Poemas de Conversa
FELIZ CONSIGO MESMO (Autor: Henrique R. de Oliveira).
Ser feliz consigo, de forma simples,
sem dependências....
Apenas ser porque está vivo.
Com aquela alegria que vem de dentro.
Movimentando e sustentando a felicidade:
apenas ela, a sua luz e você.
Que você não divida a felicidade: Apenas multiplique.
E caso perca este múltiplo.
Não fique pela metade.
A felicidade tem que ser sua.
Construída por você, zelada por você.
Originalmente, pertencente, branca, paz, sua...
Não dê ela a ninguém.
Apenas use-a para despertar a felicidade do outro,
fazendo-o descobrir que é possível ser feliz.
Mas não com a sua presença e sim com ele mesmo.
E se um dia sofrer: Chore!
Deixe a água sair com aquele gosto de soro.
Limpando, suavizando o espírito e o corpo.
Será apenas a sua felicidade precisando ser lavada.
JOSÈ WILKER (Autor: Henrique R. de Oliveira).
E de repente a luz se apagou
A plateia se calou
E a cortina fechou.
Sem prenuncio
De surpresa
Sem rima para seu sobrenome
Na poesia sem graça
E agora José; disse Drummond
Viu que é verdade
Viu que acabou
Wilker e Viu que.....
José se foi.
CONTEMPORÂNEO (Autor: Henrique R. de Oliveira).
Lá se vai o suor proveniente do desgaste.
Vai a luta molhando a face.
Porque a vida não é fácil.
E de ferro finge a carne.
Porque preocupação é um vírus
E em excesso abate.
Manifesta no semblante.
E adoece a alma.
Pesado viver contemporâneo.
E na multidão caminhar sozinho.
Enferma sociedade.
Com psicológico em desalinhos.
MARIA E A PRECE ( Autor: Henrique R. de Oliveira).
Maria com voz baixa
faz uma prece...
pra chegar ao céu,
mas dispersa ao vento...
No tempo que fez do seu dia,
a boca clamar
o corpo curvar
e a alma doendo.
E apressa a prece.
Se apresse prece!
E a solução não atende.
Maria desconhece
que algumas turbulências,
tem um significado
lá na frente.
Mãos postas, joelho e chão: Maria.
Rosto molhado, pele e suor: vida fria.
E de todo amor e fé,lábios quentes.
Quarto fechado,cotovelo apoiado
no lençol estampado ardia.
A ardência, Maria....
Que te fez assim neste dia.
Curvar-se em prece.
pra verticalizar a alma
que desenha a face abatida.
Criando forças, embora prostrada
pra enganar a armadilha.
Do laço nos pés e desatar fugindo.
enganando o falso destino.
Que te puseram p/ lhe desviar do caminho...
E você fingindo um óbito da vitória,
mostrando derrota pra vencer.
Porque para o inimigo, curvar-se é perder,
sofrer, entregar-se e ceder .
Mas a força do gesto é mais forte que a prece
E só o céu entende.....
Maria e a prece no quarto fechado.
Desata o nó p/ vida à frente.
Coisas de Maria.....
FILHO ADOTIVO (Autor: Henrique R. de Oliveira).
A poesia me adotou desde criança.
E como filho
na rebeldia ou comportadamente
descrevo.
Todo meu apego
nas palavras que me amamentam dia a dia.
E repousam no berço de papel os versos da poesia.
Onde engatinho até aprender caminhar.
Transfigurando no tempo a face até ficar senil.
Fiel acompanho os pais adotivos,
até a inercia das mãos, fim.
E que se eternizem os poemas vindos de mim.
A CHUVA (HRO)
a chuva
pra matar a saudade.
Só a saudade.
A chuva
pra inundar a vontade.
Só a vontade.
A chuva
pra transbordar de felicidade o agricultor.
Só a felicidade.
Uma chuva precisa.
Como o povo precisa:
nutrindo a terra
e encontrando o rio.
Sem danos.
SOM DE GAITA ( Autor: Henrique R. de Oliveira).
O som da gaita é triste
na boca riste que toca
arrancando a nota
e a melodia existe.
Como Stevie Wonder
onde seus olhos escondem
e a sua musica responde
o sentimento expelido.
No sentimento do sopro
se dissipa a melodia
e o que não existia
O som da gaita exibe.
SINAIS. (Autor: Henrique R. de Oliveira).
Ondas em rochedos.
Canção do mar.
Brisa no rosto a acariciar.
Por que de todo peso.
A leveza ao avistar.
O mar, o céu, um beijo.
E o horizonte o encontrar.
Expirar, botar pra fora.
Deixar o ar sustentar.
Repentino vento sopra.
E os problemas a dissipar.
Num vai e vem incessante.
Uma onda grande a formar.
Forte, bate no rochedo.
Formando gotas no ar.
Só pra me banhar.
Pra me lavar.
E a natureza me curando.
Sabendo o meu necessitar.
As pedras sem arestas que avisto.
Polidas pelo oceano num confrontar.
Eram pontiagudas, com cantos vivos.
Mas se sucumbiram e vivem a se moldar.
Pela persistência do mar, a força do mar
No meu observar.
Eu na pedra sozinho.
E os sinais da paisagem a me ensinar.
DEUS não escreveu à Bíblia inteira... escreveu só um pedaço... esta aguardando-nos escrever o resto... então temos que caprichar... fazer bem feito... tem que ficar DIVINO! ;)
(de Campos, Cris)
A realidade
Normalmente em nossa vida há situações boas e ruins, é assim que todos nós aprendemos a viver, porque as coisas nunca serão fáceis, isso dependerá de nós mesmos.
Vivemos em um mundo resumido em pessoas querendo se vingar uma das outras, pessoas amando, pessoas sofrendo, pessoas enganadas, pessoas tristes, alegres...
Na maioria das vezes presenciamos pessoas sofrendo por amor, para que sofrer por alguém, se essa pessoa pode simplesmente fazer alguém muito feliz? Imagine se amassemos o próximo como amamos a nós mesmos, na verdade as coisas são fáceis quem complica somos nós.
Mas perante a tantas dificuldades, nunca deveremos dizer “deixe a vida me levar” eu penso que devemos aproveitar cada momento e amar como se não existisse amanhã, porque se nós não levarmos a vida, ela nos leva de qualquer jeito.
Ó, é tão triste olhar naqueles olhos secos
sem nenhum tipo de sentimento
nenhum tipo de toque
uma espécie de raiva
de ódio pela vida
que não o consome.
Você nunca foi como eu
Nunca sofreu o que eu sofri
Mas agora, entregue-se
aos seus maiores e profundos sentimentos
e sofra, tudo que sofri, mas chore.
Chore por minha felicidade
que você nunca mereceu
durante toda a sua vida
Olhe a linha reta do horizonte
Será sagrado?
Creio que não.
Mas tenho certeza que tudo
tem um motivo, inclusive
a solidão.
O que incomoda em você?
O meu cheiro?
Minha voz?
Creio que nada. O que lhe incomoda é saber
que sou feliz e você não. Conviva bem com
isso e mude seu jeito de julgar.
A leitura da Palavra deveria ser mais do que procurar textos que justifiquem nossos argumentos.
É preciso deixar que a palavra fale, nos exorte e nos ensine.
Mesmo que a revelação incomode.
As experiências que tenho com Deus e seu Filho são maiores do que qualquer contradição de uma literatura.
São maiores que qualquer imposição científica sobre a minha Fé.
Tal FÉ que deposito apenas na Palavra.
O mundo da voltas
Os dias passaram, as coisas mudaram tudo está mudando e está cada vez mais diferente... Não é que eu não goste de mudanças, mas que mude para melhor, não é que eu seja egoísta, mas precisamos evoluir e não regredir.
É como se não bastasse nos afastarmos ou até mesmo perdemos aqueles que mais amamos, não é que eu esteja julgando, mas é que a vida sempre irá nos surpreender, o segredo é sempre sabermos que á lei da vida é que tudo vai mudar e se surpreender vem no pacote.
Quando escolhemos nos preocupar e nos importar com as pessoas, se machucar sempre fará parte, nos preocupar é querer o bem das pessoas, querer o bem das pessoas é as amar como amamos á nós mesmos.
E o mais surpreendente da vida é que sempre vamos mudar, muitas vezes para melhor e muitas vezes para pior, vamos criar sonhos, muitas vezes realizá-los e nem sempre as coisas será como nós queremos, esse é o ciclo da vida.
Não basta viver.
Tem que querer viver, querer sintir todos os cheiros, querer provar de todos os sabores, querer respirar, querer presenciar todas as coisas...
viver significa querer e não apenas existir.
Temos a força de suportar um inverno abaixo de zero que pode ser frio, úmido, molhado, muitas vezes intercalado por dias de muito calor e noites indefinidas. Temos a força de suportar o frio que dói na ponta dos dedos, que treme a voz, que atrofia as extremidades do corpo…
Temos a força de suportar o vento gelado que traz a sensação de vivermos no limite cortante do frio que não cessa, senão quando cumpre o tempo da estação.
Temos a força de suportar o sol acanhado que permite, com timidez, que o frio realize o seu trajeto, que engravide a terra, hiberne as sementes e delicadamente se afaste para que brote a vida do chão…
Temos a força de suportar o gelo que a natureza nos presenteia todo ano, repetidamente, com a mesma elegância e sabedoria.
Só não suportamos o frieza dos sorrisos, das almas insensíveis, o gelo da indiferença e a neve enrustida, que forma um tapete nos sentimentos, capaz de matar a vida que brota do coração.
E de que vale a vida, se não para servir?!
A serventia da mão, do colo, do ouvido, do coração e porque não do bolso também?
Digo com toda firmeza, quem faz o bem a alguém, muito mais o fará a si próprio. Entendam, meus amigos, que quando damos alegria, recebemos felicidade!