Poemas de Amor Abandonado
Bela Santa Catarina
Sou fruto de batalha e esperança
legado de força e coragem
cultivo os sonhos de libertade
e o enlaço de amor à minha pátria
Ver o rio itajai-açu deságua no mar
onde navegaram os esbravejantes
heróis barriga verde
para tecer um novo estado
e homenagear a mulher "Catarina"
Ah, como és bela Santa Catarina
do azul do mar com água cristalina
ao verde do alto das montanhas
são caminhos de flores e aromas
Tem verão com brisa suave
ao inverno com neve e geada
meu coração por ti enobrece
e borda no céu a felicidade
@zeni.poeta
Saudades
Tô com saudades de ti
das nossas conversas diversas
em dias de chuva intensa
ou de luar das noites tímidas
das palavras que ganham vida
com sorrisos abundantes
daquele olhar sonhador
estou com saudades de:
aprofundar-me no teu silêncio
descobrir tua carência
para aconchegar-te em afeto
um amor que está grafado no meu peito
e nesta minha maneira de te amar
@zeni.poeta
Cheiro
Quando lembro de você
sinto cheiro de saudades
de anos nunca esquecidos
momentos sublimes de amor
Lembranças que me rodeiam
invadem minhas entranhas
dia após dia
aos poucos me corroem
e deixam a alma entristecida
Um cheiro que rodopia no vento
leva minha mente a dançar
nos lapsos de uma valsa
onde cada brecha
perfuma minha essência.
@zeni.poeta
Evoluir
Na vida a gente aprende
que viver não é fácil
é preciso lutar
e ter coragem
acreditar nos sonhos
desapegar do raso
buscar na alma
a luz que transborda
e.....aceitar
o que não tem explicação
seguindo adiante
nos caminhos diversos
com espinhos e flores
que ao longo do tempo
se aprende a buscar a paz
e transcender para além
da imaginação
sonhos estes .....
que impulsionam o existir.
@zeni.poeta
O TEMPO
O algoz e o herói
Nos prende até nos preencher do necessário
Ou talvez nos comprime até nos esvaziar
Para assim estreitos, sermos a própria chave que adentrará a fechadura
Deixando para trás a prisão
Na liberdade, agora sem porta, paredes, fechaduras...
Sem barreiras
Sendo o Nada e o Tudo
(C.F.S)
Dinheiro, o ópio do povo
Divide casais, amores e lares.
Na guerra se ganha mais dinheiro do que o incalculável tempo de vida do soldado.
O acaso vem trazendo amigos comprados e serviços duvidosos.
Será que a riqueza é vida para sempre ?
O melhor motivo - Soneto
Cores entrelaçam minha aquarela,
em traços vivos, dou vida ao meu imaginar,
vejo chuva batendo em alguma janela,
água, que o vento não pode secar,
e vivo, vivo de um inverno a outro inverno,
aquecendo-me na estação sonhar,
meu silêncio, não será eterno,
na garganta um nó carrego, para o tempo desatar,
e sigo, vivo minha infinita tempestade,
e em cada segundo que vivo,
sei que és o meu melhor e único motivo.
Contudo, ó insensibilidade,
somos partes de algo escondido.
Somos e vivemos à sombra, de um tempo perdido.
Encanto teus - Soneto
Encantos teus, minha alma sem demora,
busca-os nos poucos momentos de lembrança,
nas doces memórias dos verões de outrora,
que por eles, cantou minha alma, um cântico de esperança.
Invadiram o meu vazio, a minha solidão,
fizeram-me de amor por ti, transbordar,
sentir a leveza da tua grandeza, o prazer da tua imensidão.
Ó amada, que minha alma dos teus encantos, não venha se afastar,
pois são para mim, como jóias raras e bem guardadas,
beleza indiscutível, impossível de ser ignorada,
essências perfumadas, aguçando o meu sonhar,
florescendo nos campos da saudade,
brotam como desejos, dos tempos de felicidade.
Encantos teus, perfeitos, deixam-me fora do ar.
Vivo com respeito ao tempo
que ritmado dança o momento,
ao corpo que explana
as atitudes pelos poros a um olhar,
aos valores que se aliam
às jornadas idealizadas desde sempre aladas.
Madrugadas a fio
Sentindo a tua falta
O vento congelante da noite
A solidão de um único travesseiro
A pequenez de uma só cama
Já não sei mais quantas são as faltas
As piadas, as risadas, as brincadeiras, as loucuras, as aventuras, os beijos, os carinhos, sua mão em minha face, as perguntas na madrugada, as respostas inconscientes e tão sinceras, os "eu te amo", os "eu gosto de você", nossas faces no espelho
São 02:41 da madrugada e escorrem lágrimas da minha face enquanto escrevo esse trecho.
não enterrarei as minhas mãos
não enterrarei
as minhas mãos
por não caberem
na terra dos outros.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "não enterrarei as minhas mãos")
malmequer negro
percorro pulsante o corredor
de pés mudos como muros
ergo o intransponível crânio
nascendo e dormindo prescrito
adio a translúcida sibilância
malmequer fulgente e negro
que levo ao peito como um sabre
recito pelo adejar rítmico dos lábios
salmos rituais ossos barro pó
fulgurante translação das veias
arde-me o míope sangue vertical
escorrendo pelo lantânio e lutécio
hei-de criar pedra sobre pedra
farei da luz dois vítreos ciclopes
pousarei nos pilares de hércules
a incorpórea maldição dos deuses
e levitando andarão as testas
dos homens e deuses
dos deuses homens
sit tibi terra levis[1]
requievit in pace.[2]
[1] que a terra te seja leve
[2] descansa em paz
(Pedro Rodrigues de Menezes, "malmequer negro")
O fantasma de Ani ( nas ruínas de 1001 igrejas).
De longe eu vejo as ruínas
Se eu pudesse ver mais
Eu veria as mil e uma igrejas
Oh Ani! Tu foste grande!
Seda, reis e riquezas tiveste
Se eu pudesse saber mais
Basalto em vermelho e amarelo
Oh Ani! Tu foste tão linda!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
De longe eu vejo as ruínas
Se eu pudesse ver mais
Eu veria a sua decadência
Oh Ani! Tu foste destruída!
Morte, invasores e terremotos
Se eu pudesse viver mais
Eu veria seus restos mortais
Oh Ani! Tu és um fantasma!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
"USE A BUZINA E O PISCA--ALERTA Lei de Murphy. Se houver a probabilidade de ocorrer uma colisão, ela vai ocorrer:
Quando estiver estacionado e tiver que dar RÉ para sair, use o pisca-alerta, e evitaras colisão. UM RETARDADO sem olhar no retrovisor, nem ligar o pisca-alerta deu ré no carro, simplesmente eu estava passando, tive que dar uma freiada brusca e buzinar para não colidir.
Por outro lado, quando você ver o carro ao lado cheio de amassadinho ao lado é porque o motorista não usa a BUZINA para alertar que há gente ao lado, principalmente na ERA DO CELULAR, homem que é homem só aceita que se encoste nele mulher e bonita. USE A BUZINA E O PISCA-ALERTA E EVITARAS ABORRECIMENTOS"
Não sei amar
Não sei me relacionar
Não tenho paciência com nada
Não sou bom com gente nem com animais...
Nem comigo mesmo eu sei lidar!
Eu só sou bom com plantas
de preferência as que tem muitos espinhos
(Obvio, assim como eu!) muita cor e muito perfume!
Eu acho que o nome disso é cansaço...
Burnout!
"Insana "
Eu sou a fúria que arranca a pele
A sede que queima
Rasgando a garganta
A dor fervente , abrindo a ferida
Eu sou inevitável
Aos corações quebrados
Eu me parto a pele sangrenta
Eu esfolo
A dor corroída insípida
Cuspida , escarnecida
Aos cacos de vidro
Mastigados engolidos
A fome negra , a fúria intermitente
A tempestade regida
A chuva de mim
Que sai pra fora
De que não ver a hora
De derramar espinhos
Em te , desapareça
Desapareça
De mim
Aprendi...
Aprendi a amar
Aprendi a amar a chuva, os raios
Aprendi a amar os trovões, os relâmpagos
Aprendi a amar os dias cinzentos, os dias brancos
Aprendi a amar
Aprendi a amar a natureza, agora, de forma completa
Logo eu, que um dia amei as estrelas, o sol, a lua, as constelações
O céu azul
Descobri que amar os dias cinzentos também fazem parte de viver
É como dançar feliz em um dia de chuva
Traz paz, amor, conforto ao coração
Arco-íris, flores, amores
TRANSLUCIDEZ
Era uma rosa amarela,
Translúcida
Mas não lúcida
Era trans versus lúcida
E de tão lúcida!
Que escolheu dentre todas
A cor que desejava ser.
E não podendo,
Preferiu morrer.
De sede, sem cor,
de amor.
Requiem for Adílio Lopes
Adília e Adílio, ambos Lopes
oferecer-te um poema
em forma de livro
de receitas
cozer-te pão
para o coração
há tanta falta de pão
para o coração.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes XV)
Adília
e
Adílio
comem
pão
de ló
pelos pés
Lopes.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes, XVI)
imagino-te
como vieste
ao mundo
de pano do pó
na mão
e sem mais nada
por cima
por baixo
mas cheia
de coração.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes, XVII)
Herberto Helder
convida
Adília Lopes
para jantar
duas solidões
uma doméstica
não domesticada
outro uma artéria
sem pressão arterial
ponto de interrupção.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes, XVIII)
o teu cabelo
Adília
o teu cabelo
Adília
é uma rosa
de ventos
ventania
poesia.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes XIX)
os capítulos
capitulam
esta história
no fim triste
cumpriu o destino
de Adílio Lopes
morreu nos braços
de Adília Lopes
no dia em que se conheceram
consta que morreram
Adílio Lopes
os gatos
e só sobreviveu
Adília Lopes
e as suas baratas
mas sobre os gatos
assassinos
que esgatanharam
(não confundir com esgadanhar)
o corpo de Adílio Lopes
ninguém escreveu.
(Pedro Rodrigues de Menezes, Adílio Lopes, XX)
Nota: termina a história de Adília e Adílio, ambos Lopes.
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