Poemas de Amor Abandonado
Meus olhos queimam
Queria um alívio desse sofrimento
Minhas memórias carregam pesos
Estamos todos quebrados
A maioria não pede ajuda
Ninguém entende os próprios anseios
A minha frustração vem gastando tempo
Me sinto limitada demais pra alguém que busca tanto a liberdade
Talvez a morte seja um descanso e a vida o motivo
Não me esqueço que o mundo vai acabar novamente
Vivem dizendo para eu amar mais a vida
Mas vejo todos presos em espelhos
Perco tempo com nada
Me sinto vazia de tudo
Queria saber viver
Queria voltar a infância
- Temos 5 anos antes de morrermos no inferno
Sou feita por tudo que absorvi,
aprendi a ser assim
E sou bela pelo mesmo motivo.
- Minha vulgaridade me liberta
Porque com o tempo percebi que
eu merecia mais
Mais de mim
E tudo de mim, era seu
- Porque eu fui embora
Sonhar sem expectativas
É desejar e não ter esperança
Não me serve
Nem sacia
Não me leva a lugar algum
- A maioria dos sonhadores são ignorantes
Máscara
Olho-me no espelho, mas só vejo desespero
De uma pessoa que eu não conheço
Seu reflexo desapareceu, e no lugar de um coração apareceu um borrão
Dia a dia máscaras diferentes
Para esconder seu sofrimento
Com medo de ser julgado pelos seus sentimentos
A cada dia uma nova vida
Logo em seguida contando mais uma mentira
Criando amizades, na base da falsidade
E mentindo para seu coração
Que um dia todos te amaram
Olho-me no espelho, mas vejo uma máscara
Que foi criada para esconder minhas lágrimas
Por não ser aceito, pelos meus defeitos
Meu Brasil é minha terra
Neste país eu nasci
Desde criança, respeito
Amando sempre cresci
Gosto de tudo que é nosso
Do céu, da terra e do mar
Do jeito da nossa gente
Do seu modo de falar
Se perdesse minha terra
Ficasse sem meu país
Toda riqueza do mundo
Não me faria feliz
Não desgosto de outros povos
Pois Deus fez todos iguais
Mas creio que os brasileiros
Eu gosto um pouquinho mais
Luzes Mecânicas
Aos ventos que hão de vir;
Arrastando o ar miscigenado,
Em DNA singular, Candango,
Onde a urbis é o inspirar.
Alenta-se os monumentos,
Da Catedral a Torre Digital,
Excede-se o natural,
Da Ponte JK aos Ministérios.
Ascende vermelho-pungente,
Barro que adentra a cosmopolita
Noite que cega, luzes mecânicas.
Além das asas sul e norte,
E eixos desconcertantes, paira,
Há algo utópico, centros brasilienses.
Não é solidão
digo que é solitude
Não é que eu não goste de pessoas
mas sinto que alcancei a plenitude
consegui curar minhas mágoas
sinto-me em boa companhia
e até que gostei muito de ficar atoa
com meus pensamentos
lendo escrevendo,
me amando..
sim, a viver aprendendo
na minha idade isso é fundamental
por que só assim vamos levando
a vida com leveza
e vencendo as incertezas
Já isso é madureza!
(Descanso)
Em paz se deite
Repouse a alma
Sem se preocupar
Pois não há alguém
Que um minuto
Se quer possa
acrescentar
E se Deus cuida
Dos pardais do céu
De você então
Quem dirá!
Código
Havia em você uma ética e um código que nunca decifrei
Havia alamedas em seu falar onde nunca andei
Havia sabores em seus beijos que nunca experimentei
Havia muito mais
Que nunca descortinei
Medo
Muito medo
Você não sinalizou
E me perdi
Hoje você passa
Me desconhece
E no paralelo
Desse desencontro
Vestígios
Alucinada
Inesperada
Incendiária
Inconseqüente
Eu fui
Em avançar sobre você
Não me inscrevi
Assediei
Havia exercícios
Que nunca professei
Simplesmente
Tropecei
Na ordinária declaração
Do regulamento
Abri meus braços
Meu coração
Depus minha oração
E você
Não me viu
Me desculpe
Por favor
Não se assuste
Isto passa
Com o tempo
Vira páginas
Mas repagina
Meu
Viver.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Exercício
Não posso ver
Mas posso sentir
Não posso tocar
Mas posso vibrar
Não posso falar
Mas possuo imaginação
Não posso caminhar até você
Mas posso voar até você
Não posso vociferar seu nome
Mas posso flutuar em suas palavras
Posso
Posso
Posso
Até que tudo passe
Vire outra paisagem
E nesta
Miragem
Você ainda
Me pertence.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Meu Deus
Quero ir embora
Quero ir para o meu Goiás
Lá ando nu
Pelas savanas
Escondo-me no capim dourado
Vestido de bicho bravo
Quero ir embora, meu Deus.
Quero ir para o meu Goiás
Ficar debaixo do sol
Manobrando meus instintos
Atento aos ruídas do dia
Beber água do absoluto Araguaia
Ficar lá só e somente
Onde nada toca insistentemente
E tudo roça levemente
Ai, meu Deus,
Quero ir embora
Quero ir para o meu Goiás
Onde a lua cheia
Clareia as queda d’água
E polvilha de choro
Que as avista
Quero ir embora, meu Deus.
Mergulhar à noite
Em seus grãos dourados
Sentir-me empoeirada
De ventas de todo Brasil
E neste batismo
Quero ir para o meu Goiás
Chegará planície
E nesta lonjura
Avistar a chuva
Esconder nas vielas
Cheirar outros tempos
Amainar a saudade.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Inverno Intenso
Não era verão
Mas choveu
Era inverno
E a água desceu
Não era hora
Mas agora
Aconteceu
E com a terra encharcada
O que há de se fazer?
O frio seria intenso
Com a terra molhada
Brota
Tudo brota
E eu nesse sentimento
Nesta terra sem tempo exato
Vou trocar de roupa
Viver outros sentimentos
Outros tempos
Passar
Outras horas
Até que tudo se resolva
No tempo exato
Do coração.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Espera
Você me cozinhou
Não sei dizer se
Por aflição
Ou compaixão
Cozinhou
Verbalizou
Sentiu e
Aconteceu
Do seu lado
Do meu lado
Aqueceu
Dourou sentimentos
Te esperou
Te agradou
E escorreu
Pelo meu rosto
Subscrição
Apalermada
Abalada
Assustada
Do seu rosto
Ousado
Audacioso
Arrojado
Atrevido
Abalanceado
E no tremor
Do quebra-luz
Aquém
Do subornável
No agitar dos sedimentos
Estremecimentos
Nós
Apesar de tudo
Vivemos o todo.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Aonde eu vago pelo mundo redondo
Daqui um minuto você vai embora
e eu não vou mais estar lá
porque a locura da vida vai me levar de novo a outro lugar
por favor não me esqueça
eu sei que a gente ainda vai se encontrar
e você vai se lembrar
vai lembrar que um dia
eu já te mandei te ferrar
então no fim
no fim
a gnt se reinventa
De quando chegas
Os ponteiros demarcam território.
Esconde-se nas frestas do sorriso
a vontade que grita muda pelo beijo...
Há calor demais em mim. - Rahssi
A vida é um poema que talvez você só consiga compreender quando não puder mais ler.
— Fernando Machado
Para ser um poeta, antes de mais nada, terá que visitar o inferno. Se conseguir sair de lá, só resta escrever como se ainda estivesse.
— Fernando Machado
O mundo de Inha
Nascera como tantas quantas, nascera.
Crescera, como tantas quantas. Com o que se tinha.
Sagrou-se que, por inteira.
E aos poucos. Por capricho ou desejo.
Tornou-se o mundo de Inha.
Pelo fato de ser e estar.
Apropriou-se do direito que havia.
E; em todos os movimentos, sufixais.
Colocava sua marca.
E; em toda conjugalidade,
Na sua palavra, prolixa fazia carne.
Expressão de seu próprio ser.
A sua marca no mundo.
O seu nome ela tinha.
E todos os pensamentos e atos.
Que então; lhe adivinha.
Acostumara ao final.
As vezes sem perceber.
Acrescentar o seu sufixo.
A sua marca. Inha.
Com o hábito no tempo.
Não mais percebia.
Mas em todo seus movimentos.
Cristalizava, o que se carregava por dentro.
Daquilo que, se tinha.
E de sufixo. Por sufixo.
Aprisionou-se no próprio nome,
as acoes de Inha.
E sem economizar.Passara pela vida.
E ; o que, precisava ser recebido como graça.
No final de todos os verbos.
Com sua marca terminaria.
Nesse mundo. Já não encontrava.
E viver fora de si, não podia.
E para todos a projetava.
A forma que continha.
E, em cada vida que atravessa.
Por suas ações se notava.
Seu único jeito de ser.
Se acostumara , onde estava.
E no final. Por tudo que passava.
Seu efêmero jeito que usava.
Sua sombras no mundo deixava.
Esquecerá. Estava aprisionada.
Mas todos a percebiam.
E assim. Aos poucos se afastavam.
Vivia em um mundo auto encantado.
Um mundo, que por si limitado.
O mundo de Inha.
marcos fereS
Tenho um abraço para te dar.
Levo? Ou vens buscar?
Vem, e não demores por favor.
Porque este abraço
Que tenho para te dar,
Anseia com fervor,
E com o meu coração a par,
Pela nossa próxima troca de olhares.
Porque o seu lugar não é comigo.
Porque apenas nos teus braços
Este abraço faz sentido.
Porque há em mim um vazio,
Que só é preenchido quando estou contigo.
Tenho um abraço para te dar.
Vens buscar?
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