Poemas de Amor Abandonado
DIGA-ME, AMOR...
Como posso amar assim como eu te amo
Que amor é esse a me perder
Esqueço tudo nem me lembro do engano
Que o amor pode a gente envolver...
Que paixão é essa que me faz
Te procurar o tempo todo e não desfaz
A vontade louca de te amar...
Tanta coisa me disfarça sem que a dor
Consigo disfarçar por tua ausência
Como eu te amo assim com tão primor
Se nem viver por mim é tua essência...
Amor, quero te dizer que neste mundo
Eu nunca amei alguém assim igual
Meu coração jamais pulsou tão profundo
Como pulsa ao teu amor não é normal...
Que amor é esse a me perder
Esqueço tudo nem me lembro do engano
Que o amor pode a gente envolver
Como posso amar assim como eu te amo...
MAIS QUE AMAR
Qual amor eu sinto
Se não o que vem de você
Em mim nada mais
Será tão forte em dizer...
Este sentimento, esta paz
Ninguém mais me terá
Quais vêm de você
Não poderão encontrar...
Além de tudo o que sou
Este amor é maior que o mar
Maior que todos os astros
Que paixão e desejo
Mais que o sol a queimar...
Por tantos caminhos andei
Tanta dor eu senti
E além dos sonhos busquei
O teu amor pra amar...
Agora em você renasci
Como renasce o sol e o luar
São duas vidas de amor
Que todos sentem viver...
Dois astros no mundo
De amor imenso e profundo
Tão mais eu sinto em você...
AMOR DE NÓS DOIS
Que ao te encontrar seja assim
Que seja amor pra você e pra mim
Que por fim nessa estrada
Seja eu teu amor e você minha amada
A cantar, a chorar e sorrir
E no sofrer do amar e viver
Que nos seja um prazer de existir...
Que ao te amar você possa querer
Que eu volte a encontrar você
E que este amor que insiste
Seja entre nós um amor de verdade
E que de imensa saudade
Possa chorar sem ser triste...
E no lembrar do depois
No passar desta vida
Que a melhor coisa cumprida
Seja o amor de nós dois...
O AMOR QUE SE FOI
Onde estão aqueles dias teus
Que também foram os meus
Tão imensos, com tanta alegria,
Que nos foram de amor
De tanto calor, dias de cor,
E de tanta luz, como os da lua,
Que nos puseram no coração a magia
Carregada de encantos,
Que nos puseram os cantos
Do infinito azul, pra cantar
Sobre o imenso mar, a navegar
Contando as estrelas do céu...
Ah, os dias de paixão, onde estão
Aqueles que eram sem ilusão pra viver,
Onde está a esperança,
Oh, meu amor, onde está você?
PRECEITO
Que para o amor
o coração haverá de pulsar,
e a verdade em paixão
se aflorar desse pulsado...
Eis o seu coração de precioso,
confessa-o de amor e de direito;
mas não o confunda
em sentimentos enganosos.
VOCÊ É TODA A MINHA LUZ
Quando nesse mundo eu não tiver
Mais a sua luz, meu amor, o teu viver,
Nada em mim poderá dizer
Que o sol nasce todas as manhãs,
Que a lua brilha na paixão
E que no meu coração o sangue faz pulsar
No seu todo e intenso esplendor...
Quando nas estrelas não luzir
O fulgor azul dos céus, é que o seu olhar
Dentre os astros fez se apagar
Todo o amor que entre nós foi de existir...
E nada mais, meu amor, nada mais
Me será de luar e até mesmo de sorrir...
Se que um dia isso puder acontecer
Nada mais de profundo que não de você
Eu poderei dizer de amar...
Hoje ainda há o sol sobre as montanhas,
E o meu todo amor por você
Somente haverá de se desfazer e apagar
Quando nesse mundo eu não tiver
O que em mim se faz dizer
Que só você, meu amor, há de existir...
E quando de você o fulgor azul dos céus
Dentre as estrelas não brilhar,
É que entre os astros fez se apagar
O amor que entre nós é de eu sentir...
E nada mais, meu amor, nada mais
Me será de luar e até mesmo de sorrir...
LÁGRIMAS OCULTAS
Nesses meus sentimentos ocultos
Onde lhe guardo todo o amor,
Nessa imensa paixão, nesse calor,
Nas ansiedades que comigo vive...
Apenas te vivo esperança, querida.
Outrora fui realidade, uma vida,
Uma existência que eu jamais tive,
Uma luz que nunca me brilhou.
O que agora me faz amar você
É o que tanto busco compreender
Nas verdades que eu não tenho
E que nem por um instante eu sou.
Mas sei que ninguém me vê passar
Dentre as estrelas do céu imenso,
Sob a razão que comigo ignora,
Nem no coração que por você chora
Nas noites plenas e brancas de luar.
Nessas lágrimas que me faz perecer
Eu só não quero ocultar novamente,
O sonho, a busca que me faz viver...
O que é de mim tão simplesmente
Uma esperança de reencontrar você.
AMOR DE POETA
Se quer um amor fiel,
evite o poeta.
Ele só namora no papel.
Esse amor não tem dono,
um coração peregrino.
Sempre permanece
onde o amor floresce.
O poeta não reciocina,
se alimenta de emoção.
Inventa, sonha, delira,
sempre com o coração
cheio de ilusão.
Coitado, só imagina
e desconhece a razão.
Lá onde o amor não tem fim existe um palácio encantado, onde uma princesinha linda reina, fazendo da felicidade uma eterna bênção!
Para Yasmim, nossa netinha linda.
Você escreve sobre o amor se nem tem a quem amar.
Se declara e ao final de um poema em suspiros.
Achas que não sabe amar, mas de palavras românticas nutre a alma.
Tua sede de amar e se dar como todos merecem, prejuízos então já lhe causou?
Apenas a intolerância de ignorantes que nunca amou.
Em meio há esse caos dentro e fora, você sempre precisou de tudo na mesma hora, agora!
Não tem medo do que não conhece, sim do que sabe onde a maioria das coisas a levam.
Confessar é dizer tudo em meio termos, não para quem mas para que...
Amor de verão
Sei que sofre nos faz crescer
Sei que pra amar temos que as crescer
Mas nem sempre estou disposto
A vezes que destino faz questão...
Estive pensando um motivo,
Mais uma razão pra lhe esquecer
Mas nem sempre estou disposto
Principalmente quando é você.
Por dias caminhei sozinho,
Pelas ruas da vida, tudo era escuro
Mas nem sempre estou disposto
Quando desistir é preciso.
O longe as vezes é tão perto do impossível
se imaginar viver um dia sem ter ver
Mas nem sempre estou disposto
Sinto que vou lhe amar, mesmo sem querer...
Palavras não trarão de volta você
Nossos sonhos nem sempre foram perfeitos
Mas nem sempre estou disposto
Eu vou te amar, decidi desde o monto que a vi.
Por mais que pensei,
Teve um momento que só quis ficar
Te amei de tanto desisti, e acabei perdido
Esperei você, mas você não voltou
Me restou apenas solidão...
Como se fosse mágica uma simples história começou a nascer,
Parece loucura, mas o amor toma conta de um coração vazio,
Bastou uma troca de olhares e um simples sorriso para te chamar de minha.
Me diz por favor
Como aproveitar o desconhecido
Que agora é conhecido
E é cheio de amor.
Me diz a verdade
Como aproveitar aquela senhora
Que parece outrora
É a senhora felicidade.
Explique para mim
Uma pessoa acostumada com a tristeza
E desconhece a beleza
E não sabe porque é assim.
Me mostre a ida
Para fora deste mundo parado
Onde tudo é entediado
Me ensine a vida e como viver.
O AMOR MEU (soneto)
O meu amor pode ser afim à todo mundo
Os deslizes mais ou menos à toda gente
Porém, ele tem um particular facundo
Insiste em ser fidelidade integralmente
É diferente de ser só um amor profundo
Vai além do temporal, quer eternamente
-se importa? Ah! Importa completamente
Pois é rotundo no peito, e n'alma fecundo
Ele tem sombra e, também é reluzente
Necessariamente é simples e jucundo
Sempre evidente, nunca está ausente
Todavia, ele será ferozmente iracundo
Se das profundezas o bem for poente
Pois amor que é amor do amor é oriundo!
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
SONETO DO AMOR EXATO
Da ventura, terá sempre o invejoso
Por não ter a lua amasia tão divina
E uma paixão tão pouco peregrina
No coração eleito no olhar amoroso
Amor, será sempre suspiro glorioso
Regado de adulação pura e cristalina
Vermelhas rosas, e emoção inquilina
Um gesto, revelado um tanto airoso
É harmonia que nos amestra, contina
Não emulando, e sim no afeto ditoso
O sentimento no espírito, lamparina
Que então, não seja o ter ambicioso
Que o mal que queira o bem ensina
Pra no amor não ter amor enganoso
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano
Saudade e carestia
No amor há sempre uma saudade.
Carestia do ato de amar.
Se se está perto, saudade na distância que há na proximidade.
Uma distância voraz incessante.
Se longe, saudade da contemplação,
saudade da consumação de corpos na unidade,
abreviação da distância insistente.
No amor há sempre uma saudade e carestia,
um querer a mais,
um querer...
mais.
SONETO ANTES DE TU
Antes de amar, amor, era amador
Não tinha nome, rua ou endereço
Nada importava ou queria apreço
Expresso era o suspiro de amor
Eu sonhava sonhos pelo avesso
Nas fases da lua um devaneador
Em silêncio cochichava a tal dor
Num desprazer plácido, impresso
Tudo era um vazio, morto, clamor
Caído em um horizonte espesso
Onde escorria olhar tão sofredor
Antes de tu, não existia começo
Até que vieste com o teu amor
E pude no soneto ter ele impresso...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 21 de 2017
Cerrado goiano
SONETO SUPLICANTE
Amor, o meu plangor rasga o céu
Como lavradores no chão inviolado
Querendo arar o peito aqui calado
Com o teu olhar, e no teu amor, réu
Neste universo dum amor imolado
Escrevo sentimento neste cordel
Triunfante e tão cheio de tropel
Que faz o pensamento enevoado
Venha ver as emoções deste anel
De luz, quantidades e, de agrado
Num vento de virtude, nunca infiel
E entre muitos, o meu a ti destinado
É fulgor transparente, sem ser cruel
Apenas a sorte de amar e ser amado
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
16'00", janeiro de 2016
Em um piscar de olhos
O dia acabou
Em um piscar de olhos
O amor acabou
E um piscar de olhos
O tempo passou
E um piscar de olhos
A vida acabou
Este é um amor que teve sua origem
em um sonho imaculado
e em um medo tão ligeiro como brisas de verão.
Um amor inventado pela escuridão dos seus olhos,
um amor com aroma de chuva cálida,
um amor que não tem cura nem salvação,
nem o golpe derradeiro, nem sequer um breve alívio.
Este é um amor rodeado de plantas carnívoras
e de mil luas ardentes
e de lágrimas que queimam como o fogo
e da ânsia que se respira sob um céu de Abril
E de tudo o que se oculta e se esquece
e se deseja e não se alcança
e se sucumbe e volta a crescer.
Pois o amor é dono da derrota e do triunfo
e nos faz escravos e senhores
e deuses e vagabundos.
E o amor é minha desgraça e elevação
meu reino e minha ruína,
um castigo com sabor a vinho doce e perdição.
Esta é a história de um amor com escuros e raros orígens:
Veio nas asas feridas de um joão de barro
e cruzou países de nomes estranhos
e oceanos repletos de monstros
e campos de florzinhas azuis
E me senti tão grande a ponto de tocar o céu
e tão miserável a ponto de tocar o inferno
E escrevi poemas em nuvens de outono
e esqueci meu nome na cauda de um cometa
e roubei os anéis de Saturno,
porque queria gritar que te amo
e que o amor no meu peito não fez morada
porque é maior que o cosmo
e mais poderoso que o trovão.
E eu vi algo indizível nos seus olhos
uma mescla de milagre e perigo
que condenou meu espírito e minha vontade.
E até as rochas
e os infames
e o crepúsculo
e a morte, adivinharam que estou com o amor
até o sangue,
até o estômago e os poros da pele.
E sabem as ruas emudecidas
e as fotografias
e o chuvisco
e as senhoras detrás das janelas.
E sabem os anjos
e os caídos
e as criaturas do abismo
e do arco-íris.
E sabem porque eu sei,
eu sei que passaremos a vida lutando contra as tragédias
para que não rompamos a alma
e morramos de amor.
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