Poemas de Cruz e Sousa
Meu aniversário
Meu aniversário, 25 de junho,
21 anos, anos atrás nascia
Em 1994, e o tempo passa
Sou poeta, e continuo vivo
Passar de 21 anos, não é muito
Neste tempo de poetas maior
De idade, que sobrevive
O tempo em nossa contemporaneidade
E vejo dentro do meu ser
A confiança de que cresci
E ganho autonomia
Vivo cada instante e momento
Quero todo dia,
Poder respirar poesia.
Moça do meu sonho
Não sei quem era,
Mas tinha uma noiva
Nas areias
Do cais
Era uma virgem
Dona de um olhar
Casto, de um corpo terno
De um jeito singelo.
Não sei por que
O sonegar.
De tanto negar,
De tanto brincar.
Tinha uma marca
Danúbia
De um corpo adulto
De uma alma jovem
O vestido pesava
Mas estava só
Não sei mais onde...
Naquele altar!
Não me esqueça
Venhas pros meus braços
Não se aflija!
Quero sentir a essência
Do seu perfume de jasmim,
Quero designar
A cor dos teus olhos.
Teus olhos são o azul do céu
Mesclado com o amarelo
Das flores
E resultam nos verdes dos rios
Venha meu amor,
Saciar minha sede,
lembrar momentos
Perdidos
Que sequer sabemos
Onde achar!
O Cálice do Chico
O cálice do chico
Não foi feito pra beber
carrega a censura
De homens fardados no poder.
O cálice do chico
Traz em seu olhar
Uma canção, dá pra ver a tristeza
Que passa em seu coração
O cálice do chico
É um protesto
Um pedido
Mais que humano
“Pai afasta de mim esse cálice”
E a ditadura buscava calar
E já calou diversos artistas
E esse trocadilho de palavras
Dá força a música
Transforma a canção
Em poesia, penetra na mente
De quem raciocina
E busca fazer a revolução
Um cálice, de muitos cálice
Muitos sangues já foram
Jorrados no chão
Até hoje nos querem
Empregar
O cálice, maldito,
Que mete medo na nação.
Bola
Sou uma bola entre espinhos
Sem peito, sem ar,
Humilhado e chutado
Por um ser inadmissível!
O que é poesia?
Poesia é arte!
A tua clemência,
É a misericórdia
Do dia a dia!
Mas, o que é poesia?
Poesia é vida!
Poesia é amor!
Poesia é ardor!
Poesia é sexo
Mas, mesmo assim...
De tudo, o que será poesia?
Poesia é música!
Poesia é uma dança!
Poesias são quadros!
Poesia é o inefável...
O que será? Que será?
É poesia!
Poesia é um temperamento,
É um sofrer,
É um desejar
É um escrever humano
Mas, mesmo assim...
O que será a poesia?
É tudo que está fora
Do nosso alcance...
Mas está entre nós.
O tempo nos mostra
A hora de parar.
As vezes insistimos
Achando que o tempo está errado
Mas o tempo não erra.
Temos que acreditar nos sinais
Nos toques que a vida nos dá.
As vezes uma presença nos instiga a ficar
Mas os sinais mostram
É hora de parar.
Foi sempre eu, a me esquivar
Foi sempre eu, a correr de ti
Nunca tive coragem de tocar
Nunca tive coragem de te sentir
Quando o mais perto cheguei
Quase desfaleci.
Não vi nada em minha frente
Corri pra bem longe de ti.
Não se pode tocar um Deus
Ou algo assim semelhante
O que é proibido na terra
No céu te vejo distante.
A leitura me faz pensar, o que leva um homem a desdenhar algo que deseja tanto.
Seria medo de assumir o que sente,
Seria porque ela não é rica o suficiente. As vezes os padrões de vida interferem muito.
Ou seria a família a se intrometer... muitas vezes existem segredos que nos levam a esconder sentimentos. E isso é o suficiente para separar duas almas por uma vida inteira.
Vamos engolindo aos poucos
cada dose desse vinho.
Tinto, fino e caro
Bobeira a nossa achar
que o valor e a fineza
fara de algo um melhor.
Até mesmo nas flores
existem espinhos, quem dirá
de nós ou do vinho.
Vestir-se bem não diz quem és
não mostra sua face
apenas esconde
quem és de verdade.
Um vinho caro, não diz
riqueza, mas sim que se pode
na esquina achar uma
garrafa e encher como queira
e na falta de cultura
se deliciar acreditando
ser verdadeira.
Não adianta ficar pensando no passado
Ficar parada no e, se.
E, se eu tivesse feito diferente
E, se eu tivesse escolhido outro caminho
E, se... e, se...
O passado passou, tudo foi feito como deveria ser.
Se, o caminho foi outro... agradeça
Pois aquele que ficou para trás só lhe traria desavença.
Acredite no futuro. Viva o presente.
Enfim algumas palavras nos fazem acordar
E foi assim que aconteceu.
Usei uma borracha, apaguei as páginas no qual o passado se faz presente. Hoje escrevo cada hora, minuto, segundos, milésimos. Vivo o presente, aguardo o futuro. Está me fazendo muto bem, sinto-me feliz, mesmo quando em alguns dias as coisas não caminham bem, sei que a vida é assim. Temos altos e baixos, mas é assim que se constrói uma família, assim que se constrói uma vida. A gente demora, mas compreende que a vida é bela que nosso maior presente são as pessoas que estão conosco o tempo todo, nos momentos bons e ruins. Nos ama mesmo quando achamos não ser amados.
Aprendi... Hoje amo eu sou amada.
Algumas palavras não me abandonam
Ficam presas em minha alma.
Se foram escritas, se foram ditas
Não há uma importância qualquer.
Elas se prendem em meu ser.
Não ouse dizer falsas palavras
Pois elas ficaram gravadas.
Serão marcas em minha alma.
Não ouse julgar meu sentimentos
São deles o meu sustento
A minha dignidade e a força que me rege.
Não sou mais adolescente, a criança em mim, pensa.
Eu queria odiar, com mesma força que amo.
Mas não cabe em mim tal proeza
Sou fraca em reconhecer mentiras
Dou meus votos de graça, confio, acredito
É só entro em enrascadas
Minha alma sofre, e meus dias se vão.
Se te faz feliz, não sei, jamais saberei responder.
Pois nada que é pisado pode se fazer de uma glória.
Pois hoje estou no chão, mas amanhã posso estar marcada na sua memória.
Não como o tapete, mas como o que está acima dele
FLUTUANDO.
Tudo certo...
Se Amor e Afeto Equação
Se Carinho for Beijo é Soma
Amor e Desejo Uni Potência
Se nos Olhos Coriscos
Aquiescência...
Há canção toca e silencia...
Civilização...
Se falamos juntos
Há fúria e confusão
Lembre-se!
Palavras voam ao vento...
- Se eu falo, você ouve com o coração,
- Você fala e sou eu quem presta atenção...
Me conjuguei em você no tempo pretérito imperfeito
Tudo ficou oculto, agora o sujeito está determinado á dar continuidade
Assim pede um novo tempo verbal...
Foi se embora a magia do conto
Levou o sorriso sem explicação
O rosto ficou exposto ao tempo
E o resto no silêncio do vento.
Junto ao corpo os ossos gastos
Meus passos mais estreitos
No bolso um poema rasgado
Um coração espanca o peito
Os olhos não medem o largo
O ócio não espanta o cansaço...
Não me alimento de passado
muito menos de saudades
mas quando o coração bate
o peito grita de dor
é nessa hora que me invade o amor.
O amor é como as águas d'um rio
Uma avalanche de sentidos
É como um alazão no cio
pelo vento galopando perdido
É desafio pra quem sente e manifesta
É provimento pra matar ou alimentar quem o poeta.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp