Poemas de Amizade de Jorge Amado
Ao espelho
Por que persistes, incessante espelho?
Por que repetes, misterioso irmão,
O menor movimento de minha mão?
Por que na sombra o súbito reflexo?
És o outro eu sobre o qual fala o grego
E desde sempre espreitas. Na brunidura
Da água incerta ou do cristal que dura
Me buscas e é inútil estar cego.
O fato de não te ver e saber-te
Te agrega horror, coisa de magia que ousas
Multiplicar a cifra dessas coisas
Que somos e que abarcam nossa sorte.
Quando eu estiver morto, copiarás outro
E depois outro, e outro, e outro, e outro…
Podemos sempre realizar qualquer coisa desde que estejamos dispostos a enfrentar as adversidades.
Abraça a coragem e supera os teus medos e acredita no teu potencial.
Ganhe confiança e realize os seus sonhos.
Ser cristão é como viver numa gaiola de ratos; os ratos andam
apressados dentro de uma roda suspensa, mas não chegam a lugar
algum.
O mal que habita em nós enfraquece a nossa luz; mas todo
ato de bondade que praticarmos a mantém viva e aquecida.
Seja bom com todos e para vós mesmo, pois és tu o teu
próprio inimigo.
Fazer justiça a qualquer preço é arma dos tolos; os tolos
agem contra a justiça porque acreditam que pertencem à
classe dos deuses e que, portanto, estão acima dos seres
materiais.
NUNCA FUI
Creio que minha jornada foi sempre sem fim
nunca houve um propósito pré estipulado em mim
não fui bom em nada ,mas tudo que fiz foi com dedicação
aprendi teclado por um curto tempo,também aprendi violão
A propósito sou desafinado e minha voz é feia
Mas cantar está enraizado em minhas raízes
Amo karaokê pobre daqueles que comigo
em uma festa vão se distrair,se pego no microfone
nunca quero o dividir
Sempre fui mediano talvez algumas vezes até Marciano
Se viver no mundo da lua significar qualquer coisa parecida
Assim trilhei minha vida,Nunca chegada sempre partida
Tive amigos que se foram,outros que acreditava serem nem me notaram
Teve aqueles que sempre apareciam quando algo precisavam
E depois Da mesma forma que vieram,seguiram sua jornada
Até de novo precisar e retornar com a cara lavada
Já pintei quadros,plantei árvores,tive porquinhos da índia,
E também galinhas;nunca fui bom de bola,sempre mediano na escola
Nunca falei bem em público,sempre fui reservado,sempre falei alto,
Já tive medo de barbeiro,já tive medo de dentista,nunca fui egoísta
Tenho medo de avião acho que o medo mais sem sentido
Se seu medo se realizar tudo já estará perdido e você nem vai ter sabido
Não aprendi nadar,na bicicleta me atrapalho,sou péssimo na arte de me equilibrar
Ás vezes quero escrever e as palavras não vêm,falo mais que devia
Talvez em alguns casos esbanje alegria
Já arremessei peso,joguei futsal,no basquete e no volley sempre fui mal
Já fui quase faixa preta mas numa vida de quases quem se importa
com mais essa falseta
Bem ou mal fui,bem ou mal foi
Como dizia o poeta quem passou por esta vida e não viveu
pode ser mais mas sabe menos do que eu
Me importa a soma,de pessoas queridas
todos os sucessos que tive na vida
Não choro as feridas,como dizia Raul
sempre as tenho lambidas.
Sua Casa,Sua Vida
Sua vida é a sua casa,acorda decidida a mantê-la em ordem,sem se preocupar se a casa do vizinho está desarrumada,organiza e limpa seu quintal,rega suas plantas e elas te devolverão com a beleza da vida,se possível for rega o jardim do seu vizinho também,sem esperar reconhecimento ou retribuição,quase sempre elas não virão,isto te trará paz e harmonia,senta e ouve,a natureza é bela e fala o idioma universal,que todos compreendem,sem se expressar,muitas vezes as palavras,quando ditas em um idioma que não é compreendido, são mau interpretadas e rechaçadas.
Seja como o rio que corre para a cachoeira,e nunca é o mesmo,afinal suas águas são renovadas à todo momento,não se sinta desmerecida por não ser reconhecida,não é você,é o mundo, que gira numa velocidade,numa frequência diferente daquela que te deixa em conforto e segurança e faz ser compreendida.
procura a paz dentro de você,certamente ela está alí,escondidinha em algum lugar te esperando,e vai te receber de braços abertos e quando encontra-la,juntas,buscarão a tranquilidade que a vida aqui fora nos tirou.
Sou eu, rodado pelo tempo,
Sem casa, sem chão, nem firmamento.
Caminho em estradas que o vento apaga,
Sem saber se sigo ou se volto à saga.
Não há onde pousar meu cansaço,
Nem braços abertos, nenhum abraço.
Sou eu, sem rota, perdido na estrada,
Só o silêncio, minha jornada.
Será que o destino me esqueceu,
Ou fui eu que de mim me perdeu?
Mas sigo, sem rumo, sem me encontrar,
Quem sabe, um dia, eu aprenda a ficar.
Olá, dor, minha antiga aliada,
Hoje, mais uma vez, você está aqui sentada.
Não veio com aviso, nem trouxe razão,
Apenas se instalou, silenciosa, no coração.
Ando por ruas que parecem desertas,
Onde as almas, invisíveis, estão descobertas.
Carrego nos ombros o amor do mundo,
Mas ele é um fardo, um grito profundo.
Eu vejo rostos que não enxergam,
Ouço vozes que em silêncio pregam.
Tento estender as mãos, mas elas não alcançam,
Minhas palavras ecoam, mas logo se cansam.
O altruísmo me corrói por dentro,
Ser empático é viver no vento.
Sinto a dor que não é minha,
Sinto o peso que nunca termina.
E mesmo por quem me fere, ainda choro,
Como se cada lágrima fosse um tesouro.
Me perco no som do silêncio,
Onde a alma grita em silêncio denso.
Mas por que o coração dói sem motivo?
Por que amar se torna tão corrosivo?
O vazio responde com seu abraço,
E o silêncio, se torna um eterno laço.
Sigo caminhando, sem destino certo,
No caos do mundo, meu peito aberto.
E o som do silêncio me envolve,
Como uma canção que não se resolve.
Passei a minha vida toda com medo da loucura
O mais curioso: encontrei muitas pessoas também com esse medo.
Seria a loucura um medo humano?
O ser humano é fluído
A mesma pessoa é capaz de gestos de paz
mas também. de guerra
Pensamentos violentos, e pacíficos
Todos orbitam nossa mente
Uma pequeno planeta de esperança existe
A certeza do bem no divino,
A certeza dos pensamentos em Deus
O humano que nunca encontra paz, paz que existe em todos nós
A vida nos prega peças,nos faz correr,nossa vida é uma corrida insessante, em busca de tudo e daquilo que imaginamos ser tudo.Fugimos do mediano, desprezamos a mediocridade.
Somos os atletas que buscam sua medalha de reconhecimento perante tudo e todos, corremos, saltamos,mergulhamos,escalamos, com um único objetivo, sermos os primeiros;Quem praticaria algo para ser o segundo? Quem vibraria com a derrota?
Precisamos de aprovação para tudo que fazemos?Não podemos ser felizes somente pelo privilegio de poder fazer?Temos que ser os melhores? sempre?
Treino, nos desdobramos nos nossos treinos,vivemos o treino da vida,a competição diária contra a morte,contra o tempo que nos leva até ela.
Hoje,assistindo uma matéria sobre os jogos panamericano, percebi que o sacrifício de quatro anos será recompensado apenas para os três primeiros, não que tenham sido os melhores durante os quatro anos passados, mas sim naquele momento.
Naqueles 05 ou 10 segundos aos quais se resumiram seus quatro anos de sacrifício, buscando sua recompensa,que no máximo em 01 semana, será lembrada somente pelos que te rodeia,em um ano, talvez nem por eles.
A glória é tão passageira que na Grécia antiga a recompensa pela vitória seria uma coroa de louros( os louros de sua vitória),efêmera,passageira, fugidia,do ápice à normalidade em um atmo de tempo.
por outro lado a maravilha da persistência prega que amanhã será um novo dia, que farei novamente o meu melhor, que me empenharei ao máximo, para que daqui 04 anos eu possa ser o máximo, pelo menos pelo efêmero tempo que a fama e a glória me permitir estar no topo,entre os deuses.
O caminho da vida somente é visto quando olhamos para trás,foi ele que nos trouxe até onde estamos.
A chuva parou,por enquanto a reclamação cessou
tudo correrá às mil maravilhas,se não chover,por alguns dias
Se daqui há algum tempo chover reclamaremos,por ter chovido,
Se não chover será por não ter acontecido
Se ventar,teremos mais um motivo para reclamar
Se não reclamaremos por esquentar
Ou por esfriar,afinal não é época para isso
Frio no verão é enguiço
Frio deveria ser na época do frio e calor na época dele
Mas as temperaturas e suas variações deveriam ser moderadas,
não drásticas como são,calor muito quente incomoda
Como frio muito frio não é bom
Se não venta está muito abafado isso chateia
mas Vento despenteia o cabelo e enche o quintal de sujeira
Reclamamos por qualquer asneira
talvez se vivermos em uma bolha onde nada seja oscilante
tudo seja melhor que antes
não teremos motivos para reclamar ou reclamaremos contiuando
A vida em uma bolha deve ser tão chata quanto uma vida reclamando
O que seria do por do sol se não houvesse a visão?
O que seria da flor se não houvesse o olfato?
O que seria dos passaros se não houvesse audição?
O que seria do amor se não houvesse o tato?
O que seria do homem se não houvesse os sentidos?
Como seria a cor?
Como seria o cheiro?
Como seria?
Vida haveria,haveria alegria?
Talvez não houvesse dor,como seria o amor?
Que contato precisa,precisa de calor
Não haveria tristeza,nem saudade,nem ódio,
Nem rancor,mas também não haveria alegria,
Nem paixão,nem saudade,nem ilusão.
Não havendo sentimento não há sofrimento
Em compensação a vida não teria alento
Pra que acordar?pra que sonhar?
Não sonharia pois sonho exige emoção
Não havendo sentimento não existiríamos então
E a vida teria sido em vão
No palco da vida, entre versos e dor,
No doutorado da existência, um árduo labor.
A pandemia dança, um espetáculo sombrio,
No teatro da alma, um drama vazio.
A morte do pai, um ato desolador,
A depressão da mãe, um roteiro de pavor.
No enredo do destino, sem licença para sonhar,
Crises constantes, a trama a se desenrolar.
Palavras cortantes, gestos marcantes,
Na poesia da vida, um trágico instante.
A dor se entrelaça nos versos que ecoam,
A violência que embaraça, em sombras que se entoam.
Noite após noite, a mesma encenação,
Um teatro obscuro, sem redenção.
Engolindo o choro, a plateia silente,
A alma ferida, um drama latente.
Que a sabedoria seja a protagonista,
Nesse épico de dores,
Para não se render,
E sim, simplesmente,
Transcender.
Pois é
já tive monaretta
sou do tempo que briga era treta
já fui em mattineê
já fui jovem como você
andava de Barra Forte
cruzava a cidade de sul à norte
joguei pelada
brinquei na enxurrada
andava descalço
brincava no mato
já tive pintinho e
porquinho da índia
já almocei na vizinha
roubava fruta
laranja manga
nunca usei drogas
sou de uma época
que isso era prosa
colhi mamona
vendi jornal
não fui engraxate
mas fiz todo tipo de mascate
sou orgulhoso
não me envergonho de nada
a vida não era fácil
era um empreendimento da pesada
já usei boca-sino
já fui menino
não fui coroinha algum dia quem sabe
mas minha mãe queria
que um dia eu fosse padre.
Ah, se eu pudesse ao mundo clamar,
O que dentro de mim estou a sentir.
Talvez o engasgo na garganta, desatar,
E finalmente eu pudesse seguir.
Você mexeu comigo, de tal maneira,
Que explicar soa até como brincadeira.
Para alguns, talvez, seja fantasia,
Mas para mim, é pura sintonia.
Eu vejo seu coração, seguro e blindado,
Sei que o medo te impede de ser amado.
Você prefere se resguardar,
Com receio de se ferir, de novo a se fechar.
Mas por que não dar ao coração uma chance?
De alguém que só quer o melhor para você.
De quem deseja cuidar, sem hesitância,
Vai deixar essa chance escorrer?
Eu sei que agora não posso ser seu por inteiro,
Mas estou me organizando, isso é verdadeiro.
Não é ilusão o que estou sentindo,
Quero construir um abrigo contido.
Para quando sentirmos medo.
Num universo de encontros planejados,
Não é à toa que nossos destinos se cruzaram.
Naquele primeiro olhar,
Eu senti meu coração descompassar.
É verdadeiro.
Eu sei que dúvidas em você podem brotar,
Como alguém se apaixona desse jeito singular?
Será que é apenas mais um lance de coração?
Ou será que comigo é outra a direção?
Eu entendo suas incertezas,
Mas o que estou sentido por você é puro de coração.
Não quero me preocupar com o amanhã,
Quero valorizar o que sinto, sem drama ou afã.
Se quiser que eu grite ao mundo o que estou sentindo,
Se quiser provas, estou aqui, não estou mentindo.
Sou louco o bastante para fazer isso com jeito,
Mas se ainda tiver dúvidas do que sente, tudo bem, eu entendo.
Meu coração, mesmo que doa, suplica,
Para mostrar para você o amor que transcende e, que multiplica.
Não me deixe partir sem lutar,
Mas se você não quiser não há razões para ficar.
Porque gostar muito
É também deixar ir
Mesmo querendo ficar.
Porque aprendi a gostar de você de um jeito que nem eu sei explicar...
No turbilhão da discórdia, nos perdemos,
Gritos ecoando enquanto o carro avança,
Corações dilacerados, palavras ferinas,
Em meio ao caos, nossa dança.
Nossas visões se chocam, diamantes ásperos,
Cada qual um universo a explorar,
Mas no calor da ira, esquecemos,
As nuances que nos unem a amar.
Lágrimas vertidas em travesseiros molhados,
Desculpas sussurradas na noite fria,
Mas o vazio persiste, profundo e cortante,
Como se a alma se despedaçasse, vazia.
Responsabilidades, fardos que pesam e sufocam,
Cuidados que entrelaçam, laços que se formam,
Num mundo onde a luz parece desvanecer,
O fardo se torna montanha, difícil de se erguer.
E assim, no silêncio da aurora, a vida inteira,
A tragédia se insinua, sombria, passageira,
O peso das mágoas, da adversidade,
Esmaga nossos espíritos, sem piedade.
Sem verdades...
do Tietê ao Tietê
Existem jornadas não combinadas
assentidas e decididas
que nos levam pelas estradas da vida
jornadas alegres e fogosas
cheias de risos e prosas
aleatórias simplórias
de vitórias derrotas sonhos e glórias
jornadas desregradas
pelas estradas pelos campos
entre risos e prantos
comentando muitas vezes o não vivido
noutras sim o presente
presente e resolvido
de carro ou à pé
onde o assunto é profano ou de fé
onde a amizade impera
onde a sinceridade prospera
sem medo da verdade
falando com sinceridade
de cidade em cidade
buscando a felicidade
curioso pelo muito que há pra ver
de cidade em cidade
conversando rindo e sonhando
de estrada em estrada
de Tietê à Tietê
Por Aqui
Por aqui se foram
Por aqui vieram
Por aqui trouxeram seu sustento
Por aqui saíram para se divertir
Por aqui os outros iam e vinham
Por aqui todos passavam
Por aqui recebiam os amigos
Por aqui buscaram sabedoria
Por aqui caçaram e pescaram
Por aqui lamentaram seus mortos
Por aqui viveram enquanto viveram
Por aqui foram levados quando morreram
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