compasso do beijo, num versar musical

E as poéticas inspirações que lhes somem
As quais quisera... paixão cheia de pureza
A esperança de quere-las lhes consomem

E os vazios do sentimento no seu cantar
Compõe solidão, em uma maior baixeza
Escrevendo dor, sem o amor para poetar

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 18´12” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

FRANCAMENTE

Não te amo por apenas querer amar
Como se fosses um olhar do desejo
Amo-te como se ama com o ensejo
De amar-te, assim, em qualquer lugar

Amo-te e neste amor eu te almejo
Dentro do meu peito a lhe poetar
O sentimento que vive a sussurrar
Na alma, e no doce ardente beijo

Me vejo, te vejo neste amor denso
Sem saber quando, como nem onde
Pois, o quero em mim por extenso

Francamente, aqui venho a lhe falar
Deste amor que não mais se esconde
E, que na prosa não quer mais se calar

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/ 02/ 2020, 13’04” - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ALTERAÇÃO (soneto)

Como se a sorte, tirar-me, assim quer
Como a névoa no cerrado embaça o ipê
Você, assim na sina tornou-se por quê?
E o destino passou outra trova escrever

Como se as promessas não mais a mercê
Não mais se lê na vã inspiração a sofrer
Você, agora figura numa dor para valer
E os sonhos se fazem de simples clichê

Um céu tão cinza matizou-se lá fora
Sem arco íris e um ar tão tenebroso
Na alma, é sofrência que sinto agora

Como se pudesse não ser malditoso
Nesta poesia, em que o verso chora
O que um dia no cantar foi mavioso...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 de março de 2020 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

AVINDO (soneto)

Pálido, o luzir do raiar, cerrado sombrio
Chave lá fora, cá dentro o peito chora
Embalsamado no tempo que implora
Por afago, neste dia de um céu bravio

Sobre o leito do meu olhar a aurora
Em lágrimas escoadas do verso vazio
Melancólicas, com suspirar e arrepio
Que consola com a lua, branca senhora

E nos olhos rasos d’água, palpitando
A saudade, que dá aflição se abrindo
Em lembranças, que ali vai resvalando

Não te rias de mim, ó agrado findo
Por ti, no rancor eu velei chorando
Mas, no amor, paz e renovo avindo...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/03/2020, 04’37” - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

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