Coleção pessoal de ALANADUARTE

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Ilusão da alma

Eu tentei suprir as necessidades da minha alma
Em todos esses anos não obtive um êxito
Eu tentei roubar a felicidade alheia
Mas todas as tentativas foram em vão

Percebi que essa coisa não se rouba
Percebi que essa coisa não se compra
Percebi então que ela nem existe

Parei de procurar
Parei de me envolver
Então comecei a apreciar os momentos
Só assim pude enxergar
As tantas coisas que entorpecem o meu ser

Então mudei
Tirei a venda e então vi
Que essas tantas coisas
Não me incomodam tanto assim

Acho que você deveria fazer o mesmo
Talvez assim seja mais feliz

Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.

ESPERANÇA

Minhas indagações me enlouquecem
Minhas neuras estão me aprisionando
Meu amor foge enquanto minha dor cresce
Mas na trilha do vazio ela sempre investe

Nessa trilha o fogo não queima
O frio não existe
O toque não é sentido
O amor voa, pois não á paraíso.

Essa trilha termina na beira do abismo
Abismo da minha alma
Toque do meu ser
Mas uma flor sempre floresce no amanhecer

Junto com a flor a esperança é plantada
Ela grita e grita buscando uma voz
Ela chora e chora com medo de não ser ouvida
Mas ela sempre continua a gritar
Mesmo quando sentido não há
Mesmo que fique rouca
Mesmo que a dor á tente parar...