Poemas de Deuses do Amor
O tempo de falar de amor
Se diante do erro eu me condeno,
não tenho a menor chance de me perdoar.
Se diante do amor que fracassou eu me culpo,
tiro a chance de alguém me conquistar.
Se diante do emprego eu só sei reclamar,
eu tiro a oportunidade de alguém trabalhar.
Se diante de Deus eu só sei mendigar,
perco a chance de ouvi-lo falar,
deixo a benção escapar…
Eu reclamo de injustiças,
mas nem sempre sou justo comigo.
Eu reclamo de solidão,
mas me tranco no meu mundinho.
Eu sofro com dores pelo corpo,
mas o meu sorriso é um custo.
Eu não conquisto o que sonho,
e deixo de sonhar por não acreditar.
Sinto que a vida responde na medida do que eu sinto,
mas sinto falta de motivação para lutar.
Eis que o tempo, sábio tempo vem ensinar.
Que de tudo posso experimentar,
mas tudo tem um preço.
Gastar demais gera dívidas.
Amar demais gera prisões que não agradam.
Criar expectativas geram decepções.
Viver de sonhos gera ilusões.
Por isso, decidi romper com a dor.
Dei cartão vermelho para a tristeza,
e na maior simplicidade, resolvi viver.
Sair, passear, expressar os sentimentos,
comer um pouco do que eu gosto muito,
e muito do que não gosto, mas preciso.
E na busca do equilíbrio, encontrar você,
parte que me completa nessa caminhada.
E assim, de mãos dadas, seguirmos juntos
pelo tempo indeterminado da duração do amor.
Que ele dure muito tempo,
tempo que peço agora,
para te revelar o meu segredo sem nenhum engano:
- Sabe, eu te amo!
A IMPONTUALIDADE DO AMOR
Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia n
Nota: Trecho da crônica "A Impontualidade do Amor"
A Maçã
Se esse amor
Ficar entre nós dois
Vai ser tão pobre amor
Vai se gastar...
Se eu te amo e tu me amas
Um amor a dois profana
O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais...
Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa num altar...
Quando eu te escolhi
Para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma
Ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi
Que além de dois existem mais...
Amor só dura em liberdade
Não sou contra a banalização do amor.
O amor tem que ser banalizado, mesmo!
Tem que estar em toda parte, em todo lugar,
a toda hora, com qualquer pessoa.
O que não pode ser banalizado é o ódio,
a frialdade, a indiferença,
tudo aquilo que é ruim e causa dor.
Mas o amor?
O amor não deve ser guardado como uma pedra preciosa
que você esconde egoisticamente para oferecer
apenas a este ou aquele alguém.
O amor deve ser espalhado como o mais doce e sublime perfume, para que inspire e inebrie todas as pessoas do mundo,
a todo instante, por todo o sempre!
O deus Pã não morreu,
Cada campo que mostra
Aos sorrisos de Apolo
Os peitos nus de Ceres —
Cedo ou tarde vereis
Por lá aparecer
O deus Pã, o imortal.
Não matou outros deuses
O triste deus cristão.
Cristo é um deus a mais,
Talvez um que faltava.
Pã continua a dar
Os sons da sua flauta
Aos ouvidos de Ceres
Recumbente nos campos.
Os deuses são os mesmos,
Sempre claros e calmos,
Cheios de eternidade
E desprezo por nós,
Trazendo o dia e a noite
E as colheitas douradas
Sem ser para nos dar
O dia e a noite e o trigo
Mas por outro e divino
Propósito casual.
AMOR VERDADEIRO
Em uma noite
com um belo luar
a frente de um lago
com vaga-lumes a brilhar,
havia um casal
pareciam se apaixonar,
quem os via a distância
nem imaginava o que havia lá.
Algo proibido?
O que será?
Nem eu mesma
consigo falar.
É algo fora desse mundo
aqui ninguém entendera.
Com tanta maldade
não sabem o que é amar.
Coisas do Amor
Por amor fazemos loucuras
Abrimos mão de nós mesmos
E fazemos coisas inimagináveis.
Tiramos forças de onde não havia
E nos sujeitamos a situações
Que nunca pensamos um dia aceitar.
Cedemos mesmo quando nos fere
E cansados, permanecemos
Querendo ir, ficamos
Saindo, voltamos
E em silêncio, gritamos.
Mas o amor tem o poder
De nós fazer acreditar
Que nada pode nos derrubar.
E no momento certo
Ele nos faz invencíveis,
Lutando por coisas invisíveis
Que sem as quais
Não dá pra respirar.
Por amor fazemos loucuras
E a maior de todas
Seria não tentar.
O amor não é um sentimento: é uma decisão, um ato de vontade e um comprometimento existencial profundo. Os sentimentos variam, mas o amor permanece. Quem não compreendeu isso não chegou nem perto da maturidade.
Não existe boa intenção sem amor à verdade. A ilusão de boas intenções é uma das formas mais pérfidas de maldade. É a ternura do diabo.
O casal feliz que se reconhece no amor desafia o universo e o tempo; basta-se, realiza o absoluto.
O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carência, a ilusão de autossuficiência, a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios. Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora. Ele apazigua o meu peito com uma lista breve de prós e contras. Mas me dá escolhas. Eu me percebo transformada pelo que o amor tirou de mim por precisar de espaço amplo e bem cuidado para se instalar. O amor tira de mim a armadura, pois não consigo controlar a vulnerabilidade que vem com ele; tira também a intransigência. O amor me ensina a negociar os prazos, a superar etapas, a confiar nos fatos. O amor tira de mim a vontade de desistir com facilidade, de ir embora antes de sentir vontade, de abandonar sem saber por quê. E é por isso que o amor me assombra tanto quanto delicia. Porque não posso virar as costas pra uma mania quando ela vem de uma pessoa inteira. Porque eu não posso fingir que quero estar sozinha quando o meu ser transborda companhia. O amor me tira coisas que eu não gosto, coisas que eu talvez gostasse, mas me dá em dobro o que nunca tive: um namoramento por ele mesmo. O amor me tira aquilo que não serve mais e que me compunha antes. O amor tirou de mim tudo que era falta.
Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba. Não ame por admiração, pois um dia você se decepciona. Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação.
Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposas igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
Nota: Trecho do livro "O pequeno príncipe"
Ser amigo é amar as mesmas coisas e rejeitar as mesmas coisas. Não seja amigo de quem odeia o que você ama.
O homem sempre busca um colo de mulher para deitar; um carinho para sonhar; e uma lágrima para pensar em quanta dor ela apazigua no toque; em quanta magia ela encanta no olhar; e quantas tristezas ela abafa no peito. Nossas paixões são imagens maternas; nós, homens, somos carentes eternos de cuidados maternos.
Ama seus filhos e eles serão capazes de superar você. Ignorar seus filhos e eles vão ser obcecados por você por toda a vida.
Eu adoro a minha pele negra, e o meu cabelo rústico. Eu até acho o cabelo de negro mais educado do que o cabelo de branco. Porque o cabelo de preto onde põe, fica. É obediente. E o cabelo de branco, é só dar um movimento na cabeça ele já sai do lugar. É indisciplinado. Se é que existem reencarnações, eu quero voltar sempre preta.
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