Poemas de Amor Paterno
25 de Julho.
Gasto mais tempo lendo textos do que vendo imagens.
Não porque não goste.
Eu gosto muito.
Na verdade, aprecio belas fotografias e até me arrisco. Admiro os fotógrafos.
E quem nunca se "instagrameou"?
Quem nunca registrou uma bela paisagem ou tirou uma boa foto de si?
É algo tão natural quanto a luz do dia.
É fantástico isso, brincar de fotografia.
Mas um bom texto tira os pés da gente do chão. Provoca aquela inquietação que se mistura ao fascínio. Provoca a ânsia de saber o porvir, a cada palavra, a cada parágrafo, cada capítulo.
As imagens dizem o que querem dizer.
São pontuais.
As imagens dizem muito e às vezes não dizem nada, fica o dito pelo não dito.
Os textos não, eles precisam de você, precisam da sua visão de mundo, precisam que você converse com eles.
Os textos são gentis, chega um determinado momento que eles saem de cena pra que você construa.
E mesmo depois do fim, do último ponto final, eles continuam a registrar. Sem pausas. Sem interrupções. Sem quebra. Silenciosamente. Não no escrito, não no impresso. Não mais no papel, agora, dentro de você.
Justamente esta capacidade de registrar o hiato, a pausa entre o dizer e o não dizer, é que eles tiram a gente do eixo e nos transportam pra lá.
Os textos são fantásticos.
Os textos nos inspiram.
E viva à palavra escrita!
Aos que que as eternizam com caneta e papel.
Seja quem for.
Um famoso ou um aninônimo.
Quem tem cabelos brancos ou quem não sabe nada da vida.
Viva à você, brasileiro, que escreve sua história todo dia, em crise, sem perder o sorriso e esse brilho no rosto.
Todos nós temos um "quê" de Escritor, pois escrevemos a nossa própria história, diariamente.
"Se fôssemos todos iguais, bastaria um "ser"somente , não precisaria de tanta gente nesse mundo existente!
Suficiente, seria uma só semente, crescendo forte e resistente e permanecendo eternamente!
Geilda Souza de Carvalho
02/07/2016
"Pequeno ser... sua luz invadiu e completou meu ser...
Ser de asas negras e quebradas... ainda sinto que precisa de suporte, mas é algo que não posso dar.
Sorriso visível e lágrimas ocultas... será que um dia vai abrir as asas para voar novamente?"
Lição De Um Arrependimento
Arrepender-se
É aprender
Com o erro
Pra que da próxima vez
Possa fazer diferente
Se tiver de render-se
Que seja sem nenhum berro
Mesmo que a situação
É de desespero
E exija de você
Ser um pouco mais serio
Não devemos
Fazer o que faz essa gente
Sem antes escutar
O que diz o coração
Porque as vezes uma palavra dita
Por mais pequena que ela seja
Pode tomar a proporção
De uma profunda enchente
Capaz de inundar um coração
E mudar a nossa mente.
Dilúvio
A casa desabou
Porque choveu
A noite inteira
O telhado parecia
Uma enorme peneira
E tanta gota ali desceu
Molhando o que se não via
Quando a luz se apagou
E casa escureceu
O vento forte
E tão veloz
Fez o menino se assustar
E tudo ali deixou sem voz
E quando o relâmpago abria
E o trovão turrava
Já não sabia
Quem mais empurrava
E tão pouco o que seria de nós.
Espelho
O espelho
Não sabe falar
Mas a sua alma
Ele sabe tao bem enxergar
Desde o momento
Em que você se pinta
Pra ir a uma festa
Ou qualquer outro lugar
Pois ele conhece
Os seus pensamentos
E sabe que você tem hora pra ir
Mas nunca tem pra voltar
O espelho conhece segredos
Que você esconde a vida inteira
Alguns o seu olhar te conta
E outros a boca detona
Quando você passa um batom
E pensa ali ser a dona
Fingindo logo que é santa
E pensa que é um dom
Em cada fio de cabelo
Esconde um grande segredo
Que se esparramam
Por entre os dedos
Quando você pentear
Pra ir a uma missa
Ou querer passear
O espelho já conhece
Os seus passos em vão
Desde que o dia amanhece
E eles são deixados no chão.
Fim De Tarde
O final de tarde
Sempre esconde alguma cobaia
É uma pimenta que arde
É um talento de saia
É um menino que morde
É um cachorro que late
É uma ciumenta que raia
E um homem de laia covarde
O final de tarde
Sempre esconde alguma frieza
Algumas invade o coração
E outras já vem plantadas
Por natureza
Algumas envelhecem
Mas tem vida própria
E nos acompanham
Uma vida inteira
Sempre ao subir
Ou descer uma ladeira
Sempre ao cair
Ou entrar na bebedeira
E depois do poste
Tem sempre a fogueira
Pra que tu encoste
E passe a noite inteira.
Desígnio
Já que a vida quis assim
Colocar você no meu caminho
E se fez dessa estrada o seu ninho
Agora tem que ir e ficar até o fim
Eu sei de onde eu venho
Mas não sei pra onde eu vou
Mas com você do meu lado
Eu sei bem quem eu sou
Aonde eu vou
E o que tenho
A minha estrada é de sol
De poeira e suor
A minha estrada é de nó
De carreira e de pó
Porque a vida quis assim
Mas nunca estive só
Tinha sempre um amor
Um amigo e um jiló
Pra momentos de doçura
E também de amargura
A minha vida é uma pedra
E um martelo na mão
E quando o sorriso se quebra
Quem conserta é o coração
Mesmo que a vida
Esteja sempre em pedaço
Ela se refaz e te convida
A se amar e sorrir
E dar sempre um abraço
Pra tocar fundo na alma
E mexer com a nossa emoção
Perto dali
Ou longe quem sabe
Quem há de dizer
Que ali Já não cabe a razão
É porque já não sabe o que fazer.
Arcano Humano
Lá vem o homem que diz
Ser o dono da razão
Mas esconde segredos da alma
E guarda no fundo do coração
Lá vem o homem que diz
Ser o dono da verdade
Mas esconde segredos da alma
E guarda na palma da mão
Com medo de um furacão
Ou pra nunca perder a amizade
O homem quando chora
É porque não sabe sorrir
Quando o desejo insistir
E o amor for embora
O homem quando morre
É porque já cansou de viver
E ele só lamenta
Não saber o que fazer
Com tanto amor que sobra
E pela veia se escorre.
O homem quando reza
É porque não sabe xingar
Por isso ele despreza
Quem nasceu pra vingar
O homem conhece a tristeza
E encara sempre de perto
Mas nunca veste a frieza
E espera tudo dar certo.
Dogma
E agora que a luz apagou
A dor te faz sofrer na escuridão
Pobre de quem nunca amou
E só guardou rancor no coração
E agora que a cruz pesou
Pra um sonhador sem amor
Já não tem perdão
E pra quem nunca rezou
Jamais vai saber
O que é ter por alguém
Certa compaixão
E tão cedo vai perder o prazer
E também toda ilusão.
O Trem
Sai o trem da cinco
E chega o trem das seis
Quem não partir agora
Só no outro mês
Quando a greve acabar
E o homem parar
De querer cantar reis
O trem quando parte
Leva sempre três destinos
O que é meu
E o que é seu
E também o dos meninos
O trem quando apita
Nos aperta e nos aflita
E acelera o coração
Pois alguém está chegando
Pra descer na estação
E cada vez tá mais perto
Não é alguém que me conta
É só o que a gente palpita.
Solidariedade
Se teu mundo é confuso
E tão barulhento
Se de mim tem abuso
E pra você é um tormento
Então me esquece de vez
E me deixa sozinho
Aqui tranquilo e em paz
Assim evita o meu
E o seu sofrimento
E discórdia entre a gente
Não se vê nunca mais
Se teu mundo é um furacão
Mas o meu não é não
Pois o meu ainda resta
Um generoso e bom coração
Que nunca deixa a fogueira apagar
Pra manter sempre acesa
A velha chama da ilusão
E quando nada mais restar
Em sua vida
Saiba que eu vou estar
Sempre aqui
Pra te dar o meu apoio
E segurar a tua mão.
Utopia
Eu vi tudo escuro
E o mundo todo rodar
Escondi atrás do muro
Pra o meu sonho ninguém lapidar
Eu vi que a estrada era torta
Mais insistir em querer chegar lá
Correndo dos infortúnio
E me escondendo atrás da porta
E quando invadiram o meu quintal
Só levaram as rosas do jardim
E as pequenas flores de jasmim
Só deixaram as roupas do varal
E as pequenas celamim
Um roseiral inteiro balançou
Pois nunca tinha visto nada igual
Tentaram levar os nossos sonhos
Mas eles andam sempre
Tão bem guardados
Aqui presos dentro de nós
Já tão concebível e quase real
Pois um sonho,
É sempre indestrutível
E tão incapaz de alguém roubar
Ou fazer virar pó.
Retrato
Eu te vi da janela
Com um olhar flutuante
Estava sempre tão bela
Mas de mim tão distante
Eu te vi muito além
Correr entre o céu e a terra
E como um arco-íris
Lá no pé da serra
Eu vi o seu olhar
No meu olho também
E quando a brisa se levantou
Eu vi paixão correr pro terreiro
Com passos tão apressados
De quem quer ser o primeiro
Eu vi que a emoção
Ali também dançou
Como jamais ninguém
Ousou dançar
E quando o coração
Se abriu
O amor se libertou
E a menina sorriu.
Estou em um barco sem vela,
Parado a deriva no meio do mar,
Decidir deixar a maresia me levar,
foi então que percebi que não estava saindo do lugar.
Os dias passavam, O tempo mudava,
mas ainda sentia aquela solidão,
As gotas de chuva caiam em meus olhos,
Minhas lagrimas escorriam pelo meu rosto,
Se juntando as gotas de chuva de desgosto.
Sentando estava esperando a morte me levar,
A esperança já tinha sumido no fundo do mar,
De repente adormeci profundamente,
Quando Acordei a primeira coisa que vir foi seu sorriso no horizonte,
Só por você está lá sentir que ainda posso lutar.
Mãe é mãe.
Ó, Lei Áurea, porque foste tão falha em não garantir as pessoas de pele escura, para não dizer escravos, uma "liberdade" plena? Ó, Lei Áurea, se somos teus filhos, por que nos abandonastes?
Por que deixastes tantos filhos orfãos a sofrer de uma carência afetiva que eles mesmos não escolheram?
Foste hipócrita, a tal ponto de jogar nas periferias, sem direito algum, sem subsídio algum, aqueles que tu mesmo, Lei Áurea, disseste proteger e cuidar.
Tiveste uma dívida eterna. Não pagaste, não supriste, marginalizaste.
Disse com palavras e desdisse com suas próprias atitudes.
Disse livres, no entanto, virem-se.
Disse agora são gente, com o pequena diferença, o tom da pele.
Disse agora podem viver, com o que tem, é o bastante.
Não há reparo quando as marcas estão na alma.
Pois, pior que o abandono é olhar pra trás e não se sentir pertencido.
Porque é assim que um filho abandonado se sente, "mãe áurea", e o que resta pra esse filho é seguir, contruir sua própria história, em detrimento ao que lhe restou.
Um filho só quer ser filho.
.
_ Trouxe umas flores!
_ Você sabe quais são?
_ Sim, margaridas!
Margaridas para quem me ensinou a amar;
Margaridas para quem é cheia de amor no coração;
Margaridas para quem me viu quando oculto estava;
Margaridas para quem me valorizou;
Margaridas para quem me deu razão de viver;
Margaridas pelos seus abraços fortes;
Margaridas para quem me amou como eu merecia;
Margaridas pelos ensinamentos que aprendi;
Margaridas para quem sempre me ensinou a ter Deus;
Margaridas para o amor da minha vida;
Margaridas para a mais perfeita e adorável tulipa que imaginei em conhecer.
"Uma mulher que sabe ser menina, uma menina que sabe ser mulher. Que sabe viver e não tem medo do futuro, porque vive o presente com intensidade, quantos não queriam colocar isso em pratica não é? Mas ela faz, e vai além, ela preserva as amizades com sentimentos nobres, é uma guerreira no mundo moderno, onde as batalhas são mais duras que as guerras e confrontos corporais da antiguidade. E vence sempre! E sabem por quê? Porque a cada desafio ela aprende e ensina, cativa todos em sua volta, a cada queda é mais força que recebe, a cada choro é mais intensidade para o próximo sorriso, a cada decepção mais experiência e a cada dia, uma certeza: que a felicidade só depende de nós mesmos, que os melhores amigos nem sempre são aqueles estão pertos, que os amores são imprevisíveis, que o sorriso é o segredo da felicidade, que loucura é querer ser normal, que os pensamentos são previsões dos nossos atos, que o passado não mudará e que o futuro só é bom para quem sabe viver o HOJE.
ÉS A MENINA-MULHER SURPREENDENTE, ARDENTE E COMPLEXA!
DÁ SENTIDO AOS QUE ESTÃO À SUA VOLTA, PORQUE BRILHA E, AO MESMO TEMPO, ILUMINA A TUDO QUE SE FAZ PRESENTE!
PORQUE SORRI DE UM MODO INFINITAMENTE MÁGICO E QUANDO CHORA, SEUS OLHOS ESPELHAM A ALMA...ALMA MAIS DOCE, FORTE E SÓBRIA...
GESTOS MAIS AFETUOSOS E INIMITÁVEIS...
ÉS INTEIRAMENTE MARIA EDUARDA, ESTRELA EM METAMORFOSE.
MAIS RARO QUE TEU OLHAR?
O CORAÇÃO E OS DESEJOS...
MAIS INDECIFRÁVEL?
TEUS SEGREDOS. "
"Cartas para Ela:
Vai-te então. Se tens que ir, adeus.
Perdão por não poder ser quem necessitavas que eu fosse.
Mas não posso mudar por um amor inventado.
Ou me amas tal qual sou, ou vai-te.
Eu hei de sobreviver.
E tu hás de encontrar teu utópico amor.
Seja nos amassos ou nos maços.
Seja na mesa com um par ou na mesa de um bar.
Seja na festa ou sofá.
Seja!
Seja feliz!
Seja infinita!
Seja menina!
Seja mulher!
Seja amada!
Seja você!
Seja passarinho, e voe!
Voe rumo a felicidade.
Voe para longe.
Voe alto.
Voe até o fim!
E deixe-me sozinho, com minha tristeza.
Para que eu possa me afogar na minha dor enfim. "
O MEDO
Medo, onde me encontrou?
Pensava ter me escondido bem
Mas pelo visto, o fez melhor
Pois quando te procurei, recuou.
Medo, onde habita?
Já te cacei e nunca o encontrei
O que está vestindo? Deve ser morte
Porque não há essência em sua vida.
Medo, um dia vou te achar
E quando isso acontecer você vai sofrer
Temer, chorar e tremer
Assim como eu fiz temendo te encontrar.
Medo, te achei!
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