Poemas de Amor Paterno

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⁠AMOR VERSUS AMOR
Olhei teu rosto e então eu vi!
E te confesso — estremeci;
Me perturbei, me comovi.
O que de há muito eu carecia
Ali floria, tão patente,
Tão nítido, tão eloquente
Que eu temia ficar demente
Se não fosse vero o que eu via!
Se fossem palavras apenas,
Alguns gestos, algumas cenas
A traduzir ideias plenas,
Tranquilo eu podia ficar.
Pois palavras no ar se apagam;
Gestos. . . se diluem, se vagam;
E cenas. . . somente propagam
O que é simples, preliminar.
Mas o mais puro, o mais profundo,
O amor que aspira neste mundo,
Ali no teu rosto rotundo
Se espelhava, em todo esplendor.
Teus olhos, nos meus cravejados,
Lançavam apelos velados;
Rogavam que fossem amados
Com igual parcela de amor!

Inserida por SaulMariano

⁠TEM QUE SER ASSIM?
já cansei!
já cansei!
Quanto custa o amor? Onde comprar?
Em que mercado o posso encontrar?
Se não, quem pode, pra mim, fabricar?
Já cansei de investigar. . .
Em que loja posso achar um querer?
Quem pode, por caridade, vender
Tal virtude, tal bem, esse prazer?
Já cansei de buscá-lo. . .
E alegria? Como hei de conseguir?
Que arquiteto há de, dela, me cobrir?
Que feitiço fá-la sempre sumir?
Já cansei de almejá-la. . .
Quem pode, a paz, ao meu peito transpor?
Que súplicas devo orar, por favor?
Que preço pagar e granjear amor?
Já cansei de pesquisar. . . já cansei!
Amor, querer, alegria e paz;
Meios de consumo que não têm mais.
Jóias raras -- saíram de cartaz!
Já cansei de procurar...
já cansei!
já cansei!

Inserida por SaulMariano

⁠SE EU MORRESSE AMANHÃ
Quantas vezes alguém perece em vida
Sofrendo a angústia de um amor desfeito!
E muito embora a dor lhe aperte o peito,
Consola-se na lágrima vertida.
E cerra os olhos (lembrança sentida).
Rememora o passado, satisfeito
De carregar um coração estreito,
Porém saudoso da paixão perdida.
Por isso é que eu me enlaço na paixão.
Por isso é que eu creio na salvação
Da alma, pelo amor que se perdeu.
Porque quem vive sem paixão. . . não vive!
Quem a domina. . . só metade vive!
Quem por ela morre. . . ao menos viveu!

Inserida por SaulMariano

Diáfano

⁠Meu amor é tudo isso
E não carece devoção
Casmurro, teimoso, afincado,
Verdadeiro, honesto e alado,
À procura de afeição.

Mas tu não o recusaste,
Degenerando um sentimento.
Escolheste ser presente
E mais que ter, me fez atento

Divisou além do olhos,
Aproveitou o ensejo.
Compersão que nunca finda
De amores que nunca rimam
A tanger nossos desejos

Inserida por Poetizando

⁠Reencontro

Reencontro nessa vida
O que em outra foi criada
Um amor de corpo e alma
Uma história inacabada

Há razões motivos
Desse amor reencontrar
Que o passado interrompeu
E hoje estamos a nos amar

Um sentimento lindo
Invadiu meu coração
Concretizando finalmente
A nossa eterna união

Momentos bons
Sua voz ao meu ouvido
Transformando em êxtase
Profundamente meus sentidos

Hei de amar
Até a eternidade
Convivendo nessa vida
O que em outra foi saudade
Com a certeza desse amor
Reencontrei a felicidade

Inserida por DanielviniciusMoraes

Você me fez entender o que as pessoas diziam sobre o amor ser difícil, mas valer a pena.

Se um dia tiveres de escolher entre o Amor e o mundo, saibas que, se escolher o mundo ficarás sem o Amor mas se escolheres o AMOR com ele conquistarás o mundo.

Quando me apaixonei por você eu te entreguei meu coração. Agora, sou refém do teu amor. Não vivo longe de você. Não te afaste de mim.

Escrever e ler são formas de fazer amor. O escritor não escreve com intenções didático-pedagógicas. Ele escreve para produzir prazer. Para fazer amor. Escrever e ler são formas de fazer amor. É por isso que os amores pobres em literatura ou são de vida curta ou são de vida longa e tediosa.

Estou ficando bonito, saudável e corado. Uma gracinha. Agora só me falta mesmo um Grande Amor, assim mesmo com maiúsculas.

Esperei extrair do meu casamento com Joe, amor, afeto e compreesão. Mas tudo naufragou num mar de indiferença

Você, como qualquer ser humano, precisa de amor — e como ser humano legal e especialíssimo, merece amor de uma pessoa bonita.

Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando a pé pra casa, avariada. (…) Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada. Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor.

Martha Medeiros

Nota: Trechos de crônica de Martha Medeiros.

‎O ser humano só valoriza o amor quando há perda ou risco de perda... Quase nunca durante sua encantatória vigência. Descobrir que amar é também saber amar e transformar a vigência do amor em vivência de amor, em algo bom, pelo gosto de viver e não pelo medo de perder, é sabedoria para poucos [...]. Amar é fazer um pacto de felicidade e não de dor. Quem porém sabe disso?

Vou procurar um amor bom para mim - no qual me reconheço e me reencontro, me refaço e me amplio, me exploro, me descubro.

Amor, afeto e entusiasmo podem sempre ser oferecidos sem medida ou dosagem, quanto maior a oferta, mais positiva a atmosfera. Mas o elogio deve ter a medida do sucesso, seu sorriso é reforçador, é expressão máxima de satisfação, na educação, utilizá-lo é recurso que pode gerar segurança para a criança adquirir novas habilidades.

Claro que se o dinheiro falta, se a saúde vacila, se o amor arma alguma cilada, seu desejo de rir será pouco. Mas combata a depressão. Cultive o bom humor, como quem cultiva um bom hábito. Esforce-se para ser alegre. Afaste os sentimentos mesquinhos que provocam o despeito, a inveja, o sentimento de fracasso, que são origem de infelicidade. Adote uma filosofia otimista, eduque-se para ser feliz.(…) Seja feliz, se quer ser bonita!

Clarice Lispector
Correio feminino. Rio de Janeiro: Rocco, 2013.

Cansei de morrer na vida das pessoas. Por isso matei você. Antes que eu morresse de amor. Matei você.

Peste, fome e guerra, morte e amor, a vida de Tereza Batista é uma história de cordel.

Jorge Amado
Tereza Batista, cansada de guerra

Tenho coragem? Por enquanto estou tendo: porque venho do sofrido longe, venho do inferno de amor mas agora estou livre de ti.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.